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Confira a coluna na íntegra
Bruno Wendel
Publicado em 9 de setembro de 2024 às 05:00
A situação é preocupante para quem precisa garantir o ganha-pão no trânsito de Salvador. Mais uma categoria vive um período de treva: 270 taxistas foram assaltados neste ano na capital - 23 tiveram os carros levados, segundo a Associação Geral dos Taxistas (AGT).
Os meses mais críticos foram: junho, com 49 ocorrências; seguido de julho (35) e agosto (38). E nos últimos 60 dias, três táxis foram queimados por traficantes durante ataques a grupos rivais. A AGT listou alguns bairros que oferecem mais riscos à categoria, entre eles Itapuã, Boca do Rio, Cidade Nova e Cabula.
Na era do Big Brother, onde a tecnologia precisa andar lado a lado com a segurança pública, por que as 1.500 câmeras inteligentes da SSP não funcionam como deveriam? Se há uma atitude suspeita, por que não deslocar uma viatura mais próxima para averiguar aquele casal, aquela moto? É preciso acontecer, para ter repercussão e só assim tomar providência?
Trairagem é um prato que se come frio e não seria diferente com o traficante Robson Costa Uzeda da Silva, morto pela polícia no último dia 3, na Avenida Centenário. Quando estava no Bonde do Maluco (BDM), ele foi passado para trás pelos comparsas e mudou de lado, tornando-se um dos homens mais cruéis do Comando Vermelho (CV) no Brongo, no bairro do Engenho Velho de Brotas.
Ele passou a frequentar o Rio de Janeiro, onde em 2021 foi preso em Cabo Frio. Lá, ele foi condenado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Já na Bahia, em 2018, Robson tentou subornar um policial com R$ 18 mil. Agora, resta saber, porque ele voltou a Salvador.
A operação que terminou com a morte dele teve participação de agentes daqui e de Valença. Seria o surgimento de uma articulação entre o CV do Brongo e o Recôncavo?
Não é fácil para ninguém ser recebido com uma arma no meio da rua. Um grupo de criminosos está praticando uma série de “arrastões” em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.
Em um carro vermelho, os assaltantes abordam as pessoas ali mesmo, na rua, e fazem “a limpa”. Em um dos casos, aconteceu no dia 1º deste mês, na Rua Almirante Tamandaré, conhecida como Vila Praiana.
A abordagem gerou um pânico generalizado.