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Jerônimo "brinca" na neve enquanto Bahia sofre com seca e o prefeito do interior na mira da PF

Leia a coluna na íntegra

  • C
  • Coluna Pombo Correio

Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 05:00

Queima de fogos

De um lado, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) está crente que, se não for antes do Natal, seu desejo de ser candidato a prefeito de Salvador pode não resistir à queima de fogos da virada do ano. Por isso, o emedebista tem demonstrado muita angústia e ansiedade quanto ao assunto. Do outro lado, os irmãos Vieira Lima estão gostando da demora, pois estão descrentes em relação ao projeto de Geraldo como candidato.

Na mira da PF

Após a operação que teve entre os alvos o deputado estadual Binho Galinha (Patriota), a Polícia Federal já tem na mira um prefeito baiano envolvido em outro caso, tão cabuloso quanto. Pelo que se comenta nos bastidores da política, o gestor já vem sendo investigado há algum tempo por supostas fraudes em licitações e, agora, a apuração afunilou. A PF já ativou o modo contagem regressiva.

Fez o J

E por falar em Binho Galinha, o caso, que já ganhou repercussão nacional, promete dar muita dor de cabeça à cúpula do PT na Bahia. Apontado como chefe de um grupo miliciano com atuação na região de Feira de Santana, o parlamentar não só é aliado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) como fez campanha para o petista no ano passado.

Bola fora

Pegou muito mal para o governador Jerônimo Rodrigues (PT) a sua nova viagem internacional, desta vez para Dubai e Berlim, em meio à grave crise no estado provocada pela seca, uma das piores dos últimos anos. Enquanto mais de 130 municípios estão em emergência e mais de 371 mil produtores rurais são afetados diretamente, o governador, que ficou fora da Bahia por sete dias, ainda não anunciou nenhuma medida para enfrentar o problema. Há cerca de 15 dias, o governo chegou a montar um grupo de trabalho, mas nada foi feito desde então.

Frozen

O pior na história foi que, enquanto a seca e os incêndios assolam o interior da Bahia, Jerônimo publicou vídeo em suas redes sociais mostrando a neve em Berlim. Para completar, quando retornou ao estado, disse que conversou com o “ministro Rui Costa para liberar dinheiro para comprar milho e poder mandar carro pipa”. Eureca! A solução encontrada pelo governador é, pasmem, milho e carro pipa. E detalhe: ao jogar a bomba no colo do governo federal, Jerônimo mostra que não tem um plano para mitigar os efeitos da seca.

Operação tartaruga

Um dos principais aliados do ministro Rui Costa, o superintendente da Sufotur, Diogo Medrado, tem falado abertamente e sem segredo que não vai mover uma palha pela eventual candidatura de Geraldo Júnior na capital baiana. Com fama de bom articulador, Medrado segue o mesmo caminho do presidente da Conder, José Trindade, outro ruisista, que também já disse que não pretende se envolver na empreitada do vice-governador.

Mendigando água

Aliado ferrenho do governo, o deputado Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia Legislativa, desabafou publicamente contra a demora do Estado em oferecer ajuda ao setor produtivo que sofre com impactos severos da seca. “Se gasta dinheiro com festa e não tem dinheiro para um carro pipa, é inacreditável. A Bahia em calamidade, com o governo federal, e não se tem dinheiro. Os prefeitos estão praticamente mendigando água”, bradou na sessão da última terça, fazendo coro aos deputados que pediam urgência do Executivo. “Os animais que estão morrendo não vão esperar”.

Prêmio de consolação

O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa (ALBA), é cotado para assumir o lugar de Luiz Caetano (PT) na Secretaria Estadual de Relações Institucionais (Serin), pasta responsável pela articulação política do governo com parlamentares, prefeitos e lideranças. A mudança começou a ganhar corpo durante as discussões da iminente reforma administrativa de Jerônimo e é considerada um prêmio de consolação para Rosemberg caso o petista não consiga realizar seu sonho de presidir a ALBA. Outra alternativa seria a pasta da Educação, hoje comandada por Adélia Pinheiro. Lembrando que Caetano e Adélia devem deixar o governo para disputar as eleições pelo PT em Camaçari e Ilhéus, respectivamente.

Quase...

Por outro lado, a saída de Adélia da Educação é dada como certa por governistas, que indicam que ela deve mesmo disputar a Prefeitura de Ilhéus pelo PT. A notícia é um banho de água fria para os planos do vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão (PSB), que espera ser o nome escolhido da base governista para a disputa. Na boca miúda, parlamentares brincam que Bebeto é o "político do quase": quase foi senador e, pelo visto, vai ficar no quase prefeito. Lembrando que ele é suplente do senador Jaques Wagner (PT), que quase foi ministro de Lula.

Condução vertical

A situação também irrita a ex-senadora e deputada federal Lídice da Mata (PSB), que já anda insatisfeita com a condução dos caciques petistas sobre a eleição em Salvador. Por onde anda a deputada socialista reclama do tratamento do Palácio de Ondina com o partido. Sobre a disputa na capital, ela tem dito que está desapontada com a “condução vertical” para a definição do nome da base. Entre correligionários dela, a queixa é a mesma. "Essa conversa de que todos os aliados crescem ao lado do PT é uma falácia. Só cresce o PSD, que é o partido mais poderoso do estado, o Avante, por desejo de Rui, e o próprio PT. O resto é só o resto", reclamou um interlocutor, em conversa com a coluna.

Constrangimento eleitoral

Nome do PT à prefeitura de Vitória da Conquista, o deputado federal Waldenor Pereira vive um constrangimento indisfarçável com aplicação de suas emendas parlamentares. É que os valores designados diretamente para o município ficaram muito abaixo do que ele tinha sob seu controle. Entre 2015 e 2023, Waldenor teve R$ 140 milhões de emendas, mas só enviou R$ 749 mil para a cidade que pretende administrar.