Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Copa do Mundo é o reino da fuleiragem

  • Foto do(a) author(a) Paulo Leandro
  • Paulo Leandro

Publicado em 7 de dezembro de 2022 às 05:10

. Crédito: .

“Fuleiragem” é um nome, portanto um conceito universal referindo episódios sem seriedade, maliciosos e desprovidos de virtude, enquanto “fuleiro” seria o ente real, portador desta fuleiragem geral.

Copa do Mundo sem fuleiragem não seria uma competição organizada, promovida e disputada por humanos. É possível verificar a fuleiragem desde um simples jogo de botão da Liga Desportiva Autônoma do Baixo Saboeiro, com a presença de gente fuleira, capaz de traquinagens.

A fuleiragem afronta a ética, tomando esta como aquela oportunidade de combinarmos como podemos viver melhor, considerando a capacidade de empatia – colocar-se no lugar do outro ou da outra.

Não precisam concordar comigo, mas uma grande fuleiragem desta Copa é permitirem-se as seleções já classificadas atuarem sem titulares na rodada decisiva das chaves, pois não é correto e gera uma desigualdade antiesportiva.

Aqui, entra um pouco de lógica: tomemos o mau exemplo de Portugal. Se A (Portugal completo) venceu Gana e Uruguai, B (Portugal incompleto) perdeu para a Coreia do Sul. Não foi o mesmo Portugal em todos os jogos.

A Coreia do Sul foi beneficiada por enfrentar uma força menor e terminou classificando-se com esta desigualdade. O mesmo poderia ter acontecido nas derrotas da França e do Brasil, respectivamente para Tunísia e Camarões.

Acresce o fato de o desporto não servir para fortalecer inclinações egoicas, ao contrário, é irmão gêmeo da educação e da moralidade, portanto, nos pareceu uma fuleiragem, tomando como valor maior o interesse de poupar titulares.

Agora, a fuleiragem de ordem moral: Uruguai garfado e, o mais curioso, sua senhoria viu as imagens do primeiro penal diversas vezes e ainda assim não assinalou, servindo o VAR para enganação.

O segundo penal foi mais evidente: a carga do ganês em Cavani. Há ainda indícios de autossabotagem no sentido de ter a Celeste guardado Arrascaeta nos dois primeiros jogos e não interessar-se em ampliar o placar quando estava 2x0.

Ora, qualquer neném sabia da treta de permitir o avanço da bobinha Coreia do Sul, pois a camisa da Celeste tem peso e o enfrentamento nas oitavas poderia complicar para a Seleção beneficiada.

Também entra na coleção de fuleiragens o segundo gol do Japão sobre a Espanha, pois aquela bola veio de fora de campo, no momento do cruzamento, exceto se preciso voltar a doutor Halley para pedir um novo óculos.

Pênalti a favor de Senegal, quando estava 0x0 contra a Inglaterra e sua senhoria nem o VAR acionou, seguindo esta Copa das fuleiragens a maior delas: ter como sede um país destoante.

A Copa fuleira, no entanto, tem amparo numa boa lição do islamismo, segundo a qual só Alá é perfeito, portanto, os erros são necessários ao convívio humano, se não quisermos competir com a maior divindade.

Tunísia e Camarões venceram, mas não avançaram, no entanto, o ideário olímpico foi para a cesta de lixo, seleções de ponta, tecnicamente, mas ignorantes de um ponto de vista moral.

Vamos acompanhando novas fuleiragens porque logo saberemos quais seleções foram previamente escolhidas para serem a campeã, a vice e as semifinalistas. Basta não ser burro e ligar os pontos a fim de verificar os favoritos, já definidos por quem manda nesta bagaça.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.