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Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2012 às 12:42
- Atualizado há 2 anos
Antes de se esbaldar na noite de Salvador, o elenco de O Canto da Sereia, minissérie da Globo, teve um dia intenso de gravações no Centro Histórico. O Palácio Rio Branco, próximo ao Elevador Lacerda, serviu de cenário para o velório de Sereia, estrela da axé music vivida por Isis Valverde. Na trama, baseada em livro homônimo de Nelson Motta, ela é assassinada em cima de um trio elétrico. Quase cem figurantes participaram da cena, que teve a participação dos atores Marcos Palmeira, Camila Morgado, Gabriel Braga Nunes, Fábio Lago, Zezé Motta, João Miguel, Marcelo Médici e Marcos Caruso.‘Tô rosa chiclete’Anote essas expressões: “Tá milion” (quando uma pessoa está com cara de rica) e “Tô rosa chiclete” (para denotar surpresa ou espanto com alguma situação). Pescadas pela baiana Paula Pereira em suas andanças pelo Complexo do Alemão, no Rio, fazendo laboratório para Salve Jorge, elas foram incluídas por Gloria Perez nas falas da manicure Nilceia, vivida pela atriz. Os personagens de Gloria, como se sabe, têm sempre bordões que acabam caindo na boca do povo, como "inshalá", de O Clone, e "hare baba", de Caminho das Índias.HORA DE FAZER AS MALASViajar, para mim, é um dos maiores prazeres da vida. Adoro. Conhecer países e culturas diferentes, flanar por cidades desconhecidas, descobrindo pequenos tesouros - de feirinhas de artesanato na calçada a castelos centenários, museus, restaurantes simpáticos, bons vinhos nacionais... Do país onde eu estiver, claro. E a ‘viagem’ começa pelo menos dois meses antes, quando eu e meu marido (o melhor companheiro de viagem) compramos guias e revistas especializadas sobre a região que vamos visitar, pedimos dicas aos amigos, começamos a traçar um roteiro básico, com lugares onde não podemos deixar de ir. Mas nem tudo é assim tão leve e delicioso nos preparativos de uma viagem. Tem que fazer mala (sofro), pegar um avião (tenho pavor) e me despedir de Carlota e Haroldo (coração apertado), os gatos mais deliciosos e mimados do planeta. Enfim, a parte, digamos, sofrida da viagem começa com a mala. Eu sempre exagero. Acabo levando mais peças do que consigo usar ou do que meu marido gostaria de carregar pelas estações de trem da Europa. Uma vez, levei uma grandona, abarrotada. Afinal, era Inverno. Tirei os casacos, cachecóis, luvas, gorros, botas do fundo do armário... E não me contentei com um sobretudo. Levei logo três. Quando chegamos, vindo de Bruxelas, à estação de Bruges (encantadora cidadezinha medieval da Bélgica), o elevador estava quebrado. A escada rolante, idem. E, lei de Murphy (aquele que diz: “Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará”), uma das rodinhas da mala quebrou. Tinhamos que descer uma escada enorme, para chegar ao ponto de táxi. Já deu para imaginar a cena da gente descendo os degraus, equilibrando aquele malão, né ?Quando chegamos ao simpático hotel que tinhamos reservado, não tinha elevador. Nosso quarto ficava no segundo andar. Trauma. Agora, quando lembramos disso, damos boas risadas, mas tive que prometer NUNCA MAIS carregar uma mala tão grande. Passei a viajar com uma média, mesmo no Inverno. Abarrotada, claro. Ainda não atingi o grau de desprendimento e praticidade da cronista Danuza Leão. Ano passado, numa entrevista sobre o livro É Tudo Tão Simples, para o jornal O Globo, ela contou: “Já me acostumei com malas menores. Viajar no Inverno é simples: levo duas botas, três calças, três suéteres, meia dúzia de camisetas e pronto”, disse, lembrando depois dos casacos novos de nylon recheados de pluma que adotou. “Esse casaco é um sonho, porque não amarrota, é leve e barato. Não sai mais da moda”.Pois é... eu fico naquela: duas botas? Ok. Uma preta e uma marrom, que combinam com a maioria das roupas. Mas e aquele tênis sneaker cinza de que gosto tanto? Tão confortável! E o sapato vinho que combina tão bem com aquele vestido novo? O quê? Não levar nem um vestido? Nem pensar. São 15 dias fora... humnnn... Pelo menos cinco. Mas preciso comprar meias de lã, para usar com eles. Uma preta, uma azul marinho... E lá vou eu, enchendo a mala e sofrendo com o que tenho que deixar para trás. Claro que já voltei de viagens com roupas limpinhas na bagagem, sem usar. Mas também já senti falta daquela blusa que tirei da mala, na última hora, e que ficaria óootima com a saia comprada por 12 euros numa liquidação em Paris.Logo quando a gente tem mais tempo para ficar na frente do espelho, experimentando modelitos diferentes, longe da correria nossa de todos os dias, não pode levar tudo o que gostaria. O mundo é muito injusto. E olha que não sou fashionista nem tenho uma coleção de sapatos e bolsas tão grande quanto a da maioria das minhas amigas. Não sei se a dúvida do que levar (que acaba me levando ao exagero) é coisa de geminiana. Ou de mulher mesmo. Enfim... A Toscana me espera. Preciso arrumar as malas. Ai, ai. ***Uma coisa não pode faltar na bagagem de mão: remédio para dormir. Passar entre 10 e 12 horas acordada (e apavorada à menor turbulência) dentro de um avião?! Nem pensar. Janto, tomo meu remédio, dou boa noite e só acordo quando os comissários de bordo começam a servir o café da manhã. Sinal de que estamos quase chegando. Féeeerias!>