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Eu tenho dúvida se Lula será candidato em 2026 e posso explicar

Não me parece que a idade será o fator determinante da decisão de Lula sobre a candidatura

  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 1 de fevereiro de 2025 às 05:00

Presidente Lula
Presidente Lula Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Amigos, até abril do próximo ano, uma pergunta dominará os bastidores da política: Lula será ou não candidato à reeleição? O presidente, claro, não dará essa resposta tão cedo. Nesta semana, ele confidenciou a seus ministros que pode não concorrer e condicionou a decisão ao seu estado de saúde. Lula completa 80 anos este ano e, caso dispute e vença em 2026, encerrará seu segundo mandato aos 85.

Mas não parece que a idade será o fator determinante para sua decisão – desde que esteja bem de saúde, claro. O que realmente pesará na balança é a economia. Como diria James Carville, estrategista da campanha vitoriosa de Bill Clinton em 1992: “é a economia, estúpido”. E esse é o problema. A alta nos preços dos alimentos começa a corroer a popularidade de Lula, e não há propaganda capaz de reverter isso. O eleitor sente o impacto toda vez que vai ao supermercado. Não há engano possível.

Se Lula conseguir melhorar esse cenário – o que o mercado mostra desconfiança –, será candidato. Disso, ninguém deve duvidar. Caso contrário, há incerteza sobre sua disposição de entrar na disputa. Como bem observou um analista político amigo meu, “Lula não vai arriscar perder nas urnas o que reconstruiu nos últimos anos. Ele só vai na boa”.

O sucessor natural dentro do PT seria o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, homem de confiança de Lula. Mas Haddad, que recentemente ganhou o apelido de “Taxad” nas redes sociais, pode não ser uma alternativa viável. Afinal, se Lula desistir da reeleição por causa da economia, faria sentido lançar justamente o ministro responsável por ela? Basta lembrar o que aconteceu com Sergio Massa na Argentina há dois anos.

Outro nome cogitado é o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Mas ele tem baixa aceitação na classe política – para usar um termo do senador Ciro Nogueira, é “detestado” – e também enfrenta resistência no mercado, que o vê como um perdulário. A última opção seria o ministro da Educação, Camilo Santana, que, além de pouco conhecido, ainda não teve uma gestão de grande destaque.

O cenário de 2026, portanto, se desenha complicado para o PT. E há um paralelo histórico curioso. Lula, hoje, lembra Winston Churchill em 1940.

Naquela época, às vésperas da derrota eleitoral, Churchill desabafou com seu médico, Lord Moran: “Tenho a forte sensação de que o meu trabalho está acabando. Não tenho mensagem nenhuma. Eu tinha mensagem. Agora digo apenas: ‘Combatam esses malditos socialistas. Não acredito neste admirável mundo novo’”.

O Lula de agora parece resumir sua mensagem a: “combatam esses malditos bolsonaristas”.