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A semana que vem será decisiva para o ex-presidente Jair Bolsonaro

Até aqui, Bolsonaro tem se mostrado hábil ao manter-se em evidência e relevante para o jogo político

  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 6 de setembro de 2025 às 11:00

eX-PRES
Ex-presidente Jair Bolsonaro Crédito: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

Amigos, a expectativa é que nesta semana seja conhecido o resultado do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão - condenação ou absolvição - deve sair até sexta-feira, dia 12, sete meses depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciá-lo por, segundo a acusação, tentar atentar contra a democracia brasileira.

Especialistas em política e direito avaliam que, diante do acúmulo de provas, Bolsonaro e seus sete aliados dificilmente escaparão de uma condenação. A grande questão que ficará para os próximos meses é: o ex-presidente conseguirá manter seu eleitorado mobilizado mesmo após uma eventual prisão, como aconteceu com Lula? E qual será o impacto de sua influência, mesmo preso, nas eleições de 2026?

Em entrevista ao CORREIO em junho, o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, já apontava a perda de capital político de Bolsonaro:

“O que está acontecendo é que, com o passar do tempo, os candidatos da direita estão conseguindo crescer o seu desempenho eleitoral sem apoio do Bolsonaro, caso do Tarcísio, Zema, Caiado. Eles estão crescendo nas pesquisas, e aos poucos estão ficando cada vez mais competitivos, e Bolsonaro passa a ser irrelevante, se ele não definir logo o que vai acontecer. As pessoas já estão pensando no futuro”, avaliou.

Até aqui, Bolsonaro tem se mostrado hábil ao manter-se em evidência e relevante para o jogo político. O desafio é saber se continuará criando fatos políticos que lhe garantam visibilidade até abril do próximo ano, quando a disputa eleitoral estará definitivamente em campo.

E você, leitor: acredita que Bolsonaro terá fôlego até lá?

Anistia em debate

A semana também foi marcada pela discussão sobre uma eventual anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. O tema dominou o Congresso Nacional e dividiu os parlamentares em três blocos: os totalmente contrários, os que defendem anistia ampla, geral e irrestrita, e os que buscam uma solução intermediária - com redução de penas ou perdão apenas em casos específicos. Enquanto esse impasse se arrasta, outras pautas relevantes do país seguem em segundo plano. Até quando?

O boom do agronegócio

Na semana passada estive em São Paulo para participar de um curso promovido pelo Valor Econômico sobre jornalismo no agronegócio. Embora não atue diretamente na cobertura da área, quis compreender melhor um setor que se expande em ritmo acelerado no Brasil.

A projeção é que, em 2025, o agronegócio represente 29,4% do PIB nacional, contra 23,5% em 2024. O jornal econômico já prepara um evento para debater os principais desafios do setor: mudanças climáticas, crédito e custo Brasil (logística, sucessão familiar, qualificação e tecnologia).

Hoje, apenas 5% das propriedades rurais brasileiras contam com boa conectividade. Estudos apresentados no curso mostraram que, com maior acesso à agricultura de precisão, a produtividade poderia aumentar até 20%. Fica a reflexão: a Bahia também não deveria organizar um grande evento para discutir as dores do agro local?