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Donaldson Gomes
Publicado em 3 de maio de 2025 às 11:00
A deputada Érika Hilton culpou o show de Lady Gaga, previsto pela este sábado (dia 3), na Praia de Copacabana, no Rio, pela baixa adesão do público às manifestações pelo Dia do Trabalho na Avenida Paulista. Desde o início da semana, a parlamentar convocava a população paulista a ir às ruas defender o fim da escala 6X1, mas o resultado é o que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro chamaram de uma manifestação "flopada" – quando a participação é menor que o esperado. >
Voltar um pouco no tempo vai mostrar que não são apenas os governistas que estão sofrendo para levar o povo para as ruas. No dia 16 de março, Bolsonaro foi à Praia de Copacabana com a expectativa de colocar 1 milhão de pessoas bradando pela anistia aos implicados no 8 de janeiro de 2023. Deu 18,3 mil pessoas no ápice do movimento, de acordo com o Monitor do Debate Político, da USP. >
Aliás, este monitor está causando um problema enorme para a autoestima dos políticos. Foi ele quem sinalizou, em 2024, que apenas 1.635 pessoas prestigiaram o discurso do presidente Lula no 1ª de maio do ano passado. Dizem as más línguas que o medo de um novo fiasco foi o que tirou o antigo sindicalista acostumado a falar com multidões da festa este ano. “O ato está mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, avaliou Lula no ano passado. Mas será este o problema?>
Em relação ao Dia do Trabalho, que desde a Era Vargas foi abocanhado pelo Poder, é preciso ponderar que a festa sempre foi bancada pelas centrais sindicais e grandes sindicatos, que suas receitas minguarem após o fim do imposto sindical, em 2017. Isso afastou os grandes artistas dos festejos. Em 2013, a CUT bancou Anitta cantando para 50 mil pessoas em São Paulo. Outros tempos. >
A primeira reportagem que escrevi, ainda como um exercício estudantil, foi sobre uma manifestação dos servidores da Ufba por melhores salários e condições de trabalho, no início de 2000. Não tinham 50 pessoas, seguindo um cara com um megafone na Praça da Piedade. Na semana seguinte, eles estavam lá novamente e isso se repetiu por bastante tempo. Resumindo, o movimento cresceu, atraiu professores e até estudantes, desencadeando em uma greve geral que durou mais de seis meses.>
Há doze anos, nem era necessário ter uma estrela pop para levar o povão para as ruas. A revolta do buzu, iniciada em 2013 em diversas capitais, sacudiu o país sem ao menos ter uma liderança claramente constituída. Naquele momento, as redes sociais, o Facebook principalmente, serviam para aglutinar e direcionar os destinos das manifestações.>
Com o passar do tempo, o que funcionava como uma ferramenta para reunir o povo na hora de se manifestar, tornou-se o principal palco de exposição da insatisfação popular. É verdade que ainda houve alguns lampejos, em todos os espectros políticos no período da Lava Jato, impeachment de Dilma, contra a prisão de Lula e na campanha bolsonarista em 2018. Mas foram raros, como cometas.>
Os cidadãos brasileiros estão cada vez mais revoltados com um monte de coisas, entretanto é cada vez mais raro o surgimento de uma pauta forte o suficiente que os motive a sair de casa. Apesar do conforto que a telas oferecem, foram as ruas, sempre elas, que trouxeram as grandes transformações. É o povo gritando em via pública que incomoda os poderosos. Foi assim nas Diretas e na queda do Muro de Berlim, para citar um exemplo externo. Alemães caminhando em silêncio nas noites de Berlim Oriental tiveram um efeito devastador na antiga Cortina de Ferro.>
Quem entende um pouquinho de comunicação sabe que quando as imagens do evento são mais fechadas é porque deu menos gente do que o esperado. Tem até quem utilize artimanhas como o uso de locais pequenos, ou de grande movimentação popular, para dar a entender que reuniu uma multidão. Colocar mais de 1 milhão de pessoas nas ruas hoje em dia, só mesmo Lady Gaga, em Copacabana. Ela vai poder divulgar imagens de drone em plano bem aberto. >
Qual é a religião de Melania Trump?>
Quem viu Melania Trump toda de preto e com o rosto coberto por um véu no funeral do Papa Francisco, pode ter estranhado, mas a primeira-dama dos Estados Unidos é uma católica fervorosa. Imigrante, pró-aborto e discreta, ela contrasta com o marido, o presidente norte-americano Donald Trump, sem, no entanto, lhe fazer qualquer tipo de sombra. Nascida em 1970, no território da atual Eslovênia, Melania Knaus foi para os Estados Unidos em 1996 para dar continuidade à carreira de modelo. É a segunda primeira-dama católica a habitar a Casa Branca. A primeira foi Jacqueline Kennedy Onassis, em quem a senhora Trump abertamente se inspira. Não se sabe ao certo em que momento a atual primeira-dama se converteu ao catolicismo, já que veio de uma família comunista e não há registro de que foi batizada quando criança, de acordo com o Catholic Herald. O casamento com o presbiteriano Donald Trump aconteceu em uma igreja episcopal em Palm Beach. Melania entrou com um terço na mão direita. No funeral de Francisco, a vivência católica de Melania impediu que Trump cometesse uma gafe: ela avisou a ele que deveria oferecer aos demais chefes de estado um aperto de mão, como sinal de paz. >
Collor é o terceiro ex-presidente preso>
Em prisão domiciliar desde a última quinta-feira (dia 1º), Fernando Collor de Melo, é o terceiro ex-presidente da República a ser preso desde a redemocratização. Antes dele, Luiz Inácio Lula da Silva, o atual titular do Planalto, foi preso em 7 de abril de 2018 por corrupção e lavagem de dinheiro e permaneceu por 580 dias na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. O segundo a ser preso foi Michel Temer, por quatro dias em março de 2019. Desde a redemocratização, o Brasil teve oito presidentes e apenas dois não foram alvos de inquéritos ou denúncias: Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco. Antes da redemocratização, o Brasil viu quatro ex-presidentes serem presos, todos por razões políticas: Hermes da Fonseca, em 1922; Washington Luís, em 1930; Artur Bernardes, em 1932; e Juscelino Kubitschek, em 1968.>
memes da semana>
O vazamento de um suposto novo uniforme da Seleção Brasileira roubou a cena. A CBF negou a intenção de utilizar a camisa vermelha, que despertou a ira de torcedores com visão ideológica mais à direita, mas a zoeira ganhou as redes. Destaque para a versão já disponível no Feiraguai...>
O conclave para a escolha do novo papa também foi alvo de brincadeiras na semana que passou. Já tem gente planejando excursão para o Vaticano, onde o novo pontífice deverá ser escolhido na próxima semana. >
A brincadeira da Guiana Brasileira segue rendendo memes. Os portugueses resolveram responder e os brasileiros continuam trazendo novidades sobre o assunto. Nem mesmo o apagão que aconteceu em Portugal e na Espanha foi esquecido.>
(Viu algum meme interessante e quer mandar para a gente? Encaminha para [email protected])>
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