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Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2022 às 11:00
Já cansou das idas e vindas do coronavírus que nem podemos chamar de "novo" mais? Eu também. Tá de saco cheio de dar um passo pra frente e outro pra trás? Mesma coisa aqui. Não aguenta mais as notícias sobre o assunto? Nem eu. Chega a revirar os olhos diante das letrinhas e números que identificam as novas cepas? Coisa é cá. Já tá com aquela "certeza" de que as tais "ondas" chegam e vão embora de acordo com interesses políticos, mercadológicos e tal? Aí, pra mim, já é demais.>
Nem toda subnotificação do mundo conseguiria esconder os casos que apareceram perto de mim - e, certamente, de você - nos últimos dias. A nova onda chegou, entre outubro e novembro, conforme previsto e não por "Lene Sensitiva" que disse que a pandemia já ia acabar em 2021. Tô fora. Previsão boa é de cientista que explica e prova por A+B. Tanto que, escutando o que eles disseram, programei viagem delícia numa baixa e deu tudo certo. Que gente "paranoica" também se diverte e nem é tão pouco assim. Informação correta é poder e liberdade. Átila Iamarino - aquele fofo - avisou, Luana Araújo também. A OMS nunca declarou o fim da pandemia. Miguel Nicolelis, outro "oráculo" querido, garante que covid é uma doença para não se pegar.>
(Já leu sobre as possíveis sequelas, a médio e longo prazo, mesmo quando a pessoa tem sintomas leves?)>
(Eu já.)>
Cada criatura com as próprias fontes e fé. Também com as próprias escolhas e protocolos individuais. Não dá mais pra ficar trancado em casa, claro. Nem há mais essa necessidade. Aí, mesmo circulando (trabalhando presencialmente, viajando e vivendo normal), conheço vários "paranoicos" que jamais ficaram doentes dessa doença que "todo mundo vai pegar", como já quiseram nos fazer crer. Isso, enquanto o povo mais "relaxado" coleciona duas, três, quatro e até cinco covid. Crendeuspai. É muito apego ao corona, né não?>
(As únicas pessoas que não cabem nessa ironia são aquelas que vivem em vulnerabilidade social, que sem o básico não dá para, em nenhum âmbito, estar saudável.)>
(Em todos os outros casos, só pode ser mesmo por gostar.)>
Por aqui, até hoje (pé de pato mangalô três vezes!), nem leves sintomas gripais, que dirá a maldita. Que continue desse jeito, ouvi um amém? O fato de eu não ser a única, prova o básico: funciona demais o trio máscara (N95/PFF2 e bem utilizada), higiene e evitar aglomerações. Fora a vacinação em dia. O que, em minha humilde opinião, não é tão difícil assim de praticar. Inclusive entre as ondas, pelo menos até que esse negócio acabe de verdade. Garantir, não garante. Mas ajuda, por mais cansativas que fiquem as interações sociais com os "relaxados" que não se conformam com quem aprendeu e adotou os novos e contemporâneos hábitos.>
Tão inconformados que já me "mandaram" até tirar a máscara que tava em minha cara. Que se eu não tirasse, não me abraçava. Dei foi uma gargalhada, evidentemente dispensando o abraço. Oxe. Quer pegar sua covid, pegue. Direito seu. Não é da minha conta, não. Como diria D. Celestina, "o que é de gosto arregala o caroço". Versão, em "celestinês", para "o que é de gosto é regalo da vida". Mas vá tossir e espirrar pra lá. Pode me olhar torto à vontade, se ofender porque passei álcool nas mãos depois de lhe cumprimentar e se irritar com meus cancelamentos de programas ao chegar aos lugares e perceber que estão lotados. Só entro por absoluta necessidade, jamais por diversão. Sempre haverá um espaço com menor densidade demográfica esperando por mim.>
("Ainnn, mas se você trabalhasse num lugar lotado não teria escolha, sua privilegiada".)>
(Há profissionais da saúde que cuidam de gente com covid e nunca pegaram.)>
(Protocolo.)>
(Há quase três anos, explicado em tudo que é lugar.)>
(Não adianta, por exemplo, usar máscara se tira e bota do jeito errado.)>
(Nem usar de tecido ou cirúrgica.)>
(Nem tirar "só para a foto do Instagram".)>
(Presepada.)>
Seguro na mão da ciência e vou. Incomodando a quem incomodar, com meu nariz (coberto) lá em cima e sem negociar. Se a pessoa não quer pegar covid, o jeito é ser antipática. Infelizmente. Tudo bem. Tô nem aí. Eu e meu filho só tiramos as máscaras ao ar livre (ou em lugar muito amplo) e com distanciamento. Pra tirar perto de alguém, tem que ser gente testada ou igualmente "antipática" ou lugar muito ventilado ou perto de janelas e tal. Observo até o vento de onde vem e pra onde vai. Isso, nas baixas.>
Nas ondas - como a que vivemos agora - não há essa segunda flexibilização. Teste pode dar falso negativo, não há como garantir a "antipatia" alheia e quando tem muito vírus circulando a ventilação não resolve. Não quero culpar terceiros se, eventualmente, eu me contaminar. Porque eu faria isso, sim, se alguém me garantisse segurança e deixasse doença pra mim. Melhor não me garantir nada. Ou eu não aceitar. É máscara no rosto e cada pessoa cuida de si.>
Dito tudo isso, Átila avisou que esse pico vai ser mais rápido do que os outros. Eba! Daqui a pouco ele diz que estamos em mais uma "lua-de-mel" com o corona e volto a flexibilizar. Átila sempre acerta, pode observar. Quando os números aparecem nos telejornais, ele já preveniu há muito tempo. Então, estou animada, seguindo a intuição "paranoica" que me preserva - e ao meu filho - até aqui. Com o orgulho de, até o momento, ter conseguido ser mais inteligente do que um organismo acelular. O que não devia ser grande coisa, mas ganha ares de feito heroico se me comparo com pessoas que pareciam inteligentes até que precisaram aprender a usar máscaras, higienizar as mãos e não aglomerar. Quanta decepção. Mais uma chance aí, gente. Aproveita a onda pra treinar.>
(Ah, sim, a copa. Aqui, os jogos são em casa, só crianças convidadas, lanches individuais, uso de máscaras e no jardim. Para o momento, tá sendo massa.)>