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Donaldson Gomes
Publicado em 24 de setembro de 2021 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Alternativas Com o sistema elétrico brasileiro em cheque por conta de mais uma crise hídrica – desta vez uma das maiores de que se tem notícias – integrantes da cadeia de produção e usuários de energia se movimentam em busca de soluções. Para a Associação Brasileira dos Comercializados de Energia (Abraceel), é hora de o país abrir mais o mercado para a competição. “A gente encaminhou para o governo uma proposta de redução voluntária do consumo para empresas, dando a elas o direito à migração ao mercado livre”, explica Alexandre Lopes, vice-presidente de estratégia e comunicação da Abraceel. No mercado livre, as empresas podem negociar diretamente com produtores a compra de energia, o que possibilita melhores condições de aquisição, explica. “Seria um incentivo não monetário à economia, apenas de natureza regulatória”. >
Abertura de mercado Apesar de descrever a seca atual como “muito severa” e “uma das três piores da história”, Lopes lembra que desde 2013 a escassez de chuvas é um fantasma recorrente no setor. Segundo ele, há uma discussão no Congresso em torno de uma reforma para o setor elétrico desde 2015. Um dos pilares da mudança em discussão é justamente essa abertura de mercado, inclusive para o consumidor residencial. “Abertura gera concorrência e a tendência é de uma redução de custos”. >
Bahia aparece bem Os baianos ainda tem uma razão adicional para olhar com atenção as perspectivas de crescimento do mercado livre de energia. Por aqui, há um grande potencial para a produção de energia limpa, tanto solar quanto eólica. Hoje a Bahia responde por 36% do mercado livre de energia no país e tem empreendimentos em construção que devem adicionar 6 GW de potência no sistema. Estima-se que 72% do parque gerador em construção se destina ao mercado livre. >
Oportunidades A Voltalia, produtora de energia renovável e prestadora de serviços, está desenvolvendo um projeto eólico em Canudos que vai gerar mais de 700 empregos na fase de construção. Além de impulsionar o mercado de trabalho e a economia local, a empresa planeja investir cerca de R$ 15 milhões em ações socioambientais na região, que incluem a conservação e preservação da Arara-azul-de-lear, espécie nativa. Com objetivo de colaborar para o desenvolvimento local na região, a Voltalia, em parceria com o Senai, está ofertando cursos gratuitos profissionalizantes destinados aos moradores de Canudos e Jeremoabo. “Os nossos investimentos não são apenas para o empreendimento. A Voltalia é uma empresa de energia renovável que tem como alguns dos princípios a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico nas suas áreas de atuação”, ressalta Robert Klein, CEO da Voltalia no Brasil.>
Bojo renovável A Braskem fechou parceria com a Gelmart International, uma das maiores fabricantes de peças íntimas do mundo, para produção do primeiro bojo de sutiã de origem renovável, a partir do biopolímero EVA I’m green, obtido a partir de cana-de-açúcar cultivada de maneira sustentável. >
Selo verde A Incenor e a Tecnogres, marcas baianas de cerâmicas e porcelanatos do Grupo Fragnani, foram certificadas com o Selo Verde, reconhecido em 14 países e conferido pelo Instituto Socioambiental Chico Mendes. >