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O silêncio de Jerônimo sobre Binho Galinha, a violência em Cachoeira e a sabotagem do PT

Leia a coluna na íntegra

  • Foto do(a) author(a) Pombo Correio
  • Pombo Correio

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 05:00

Jerônimo Rodrigues ainda não se manifestou sobre a fuga do deputado Binho Galinha
Jerônimo Rodrigues ainda não se manifestou sobre a fuga do deputado Binho Galinha Crédito: Reprodução

É ensurdecedor o silêncio do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre a operação contra o deputado estadual Binho Galinha (PRD), suspeito de comandar uma milícia responsável por lavagem de dinheiro. O petista, que adora cobrar de adversários políticos posições sobre os mais variados temas, desta vez nada falou sobre o aliado, com o qual tem diversas imagens publicadas nas redes sociais durante agendas pelo interior. Durante uma operação recente da Polícia Federal contra três aliados, o governador disse que não tem “o costume de soltar a mão daqueles que caminharam comigo”. A pergunta que fica é: Jerônimo também vai segurar a mão de seu aliado Binho Galinha?

Ironia

Horas antes de ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal, o deputado Binho Galinha esteve no plenário da Assembleia Legislativa e ajudou a base do governador Jerônimo Rodrigues a aprovar um projeto de lei que prevê a reestruturação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).

Bico fechado

Impressiona também o silêncio do governador Jerônimo sobre o absurdo caso de violência em Cachoeira, cuja população vem ficando no meio de um fogo cruzado da guerra de facções. A cidade, que teve um papel central na luta pela Independência do Brasil na Bahia, tem enfrentado agora uma situação que causa medo na população diante dos tiroteios que marcam a disputa por território entre traficantes. Enquanto isso, Jerônimo não abriu a boca para falar sobre o assunto. Agora, quando é para atacar os adversários políticos, o governador fala com gosto. Pois fica evidente que segurança pública, combate às facções e proteção do povo nunca foi nem será prioridade de Jerônimo e dos governos do PT.

Estratégia kamikaze

O grupo de Jerônimo parece ter ativado o modo desespero nesta semana com a segunda edição do fórum “SOS Bahia”, desta vez com o tema saúde, sob a liderança do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). No dia do evento, o gabinete do ódio petista escalou a tropa de deputados do partido e usou até o aparato institucional do Estado para atacar Neto e o atual prefeito da capital, Bruno Reis (União Brasil). O arsenal petista usou dados incorretos, ataques dos mais diversos e até mesmo um texto bem baixo astral, como diz em bom baianês. Pois o tiro saiu pela culatra e os ataques acabaram divulgando ainda mais o evento. Resultado: o fórum foi um sucesso e choveram pedidos para que o debate fosse levado também a diversas cidades do interior diante do caos da saúde, especialmente na fila da regulação.

Mente que nem sente

Aliás, o SOS Bahia apontou mais um problema para o PT da Bahia, que precisa decidir se afirma que ACM Neto vai ser candidato a governador ou se não vai ser. Nas últimas semanas, quadros do partido intensificaram as declarações de que Neto não será candidato, mas, ao mesmo tempo, dizem que tanto será que já está em campanha eleitoral. Mais uma incoerência típica do gabinete do ódio do PT, muito similar, aliás, às práticas “antidemocráticas” que petistas dizem combater. Essa contradição mais parece desespero.

Sabotagem

Figuras importantes do PT baiano determinaram, numa reunião a portas fechadas, travar recursos e pedidos de prefeitos do PSD como forma de pressioná-los a não encamparem a defesa pela reeleição do senador Angelo Coronel (PSD). O movimento de sabotagem, todavia, pode ter efeito reverso e fazer a legenda de Coronel endurecer ainda mais as condições postas para seguir de corpo e alma a aliança em 2026.

Ambientalista de araque

Tem um certo “ambientalista” de Salvador que vive fazendo críticas à prefeitura nas redes sociais e até passando informações falsas para veículos de comunicação. Contudo, embora ele adore posar de protetor do meio ambiente, de santo não tem nada. A coluna descobriu que o rapaz é sócio de diversas empresas, não apenas da área ambiental, e tem ligações com políticos ligados ao PT, inclusive um deputado estadual. E não para por aí: informações chegadas à coluna dão conta de que uma empresa da qual ele é sócio fez uma solicitação num órgão de licenciamento ambiental. Sabem para quê? SUPRESSÃO VEGETAL. Pois vamos apurar tudo direitinho e, em breve, o “ambientalista” vai ser desmascarado.

Ficção

O governo da Bahia apresentou na Assembleia Legislativa a proposta da Lei Orçamentária Anual para 2026 com previsão de R$ 77,4 bilhões. O Palácio de Ondina comemorou o crescimento de 9,1% em relação ao valor estimado para 2025, mas esqueceu de contar um detalhe. O orçamento que o próprio Estado executa hoje já passa dos R$ 84 bilhões, segundo o Portal da Transparência. Ou seja, o governo projeta gastar menos do que já está gastando. Na prática, confirma-se a velha máxima de que o planejamento continua como uma peça de ficção porque não condiz com a realidade.

Aula de contradição

O governo ainda alardeou que o novo orçamento reserva uma fatia generosa para a área social, mas basta colocar a lupa para ver o truque de palavras. É que a Educação perdeu cerca de R$ 500 milhões em relação ao previsto na LOA elaborada no ano passado. O corte chama ainda mais atenção por acontecer pelas mãos de um governador que é professor e ex-secretário da pasta. Não por acaso, a Bahia tem um dos piores indicadores do Índice da Educação Básica (Ideb) e tem o maior número de analfabetos acima de 15 anos.

H2Ouro

A coluna mostrou semanas atrás que a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia (Seades) assinou um termo de R$ 2 milhões com uma central de associações da agricultura familiar e, depois, alegando falta de tempo hábil, reduziu as metas pela metade, mas manteve o mesmo valor pago à beneficiária. Agora, a mesma pasta firmou um contrato de R$ 4,7 milhões com uma cooperativa para “implementar tecnologias sociais de acesso à água” em apenas oito meses, de setembro deste ano a maio de 2026 - ou seja, precisa executar o serviço em tempo recorde. Se o contrato anterior, com prazo maior, já teve as metas cortadas por falta de condições, imagine este, com valor dobrado e tempo ainda mais apertado.