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Ivan Dias Marques
Publicado em 13 de abril de 2018 às 05:17
- Atualizado há um ano
Começam amanhã os playoffs da NBA. E é como se fosse o início de uma outra competição. O nível de exigência aumenta, as defesas se dedicam mais e cada jogo tem uma importância grande no futuro das franquias. Quanto mais longe se vai, mais ingressos se vende, mais os patrocinadores aparecem. Ou seja, o ganho não é só dentro de quadra.
Existem jogadores, também, que são impulsionados quando chega a fase decisiva da liga. Atletas que levaram a temporada quase que em banho-maria, esperando somente essa fase começar para soltar tudo que possuem dentro de si.
Por outro lado, há também os estreantes. Será que vão manter o mesmo desempenho da temporada regular agora que a pressão aumenta? A velha frase de Evaristo de Macêdo não vale só para o futebol. “Calça de homem não cabe em menino”. E é a hora dos “meninos” mostrarem que são homens.
Esse exemplo vale muito para o Philadelphia 76ers. A surpresa da temporada tem um elenco recheado de jovens e talentosos jogadores que vão enfrentar seus primeiros playoffs já com a responsabilidade de terem sido 3° colocados na Conferência Leste. Em sua primeira temporada de fato, o armador-ala-pivô (sim, joga em quase todas as posições) Ben Simmons terminou com médias de um veterano (15,8 pontos, 8,2 assistências e 8,1 rebotes) e 12 triplos-duplos nas costas. Menor número apenas que LeBron James e Russell Westbrook.
No entanto, para se ter uma ideia do crescimento que o australiano de 21 anos pode ter, Westbrook, que espetacularmente terminou sua segunda temporada seguida com um triplo-duplo de média, fez apenas um TD como calouro. Simmons fez mais triplos-duplos que Magic Johnson como calouro, ficando atrás apenas de Oscar Robertson na história. Isso tudo sem ter feito uma única cesta de três, talvez hoje sua maior deficiência.
Junto a ele, o 76ers possuem um elenco que, no time titular, apenas o ala-armador J.J. Redick tem experiência em playoffs. Por outro lado, a chave para o time da Philadelphia chegar a uma final de conferência está boa. Enfrenta o Miami Heat, um time sem grandes estrelas, mas perigoso, na primeira fase e, se passar, encara o vencedor entre Boston Celtics e Milwaukee Bucks. Os C’s seriam uma tarefa ingrata no início da temporada, mas sem Gordon Hawyard e Kyrie Irving, ambos lesionados, torna-se um time quase comum.
Do outro lado da chave, o Cleveland Cavaliers parece que levou toda a temporada na maciota e o 4º lugar no Leste pode ser bem ‘mentiroso’. Encara o Indiana Pacers, outra surpresa e, se passar, pega o vencedor entre o Washington Wizards, que ficou num 8º lugar também ‘mentiroso’ ou o líder Toronto Raptors.
No Oeste, a briga foi dura para conseguir uma vaguinha entre os oito. Se o Houston Rockets sobrou, o Golden State Warriors ficou com a 2ª posição mesmo com diversas lesões durante a temporada regular. Vai começar os playoffs sem Stephen Curry e pegando o osso duro do San Antonio Spurs. O Rockets tem outra série complicada, contra o Minnesota Timberwolves, que possui um elenco bem mesclado entre juventude e experiência.
No embate entre Blazers, surpresa como 3º colocado, e o Pelicans e do Utah Jazz com o Oklahoma City Thunder, tudo pode acontecer. O Thunder, inclusive, tem poder para chegar longe, basta Carmelo Anthony jogar o que sabe. Os playoffs, como sempre, são uma boa hora para isso.
Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve às sextas-feiras