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Pombo Correio
Publicado em 6 de junho de 2025 às 05:00
Quero colo >
A política baiana teve uma inusitada surpresa esta semana com o comportamento de um parlamentar que, depois de algumas doses, saiu sentando-se no colo alheio, sem consentimento, durante um evento social. Quem viu, conta que a cena foi de cair o queixo.>
Bomba relógio>
A situação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) se assemelha à de uma bomba relógio prestes a explodir. Fontes da coluna relatam que o instituto, que já vem sofrendo com sucateamento e falta de estrutura, agora entrou na mira de órgãos de controle e investigação, inclusive federais. Já há até um procedimento investigatório aberto pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), que apura enriquecimento ilícito, crimes contra a administração pública e infrações ambientais. Interlocutores com vasto conhecimento sobre o órgão estadual confidenciam que servidores do Inema foram afastados recentemente devido a suspeitas de irregularidades. Este Pombo Correio está de olho e vai investigar.>
O Intocável>
Apesar da recente intervenção federal que escancarou a incompetência que ele teima em esconder, um certo secretário de Estado segue de peito estufado, se gabando aos quatro ventos que “não tem nada a temer”. Diz que sua relação com o Ministério Público da Bahia é tão boa que ele se sente… intocável. O curioso é que essa história está sendo contada em mesas de bar e corredores de repartição — mas, por favor, não contem para ninguém. Se o MP ficar sabendo, vai ficar bem incomodado.>
De volta aos holofotes>
A recente aparição do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em grandes veículos de comunicação para falar de obras do governo do estado, como a ponte Salvador-Itaparica e o VLT, causou profundo incômodo ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). A avaliação é que Rui quer assumir um protagonismo que deveria ser dele, principalmente pelo fato de o governador estar com a popularidade em queda livre, especialmente em Salvador, onde estas obras serão realizadas. Interlocutores com trânsito no Palácio de Ondina relatam ainda que a ação do ministro faz manter no ar a possibilidade de o próprio Rui disputar o governo no lugar de Jerônimo. >
Nova promessa>
Por falar na ponte, Rui Costa deu prazo de 12 meses para o início das obras, que teriam duração de seis anos. O problema é que os governos petistas já perderam qualquer credibilidade em relação ao tempo das intervenções, principalmente em relação à ponte, prometida desde 2017 pelo ex-governador e atual senador Jaques Wagner (PT). O descrédito é tanto que, nas redes sociais, o novo prazo virou piada. "Em 6 anos, entre 2084 a 2090, ele esqueceu de falar o período", disse um internauta na página de um veículo de comunicação. "Minha filha vai se formar e essa ponte não sairá", disse outra. Outro usuário da rede social foi ainda mais ácido: "Pelo tempo e promessa a ponte já tava no Japão". >
Batata assando>
Voltando a Jerônimo, o governador ficou furioso com o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), José Castro, após a nomeação de um ex-presidiário para o cargo de diretor do Conjunto Penal de Salvador. O caso teve uma grande repercussão negativa, inclusive nacionalmente, e obrigou o petista a voltar atrás e tornar sem efeito a nomeação. Jerônimo teve até que se explicar e disse à imprensa que não conhecia o histórico do nomeado. Essa situação se soma aos diversos problemas no sistema prisional baiano, que culminaram com a fuga de 16 detentos do Presídio de Eunápolis no final do ano passado e com o recente atentado contra o diretor do local. Há quem diga que a batata de José Castro, indicado para o cargo pelo MDB, está assando e a dúvida agora é se a demissão vai ficar só no diretor ou se vai subir para a chefia. >
Fritura permanente>
O núcleo duro do PT no Estado segue imbuído no processo de fritura pública do senador Angelo Coronel (PSD), que vem sendo descartado da chapa majoritária petista no ano que vem. Agora, a ideia é disseminar que, se Coronel for candidato à reeleição na chapa petista, corre o risco de ser derrotado, e que a melhor formação para o grupo vencer novamente as eleições é com a chamada chapa puro sangue, que inclui, além de Jerônimo, Rui Costa e Jaques Wagner para o Senado. >
Massa de manobra>
O deputado Hilton Coelho (PSOL) tem se engajado na greve dos professores e se mobilizado para insuflar uma paralisação geral dos servidores de Salvador. Contudo, se engana quem pensa que o interesse do parlamentar é na valorização da categoria. Segundo apurou a coluna, Hilton tem usado o movimento sindical para aumentar sua influência política e tentar garantir sua reeleição no ano que vem, visto que tem uma disputa interna bastante acirrada com o ex-vereador Jhonatas Monteiro. Em 2022, o psolista de Salvador foi eleito com pouco mais de 1 mil votos de vantagem sobre o correligionário de Feira, que, segundo interlocutores, deve crescer sua votação no ano que vem por conta de acordos locais. >
Zanzando com tempo livre>
O governador Jerônimo Rodrigues viu o tiro sair pela culatra ao provocar o ex-prefeito ACM Neto político pelo uso de chapéu de vaqueiro em agendas pelo interior. Num react ao vídeo com a fala do governado, Neto frisou que o petista está com tempo livre para ficar zanzando pelas redes sociais, reparando em looks alheios, enquanto a Bahia enfrenta problemas graves, como a crise da segurança pública e no Planserv. >
Sobe a conta>
O governador Jerônimo está prestes a engatar o 19º pedido de empréstimo e alargar a fatura da dívida pública na Bahia para a casa dos R$ 20 bilhões em apenas dois anos e meio de governo. A nova movimentação foi sinalizada por meio de um aviso publicado pela Secretaria da Fazenda, que manifesta interesse em contratar R$ 2 bilhões junto a instituições financeiras. Oficialmente, o recurso seria destinado ao pagamento de precatórios, mas o que mais tem causado desconforto, inclusive entre prefeitos aliados, é a ausência de obras estruturantes visíveis pelo interior que justifiquem esse ritmo acelerado de endividamento. A crítica, cada vez mais recorrente, é que o governo antecipa dinheiro em volumes bilionários, mas entrega pouco ou quase nada em investimentos.>