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Flavio Oliveira
Publicado em 27 de abril de 2024 às 05:00
Presentes em todos os lugares a todo tempo, os microplásticos cada vez mais se revelam como um potencial problema de saúde pública global. Embora a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) afirme – em documento de 2022 - que o número de pesquisas ainda são insuficientes para estabelecer uma relação entre doenças e o consumo ou a inalação desse material, novos estudos indicam que essa correlação é uma probabilidade real. Prudentemente, no mesmo relatório, a organização alertou que fragmentos com menos de 10 micrômetros provavelmente são absorvidos biologicamente e pediu a redução da poluição por plástico para diminuir a exposição humana à substância. >
Um dos mais recentes estudos sobre a questão - publicado na revista Environmental Health Perspectives (EHP) – mostra que as partículas de plásticos podem migrar do intestino para outros órgãos, incluindo o cérebro. Uma outra pesquisa, de março, divulgada no The New England Journal of Medicine, apontou que microplásticos foram encontrados nas artérias de 60% das pessoas que participaram do estudo, e que nesses indivíduos, o risco de morte, ataque cardíaco, ou de AVC (acidente vascular cerebral) era 4,5 vezes maior, em comparação com quem não apresentava o material nas artérias. >
À medida que as pesquisas sobre os efeitos dos microplásticos nas pessoas aumentam, as más notícias se acumulam. Graças à poluição e ao descarte inapropriado, cientistas já encontraram microplásticos em rios, mares, florestas, cidades, no gelo da Antártica, no topo de montanhas e nas profundezas do oceano. Na água armazenada em garrafas plásticas, vegetais e animais consumidos por humanos; em órgãos humanos, como intestino, fígado, vasos sanguíneos, urina e leite materno. >
Os microplásticos são pequenas partículas - menores do que 5 milímetros - de plástico, que podem ser liberados da embalagem de alimentos, bebidas, pneus, roupas e canos. Eles podem ser gerados, por exemplo, quando lavamos uma camisa de poliéster, contaminando a água que vai parar em rios e nos organismos que vivem neles. A liberação de micropartículas também ocorre quando um saco plástico é descartado de forma inadequada e vai se degradando no ambiente. >
Os cientistas estimam que as pessoas ingerem, em média, 5 gramas de partículas microplásticas por semana – o equivalente ao peso de um cartão de crédito. Outro cálculo, apresentado em 2016 no Fórum Econômico Mundial, projeta que em 2050 haverá mais plásticos que peixes nos oceanos. Segundo o relatório, a proporção entre as toneladas de plástico e as toneladas de peixe registradas nos oceanos era de 1 para 5 em 2014. Em 2025, será de 1 para 3 e em 2050 irá evoluir de 1 para 1.>
Algumas alternativas para reduzir o uso de plástico também são estudadas. Pesquisadores estão desenvolvendo técnicas para tentar eliminar a poluição causada pelo plástico. Uma das linhas mais estudadas é o uso de fungos, bactérias e mesmo insetos que se alimentem de plástico e decomponham o material durante o processo. Já foi visto que uma espécie de larva de besouro pode se alimentar de poliestireno. Cientistas também examinam técnicas de filtragem de água e tratamentos químicos que possam remover o microplástico. >
Até todo esse emaranhado de alternativas se consolidar, cada pessoa pode fazer sua parte. Entre as principais ações estão a diminuição do consumo de embalagens plásticas (mesmos as biodegradáveis) e o descarte correto, apostando na reciclagem e reutilização desse material.>
Advogada de 60 anos faz história e é eleita Miss Buenos Aires >
A luta para fazer deste mundo um lugar melhor para todos tem várias frentes, e uma delas, a contra o etarismo, ganhou um novo marco na quinta-feira (25), quando a advogada e jornalista Alejandra Marisa Rodríguez foi eleita Miss Buenos Aires. >
Até então, desde 1958, o título só era dado a mulheres entre 18 e 28 anos. >
“Estamos inaugurando uma nova etapa em que a mulher não é só a beleza física, mas sim um outro conjunto de valores. É muito importante o que está acontecendo”, declarou Marisa, colocando seu feito também como uma vitória histórica contra a objetificação dos corpos femininos. >
Consciente do que passou a representar, a advogada já anunciou seu próximo passo: vai disputar o Miss Universo Argentina em 25 maio. Se tudo der certo, ela vai representar seu país no Miss Universo global, um dos concursos de beleza mais populares do mundo.>
Tão popular que gerou conflito político na Nicarágua no ano passado, com a vitória de Sheynnis Palacios, 23. Foi a primeira vez que uma nicaraguense venceu o concurso. O regime do ditador Daniel Ortega quis, no primeiro momento, se aproveitar politicamente do fato, enquanto o povo ia às ruas festejar a vitória da conterrânea. Mas logo apareçam imagens dela participando de passeatas da oposição. O que obrigou o governo a mudar de posição: a vitória de Sheynnis passou a ser minimizada – quando não contestada -, a roupa típica do país usada por ela no concurso foi confiscada (afinal ela não representava o povo nicaraguense). >
Karen Celebertti, organizadora do Miss Nicarágua, foi exilada e teve sua casa invadida. Ela e outros donos da franquia Miss Universo no país são acusados de conspiração, lavagem de dinheiro e divulgação de notícias falsas. Aparentemente, a fama que conquistou tem protegido Sheynnis. A ditadura, porém, mantém um discurso ambíguo sobre ela – enaltece sua vitória ao mesmo tempo que tenta silenciá-la nos meios de comunicação. >
Seja pela liberdade ou contra etarismo, temos de lutar como uma miss!>
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