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Renato Paiva no Baêa para sempre!

Leia artigo de Paulo Leandro; contém ironia

  • Foto do(a) author(a) Paulo Leandro
  • Paulo Leandro

Publicado em 6 de setembro de 2023 às 05:05

Paulo Leandro
Paulo Leandro Crédito: Angeluci Figueiredo

É comum medirmos o valor de um “sucesso” com a variável quantidade; assim, mais seguidores nutrem o influenciador; o número, a cifra, a abstração do algarismo ficam ao alto da pirâmide enquanto a solidão, ao rés do chão.

Estar intimamente só é o método de verificar a si próprio como se tem agido, quais virtudes ou vícios podem ser melhor reequilibrados e, principalmente, como aceitar Renato Paiva e aprender na condução do Bahia pelo City.

É o momento de discernir entre situações possíveis de mudar e aquelas escapadiças de deliberação, pois nem nossa alçada nem futura ossada a alcançam.

No caso do professor, o mecanismo de sustentação midiático e formidável, produz, sem dúvida, uma propaganda ideológica disciplinada através da qual o peão torce, vota e luta contra si e pelo opressor.

Ainda se acredita na massa consumidora como vazio num recipiente onde seriam derramados os átomos líquidos da lavagem cerebral. Por prudência, devido à equidistância a favor e contra Paiva, podemos suspender os juízos?

Lembro-me do histórico Ba-Vi “Fica, Pernet!”, quando meia dúzia de engraçadinhos ecoaram espontâneo coral pela permanência de um ex-presidente do coirmão muito estimado no Barradão.

Pois, aqui, do alto deste púlpito, eu vos digo, aliás, conclamo: “Fica, Paiva!”. Não há por que exonerar-se servidor tão dedicado, mantendo com mão cabralina o rumo da nau tricolor para permanência na Série A.

Há tempo de sobra quando se é eterno – casos do Bahia e de Portugal –, portanto se este ano a frustração corresponder à distância entre o desejo e a realização deste desejo, ainda assim não precisa perder uma nesga de amor.

Pois se amor é desejo, flechada de Éros, mas pode ser também philia (encontro), como complemento, é no Fati (amar a tudo como é, sortes, azares, paixões, desencantos) a convergência entre torcida e técnico.

Amar o Bahia, como ele é, City, azulzinho, Renato Paiva, seus jogadores, trata-se agora de uma corporação: seria pulsar angústia à amante doar-se a um Bahia abstrato e encontrar outro, “real”.

Até aqui, não foram 22 pontos fáceis e tanto maior valor terão os novos a conquistar, mesmo para clube europeu, acostumado às refregas áridas dos romanos e, antes, dos lacedemônhos de Franciel.

Ah, quanto a paz, e sua irmã, a solidão, experimentem parar dois minutinhos a fim de avaliar se o treinador português tem revelado tenacidade, coragem, sorte e vigor...

Identifiquem nestes atributos o quanto este perfil está alinhado às tradições (conforme se divulga) tricolores e vamos combinar: o estado de solidão é o atalho para a verdade. Fica, Paiva, professor perpétuo do Bahia!

Há quem prefira uma vida social ativa. Psico é alma. Pathos é enfermidade. Daí, psicopata. Nada sentem de empatia ou compaixão. Amor passa longe, mas sexo pode ser ótimo. Aparentemente solidários, arruínam suas vítimas.

O prazer consiste em destruir, dominar e se tiver de trocar você ou Renato Paiva agora, não hesitará o psicopata. Contrariar o portador do transtorno motiva acessos de fúria e não faltarão calúnias.

Nem tente argumentar pois o psicopata não dialoga, impõe seus interesses e vê as pessoas como marionetes das quais pode extrair seu suprimento narcísico. E o mais grave: não tem cura!

Paulo Leandro é jornalista e professor doutor em Cultura e Sociedade.