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Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
É justa a queixa de Marcelo Chamusca sobre as cobranças excessivas à equipe do Vitória quando o assunto é Copa do Nordeste – até o momento, foram quatro empates em quatro partidas. Pense comigo: em dois desses confrontos, o rubro-negro foi a campo com o time sub-23, e ele sequer esteve à beira do campo, tarefa que ficou sob a responsabilidade de João Burse. Nos outros dois, os adversários foram Bahia e Ceará, ambos representantes da Série A do Campeonato Brasileiro.
O que não pode, Chamusca, é dar justificativa furada depois de uma atuação tão abaixo da média como foi contra o Ceará. O Vitória fez um gol cedo e foi amplamente dominado pelo Vozão, que mereceu sair do Barradão com o triunfo. E o que não deve, Chamusca, é entrar em rota de colisão com a imprensa que cobre o clube ao sugerir que só quem viajou para o Maranhão para acompanhar a eliminação para o Moto Club pode fazer críticas à equipe.
Ao falhar nas explicações pós-jogo e comprar briga com a imprensa, o treinador do Vitória atrai para si os holofotes que não deveriam estar virados para ele. É verdade que, em campo, sua equipe ainda não deu uma resposta, não fez uma grande exibição. Mas não é sua culpa o atual caos financeiro que impede o clube de investir em boas contratações. Isso está na conta do atual presidente, Ricardo David, e do antecessor, Ivã de Almeida.
É claro que o torcedor espera mais do seu time. O cara que vai ao Barradão, ou o que assiste ao jogo pela TV, anseia por um time organizado, com repertório ofensivo e que crie situações de jogo. Ou seja, que jogue bem. E isso não tem acontecido, tanto que o artilheiro da equipe na temporada é Edcarlos, um zagueiro, especialista nas bolas pelo alto.
Mas sejamos completamente honestos aqui. O Vitória tem elenco bem inferior ao do Bahia, inferior também ao do Ceará, e, ainda assim, não saiu de campo derrotado nas duas oportunidades, sendo que o duelo contra o arquirrival foi em território inimigo e com a torcida toda contra. O Leão jogou menos que o tricolor e garantiu o empate; jogou menos que o Vozão e garantiu o empate. Algo de positivo tem que ser tirado daí.
É tudo ou nada na Sula Uma eliminação para o Liverpool-URU, amanhã, traria consequências terríveis para o Bahia, que precisa vencer por dois gols de diferença para eliminar os uruguaios sem a necessidade de pênaltis. Empolgada com o sucesso na Sul-Americana do ano passado, quando caiu nas quartas de final graças à contribuição decisiva do VAR, a diretoria tricolor montou um elenco qualificado sonhando em chegar mais longe.
Para sair do Uruguai classificado, o técnico Enderson Moreira conta com o talento de Ramires, jogador que dá mais dinamismo ao meio-campo e deve botar Guilherme no banco. A experiência é um trunfo do jogador com passagens por Corinthians e Atlético-MG, mas, no momento, ele não rende o suficiente para justificar a titularidade. Como Guilherme não conseguiria jogar como meia central em um 4-2-3-1, a tendência é que o treinador tricolor aposte em um ataque com um trio de meias/atacantes jovens: Ramires, Shaylon e Artur municiando Gilberto.
*Rafael Santana é repórter do globoesporte.com e escreve às quartas-feiras