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Rui Costa no top 5 do Google após delação, o perdão do VLT e o salve-se quem puder na base petista

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  • Coluna Pombo Correio

Publicado em 5 de abril de 2024 às 05:00

Governo não explicou ainda o  gasto de R$ 56 milhões no projeto do VLT
Governo não explicou ainda o gasto de R$ 56 milhões no projeto do VLT Crédito: Divulgação

Top Five

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), entrou no top 5 do Google Trends (ferramenta que traz os termos mais buscados no Google) após seu nome aparecer na delação premiada sobre a suspeita de fraude na compra de equipamentos que nunca chegaram à Bahia durante a pandemia. Além de implicar Rui num suposto pagamento de propina, a delatora disse que a Polícia Civil da Bahia blindou o petista. Há quem diga que o vazamento é fruto de fogo amigo. Seja como for, a deleção colocou Rui entre os assuntos mais procurados. Talvez não da forma que ele desejasse, mas...

Desgraça alheia

Chamou a atenção o fato de que, raríssimas exceções, poucos aliados na Bahia saíram em defesa de Rui após o novo processo de fritura nacional. Aliás, muitos da base petista na Bahia, ainda ressentidos devido ao rotineiro tratamento hostil de Rui, até comemoraram.

Pede perdão

Após o governo do estado espernear e atacar a imprensa por conta de uma matéria mostrando o abandono no VLT, o Jornal Nacional pediu desculpas. Mas calma, Bonner, não precisa se desculpar. Embora o governo tenha protestado contra a informação de que houve desperdício de dinheiro público, a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT) não conseguiu explicar onde foram gastos os mais de R$ 56 milhões destinados ao projeto, conforme apontam dados da Transparência, sem que nenhuma obra tenha sido feita. O governo do PT questionou também o atraso de 11 anos informado na matéria alegando que o projeto foi iniciado há três anos. O projeto, contudo, data de 2016, conforme registros do próprio governo e teve sucessivas promessas e prazos não cumpridos. Quem deve se desculpar é o próprio governo petista com a população de Salvador, principalmente do Subúrbio.

Salve-se quem puder

Nem mesmo o anúncio do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) de que seu pai, o Super Geraldo, não seria candidato animou aliados dele em Salvador. O clima nesta reta final de filiações é terrível. Baixas nos partidos da base petista continuam ocorrendo e integrantes do grupo já admitem que a federação PT-PCdoB-PV pode perder cadeiras na Câmara, enquanto o MDB de Geraldo corre o risco de eleger somente um vereador.

Desprestígio

É cada vez mais evidente a dificuldade do líder do governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT), de colocar seus liderados no plenário da Casa. Na última terça durante a votação do novo empréstimo de R$ 400 milhões, Rosemberg chegou a solicitar verificação de quórum a fim de ganhar o prazo regimental de 25 minutos para fazer uma verdadeira caçada pelos governistas, que embora estivessem nas dependências do Legislativo mostraram pouco interesse em votar favoravelmente ao projeto do governo Jerônimo.

Regras próprias

Por falar em Rosemberg Pinto, ele tem sido o primeiro a atropelar as diretrizes do próprio governador Jerônimo de apenas apoiar em 2024 os candidatos que estiveram com ele em 2022. Para garantir seus redutos eleitorais, o deputado petista tem abraçado bolsonaristas, como é o caso do vereador João de Deus em Itapetinga, e até atacado aliados de primeira hora, como ocorre em São Francisco do Conde, onde ele se opõe à pré-candidatura de Ró Valentim (PCdoB).

Comendo pelas beiradas

Disputando forças com o PSD, o Avante do ex-deputado Ronaldo Carletto está de olho na disputa de Eunápolis. Com a possibilidade de o ex-prefeito Robério Oliveira (PSD) ser impedido de concorrer por ter sua elegibilidade questionada, Carletto planeja indicar o candidato da base governista, neste caso o empresário Ramos Filho, recém-filiado ao Avante, para enfrentar a prefeita Cordelia Torres (União Brasil). Já há quem diga que, mesmo com uma candidatura de Robério, Carletto não abre mão de lançar seu nome naquele que é um dos seus principais redutos eleitorais, o Extremo Sul.

Guerra fria I

Por falar nisso, a disputa entre PSD e Avante vai ficando cada vez mais movimentada. Eles estão disputando prefeitos e pré-candidatos em diversas cidades, numa batalha nada amigável. Teve um caso recente de um pré-candidato de grande cidade que lidera as pesquisas e estava quase certo no PSD, mas acabou indo para o Avante. Caciques pessedistas ficaram irados.

Guerra fria II

Está iniciada também a batalha entre PT e PSD em Ilhéus com o anúncio de Bento Lima, aliado próximo do prefeito Marão, como pré-candidato, e a filiação da secretária estadual da Educação, Adélia Pinheiro, ao PT, tudo nesta semana. Ninguém abre a mão da cabaça da chapa.

Tudo nosso

Setores petistas começaram a espalhar pelas redes sociais a possibilidade de uma chapa quase puro sangue para 2026 e deixaram aliados intrigados. Além do governador Jerônimo Rodrigues, que iria para a reeleição, também estariam Jaques Wagner e Rui Costa, que disputariam o Senado. Para os aliados, sobrariam o posto de vice, que não deve ficar nem com o MDB nem com o atual ocupante (Geraldo Jr.). A eventual chapa circula em grupos e meios apadrinhados por petistas. Para uns, a especulação não passa de blefe e, para outros, foi encarada como um aviso a aliados.

Gasparzinho

Em Vitória da Conquista, o deputado federal e pré-candidato a prefeito do PT, Waldenor Pereira, vem ganhando a alcunha jocosa de ser o rei da emenda fantasma. Desesperado porque não decola nas pesquisas de intenção de votos, o petista vive a reivindicar participação em tudo que é obra e equipamento no município, mesmo sem ter destinado um centavo sequer. É a tal da emenda fantasma, que só existe no imaginário do pretenso candidato, mas não consta no painel transparência do governo federal. Até mesmo as obras do PAC com R$ 10 milhões de investimento para a cidade foram inscritas pela prefeitura