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Crédito: 90% das empresas atendidas pelo FNE estavam ativas 10 anos depois

No mesmo período, a média nacional de sobrevivência foi de 57%

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 19 de junho de 2025 às 05:00

Cerca de R$ 10 bilhões estão previstos em crédito pelo FNE para a indústria baiana este ano Crédito: Miguel Angelo/CNI/Divulgação

O valor do crédito

Os R$ 43,7 bilhões contratados pelo setor produtivo junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), em 2023, acrescentaram R$ 51,5 bilhões em valor adicionado à economia da região, além de parte de Minas Gerais e Espírito Santo. Os recursos contribuíram para criação ou manutenção de quase dois milhões de empregos diretos, indiretos, na cadeia produtiva, ou induzidos pelo aumento no consumo das famílias. Essas vagas movimentaram R$ 14,5 bilhões em salários, de acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) a partir de estudo do Banco do Nordeste (BNB), administrador do FNE. Quando se avaliam os impactos setoriais do FNE, cabe destacar a criação ou manutenção de 265 mil empregos na indústria, agroindústria e infraestrutura, que somaram R$ 4,4 bilhões em salários.

Sobrevivência

No fomento à indústria, o FNE financiou 7.182 operações de crédito entre 2012 e 2022, em 68 atividades distintas. Com o intuito de avaliar a efetividade do programa, o BNB analisou, com base em dados da Receita Federal, a taxa de sobrevivência das empresas financiadas e observou que cerca de 90% delas continuavam ativas e operando normalmente, ao passo que a média nacional era de 57% no mesmo período.

2025

Em 2025, o FNE prevê a disponibilização de R$ 47,3 bilhões em linhas de crédito ao setor produtivo, dos quais R$ 15,2 bilhões estão previstos para indústria, agroindústria e infraestrutura. O montante, superior ao programado em 2023 e em 2024, mesmo quando considerados os efeitos da inflação, aumenta as expectativas quanto aos impactos socioeconômicos que os financiamentos contratados podem trazer às empresas e, consequentemente, à população da área de atuação do FNE. “Em meio aos juros altos, instrumentos que reduzam o custo do crédito para as empresas são fundamentais”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Na Bahia

Para a Bahia, estado nordestino com o maior PIB industrial, estão programados cerca de R$ 10 bilhões para o ano de 2025, dos quais R$ 2,6 bilhões voltados à indústria, agroindústria e infraestrutura. “Os recursos são muito bem-vindos. Eles são necessários para assegurar a continuidade dos investimentos e para garantir a competitividade da indústria baiana, que vive uma fase de expansão e diversificação do seu parque fabril”, destaca Carlos Henrique Passos, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).

Retrato desolador

Em um ranking de competitividade com 69 países, o Brasil está em 68º quando avaliado em relação à eficiência governamental. Só ganha mesmo da Venezuela de Nicolás Maduro. A melhor posição do país é um 30º lugar no quesito performance econômica, pouco acima do meio da tabela. Na eficiência empresarial, o país é 56º e em relação à infraestrutura, aparece em 58º lugar. Na média geral, o Brasil é o 58º do ranking, aponta o Anuário de Competitividade do IMD, em parceria com o Núcleo de Inovação, IA e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC). O resultado geral é ruim, mas representa um avanço, uma vez que representa um avanço de quatro posições no ranking, impulsionado pelo desempenho econômico e a eficiência empresarial.

Lá embaixo

Nas últimas posições estão Venezuela (69º), Namíbia (68º), Nigéria (67º), Turquia (66º), Mongólia (65º) e África do Sul (64º). Esses países continuam enfrentando questões como instabilidade institucional, baixa integração econômica e infraestrutura precária. A Suíça assumiu a liderança do Ranking Mundial de Competitividade do IMD em 2025, subindo da 2ª posição no ano anterior. Em seguida, aparecem Singapura (2º) que manteve a liderança em performance econômica e Hong Kong (3º), com avanços em eficiência empresarial e institucional. Dinamarca (4º) e Emirados Árabes Unidos (5º) completam o top 5.

Força do campo

A Bradesco Seguros registrou crescimento de 17% nas contratações do para equipamentos agrícolas na Bahia no primeiro trimestre de 2025, com avanço de 7% em itens segurados. O resultado reflete a maior conscientização do produtor rural diante da intensificação dos eventos climáticos extremos e reforça o papel do seguro como ferramenta essencial de proteção patrimonial no campo. Segundo o superintendente sênior de negócios da Bradesco Seguros, Paulo César Martins, a Bahia é uma região estratégica por seu mercado agropecuário diversificado e produtivo. “Temos visto o corretor atuar cada vez mais como um consultor em prevenção de riscos, principalmente em regiões expostas a fatores climáticos”, destaca. Hoje, 70% da carteira da seguradora já contempla cobertura para vendavais e há descontos de até 20% para clientes que adotam medidas preventivas. Durante a Bahia Farm Show, principal feira agro do Norte e Nordeste, a companhia reforçou seu compromisso com o setor, investindo em tecnologia, inovação e inteligência de dados para mitigar riscos e oferecer soluções personalizadas. “As feiras agros são fundamentais para dialogarmos com quem está na ponta e fortalecer nosso relacionamento com corretores e produtores”, conclui Martins.

Mais presente

A Tecnogera – empresa brasileira especializada em soluções de energia temporária e inovação na segurança no trabalho em altura - fechou 2024 com um aumento de 21% no faturamento na região Nordeste, com R$ 69.513.998. Na Bahia, a busca por soluções em energia cresceu 17%, tornando o estado a quarta maior operação da empresa no Brasil. Além disso, a empresa busca oportunidades em setores como o de energias renováveis, varejo e serviços.

Aposta no Nordeste

Menos de um mês após anunciar uma redução de até 40% nos custos de fretes para vendedores em todo o Brasil, nesta quarta-feira (dia 18), o Mercado Livre anunciou uma redução de até 55% para envios do Norte e Nordeste. “O número de empreendedores no Norte e Nordeste cresceu 42%, evidenciando a força e a relevância desses mercados para o e-commerce brasileiro”, afirma Luiz Vergueiro, diretor sênior de Operações Logísticas do Mercado Livre. Segundo comunicado da empresa, a redução , válida para produtos a partir de R$ 79, foi permitida graças a investimentos contínuos em logísticas.