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Gravado por grandes nomes da MPB, o baiano Edil Pacheco celebra seus 80 anos em plena atividade

Edil Pacheco tem sucessos com Alcione, Clara Nunes, João Nogueira, João Bosco, Gilberto Gil, Chico Buarque e Gal Costa

  • Foto do(a) author(a) Osmar Marrom Martins
  • Osmar Marrom Martins

Publicado em 31 de maio de 2025 às 11:00

Edil Pacheco
Edil Pacheco Crédito: Divulgação

Um dos três grandes sambistas da Bahia em atividade, ao lado de Nélson Rufino e Walmir Lima, o compositor Edil Pacheco, nascido em Maragogipe, no Recôncavo, comemora neste domingo (1º) 80 anos. A comemoração vai ser em família, mas ele pretende o mais breve possível reunir os amigos e fazer uma grande festa. Afinal, chegar aos 80 firme e forte não é todo mundo que consegue.

O Baú do Marrom perguntou a Edil qual o segredo dessa longevidade com tanta disposição. Ele nem pestanejou: “Eu venho do Recôncavo e aqui a gente come muito peixe, além de outros frutos do mar. O que nos permite uma boa alimentação. E também sou cabeça fria. Me considero um operário da Música Popular Brasileira. E Viva o Samba!”. Comemora Edil, atualmente casado com Ada Maria com quem tem dois filhos: Pablo e Neruda. De outro relacionamento, ele tem duas filhas: Viola e Ana Clara.

Defensor e incentivador do samba, Edil Pacheco é de uma geração na qual brilharam nomes como Batatinha, Ederaldo Gentil, Panela, Riachão, Firmino de Itapuã, entre outros, que já nos deixaram. Todos de uma linhagem nobre, compondo samba que caíram no gosto popular. Não só dos baianos, mas de todo povo brasileiro. E o maragogipano Edimilson de Jesus Pacheco, mais conhecido como Edil Pacheco, nascido em 1 de junho de 1945, é um capítulo à parte.

Espécie de compositor baiano queridinho dos grandes artistas, principalmente, entre os sambistas, Edil tem composições que fizeram e ainda fazem sucesso quando são tocadas em shows Brasil afora. E uma das cantoras que mais gravou suas músicas foi a maranhense Alcione, que recentemente recebeu o Título de Cidadã Baiana em cerimônia na Assembleia Legislativa, que contou com a presença de Edil.

A Marrom gravou as seguintes músicas: Até o Dia de São Nunca; Aruandê; Lua Menina, Ara Ketu (que projetou a banda e o bloco criados no subúrbio ferroviário de Periperi), Afreketê e Santo Amaro é uma flor. Alcione nunca escondeu sua admiração pelo trabalho de Edil, que a tem como uma espécie de madrinha.

Outra dama do Samba, a saudosa Clara Nunes, também gravou três grandes sucessos de Edil: Apenas um Adeus; Ijexá e Coração Valente. Já o mestre do samba, também ausente, João Nogueira - pai de Diogo Nogueira -, gravou De Amor é Bom. Edil confessa ter muito orgulho das gravações que esses artistas fizeram de suas composições. Mas as composições dele não ficaram restritas ao mundo do samba.

A saudosa Gal Costa gravou a música: Estamos ai (estamos ai/em toda cidade pagando em suor a felicidade/vou sair de palhaço/ você de careta). Gilberto Gil também gravou Ijexá e Ojuobá. Quer mais: Chico Buarque de Holanda gravou Bebendo Garoa, e João Bosco, Terreiro de Jesus.

Com tantas músicas gravadas ,eu perguntei a Edil sobre os Direitos Autorais. Ele foi claro: “O Direito Autoral melhorou muito, mas precisa melhorar ainda mais. Porém, eu não posso reclamar, porque consigo pagar minhas contas”.

Edil também aproveitou para avisar que o Dia Nacional do Samba, que ele organiza todos os anos, dia 2 de dezembro, terá uma festa à altura com grandes convidados e artistas locais.