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5 vinhos baianos e revolucionários

Veja o que escolher para beber no 2 de julho

  • Foto do(a) author(a) Paula Theotonio
  • Paula Theotonio

Publicado em 1 de julho de 2023 às 16:00

O vinho no Brasil é algo que remonta ao início da colonização, mas na Bahia a história é bem mais recente. Aqui, a bebida já nasceu livre e revolucionária, desafiando convenções, graças a muita tecnologia e paixão.

O milagre do vinho e da irrigação

Apesar de já existirem pequenas plantações de uvas de mesa desde o início do século 20 no Vale do São Francisco, o vinho fino – aquele elaborado com uvas da variedade Vitis Vinifera – só começou a ser feito em solo baiano no início dos anos 80.

Essa produção começou pelas mãos do nissei Mamoru Yamamoto, um paulista visionário que se apaixonou pelo Sertão do São Francisco nos anos 70. Impulsionado pelas maravilhas da irrigação e pelos conhecimentos adquiridos em viagens pela Califórnia e Israel, implantou uma nova tecnologia para o cultivo da uva e contribuiu para a criação do título de “Capital da Irrigação”, ostentado pelo Vale.

Após iniciar alguns projetos do lado pernambucano do Velho Chico, Mamoru encontrou na comunidade de Santana do Sobrado em Casa Nova (BA), banhada pelo Lago de Sobradinho (BA), a terra ideal para iniciar sua própria vinícola. Nascia, no início dos anos 80, a Fazenda Ouro Verde II; hoje pertencente ao Grupo Miolo e onde fica a vinícola Terranova.

Os primeiros vinhos da Ouro Verde II foram elaborados pelo enólogo Ivair Toniolo, a partir de vinhedos implantados em 1984. Os primeiros rótulos baianos foram os tintos Solar do Vale Pinot Noir e Solar do Vale Cabernet Sauvignon; e os brancos foram o Grande Lago Sauvignon Blanc e o Vale Dourado Chenin Blanc.

O Grupo Miolo adquiriu as terras em 2001 e hoje a Terranova possui 200 hectares e produz cerca de 4 milhões de litros de vinhos ao ano. As videiras de uvas finas mais antigas da Bahia ainda estão lá: são da variedade Moscato Itália, foram plantadas entre 1985 e 1986 e – pasmem! – seguem produtivas.

Também foi com muita pesquisa e paixão que nasceram os projetos da Chapada Diamantina.

As três vinícolas de Morro do Chapéu (BA) – cidade fria, de altitude, com clima temperado e pertencente ao bioma caatinga – surgiram após o sucesso de um projeto experimental iniciado em 2011. A iniciativa foi encabeçada por diversos órgãos governamentais, associações de criadores e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Essas videiras ainda estão presentes no terreno da Vinícola Santa Maria.

Em Mucugê (BA), na parte sul da Chapada, a UVVA já contou com outro tipo de recurso para iniciar sua implantação em meados de 2012. Trata-se da dupla poda, técnica criada na França que realinha o ciclo da videira para permitir a maturação plena das uvas durante o período do inverno.

O que beber de revolucionário da Bahia:

Espumante Terranova Moscatel

null Crédito: Divulgação

(R$ 52,14 no site da vinícola): Elaborado no Sertão baiano, este borbulhante carrega notas de jasmim e outras flores brancas, guaraná, cítricos e mel. No paladar é leve e doce, com um final de boca jovial e refrescante.

UVVA Sauvignon Blanc

(R$ 143 no site da vinícola): De Mucugê (BA) para o mundo, este branco tem aromas cítricos, de frutas tropicais e sutis notas vegetais. No paladar traz acidez equilibrada, sabores de frutas maduras com intensidade e boa persistência.

Vinícola Santa Maria Reserva

(R$ 70 na vinícola): Das primeiras videiras implantadas em Morro do Chapéu (BA) nasceu este tinto frutado e de boa acidez, com notas de frutas negras no olfato e paladar.

VAZ Pinot Noir

(R$ 69 na vinícola): Elaborado por um dos pioneiros em Morro do Chapéu (BA), este tinto é leve com suave nota terrosa, taninos leves e finos, além de paladar persistente.

Reconvexo Vila do Ventura Malbec & Syrah

(R$ 90 na vinícola): O projeto mais recente de Morro do Chapéu (BA) gerou este tinto de cor rubi escuro intenso, além de aromas de ameixas maduras e chocolate. No paladar tem acidez alta, corpo médio e taninos médios.

Em tempo

Em sua terceira edição, a Rota do Vinho 2023 já tem data para acontecer. Será nos dias 21 e 22/07 no Espaço Mário Cravo, em Salvador; e nos dias 27 e 28/07 no Auditório do Sincomércio, em Vitória da Conquista, onde acontece pela primeira vez. Realizado pelo Senac Bahia, o evento tem como objetivo estimular o consumo consciente e fortalecer o mercado de vinhos nas duas cidades. O evento contará com a participação de renomados produtores de vinho, sommeliers, chefs de cozinha e especialistas em enologia, com palestras, workshops e degustações. As inscrições custam R$ 130/dia e podem ser feitas através do site https://www.ba.senac.br/rota-do-vinho.

O projeto Bahia livre: 200 anos de independência é uma realização do jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.