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Jairo Costa Jr.
Publicado em 2 de setembro de 2022 às 05:00
O comando da campanha do petista Jerônimo Rodrigues começou a procurar gente com expertise sólida em marketing eleitoral, diante das pressões internas deflagradas pelo mau desempenho do candidato do partido ao governo do estado. Em corrida contra o tempo iniciada ontem, profissionais experientes que já trabalharam para o PT em disputas passadas foram sondados sobre o eventual interesse em atuar, como consultor independente, no núcleo responsável pela estratégia voltada à propaganda de Jerônimo na televisão, alvo maior das críticas por parte da coordenação política da campanha e de integrantes da cúpula da base aliada insatisfeitos com os resultados obtidos até agora.>
Lamento vermelho À Satélite, um dos nomes da lista relata que foi contactado por emissários para saber se estava disposto a reorientar a tática adotada para Jerônimo. Conta ainda que, durante a conversa, ouviu apelos para que ajudasse a evitar um eventual fiasco nas urnas, mas recusou o convite.>
Causa e efeito A busca por socorro externo ocorre em meio ao clima tenso provocado ao longo da quinta-feira pela decisão em que o TRE determina tempo de fala maior para Jerônimo na propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV. Como foi noticiado na edição de ontem, a fatia de programas e inserções do petista vinha sendo dominada de modo excessivo pelo governador Rui Costa, pelo senador Jaques Wagner e pelo ex-presidente Lula, enquanto Jerônimo falava raras vezes. Mais precisamente, por poucos segundos, em afronta aos dispositivos legais que vedam a invasão do espaço destinado para candidatos ao governo.>
Asa quebrada O aperto da Justiça Eleitoral sobre a propaganda da coligação encabeçada pelo PT desmontou o eixo da estratégia desenhada para Jerônimo na campanha televisiva. Em suma, usar o recall Rui, Wagner e Lula, como forma de tentar impulsioná-lo e reduzir o alto nível de desconhecimento do ex-secretário estadual de Educação junto ao eleitorado. Ao mesmo tempo, o artifício garantia uma rota segura para escapar da rejeição manifestada pelo público quando Jerônimo fala, detectada por pesquisas qualitativas feitas para testar a propaganda do petista com variados segmentos.>
Menos é mais Membros da tropa leal ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na Bahia estão convictos de que erraram feio ao apostar todas as fichas na batalha para deputado federal. Desprovidos de bases fora da bolha e sem apoio de lideranças políticas de expressão no interior, contam apenas com o chamado voto de opinião do bolsonarismo puro-sangue. No entanto, o número de candidatos tende a pulverizar os votos, em vez de concentrá-los em um grupo menor.>
Meio a meio A avaliação de líderes bolsonaristas no estado é a de que falharam na distribuição das peças. Em suma, acham que deveriam ter convencido nomes competitivos do bloco de que quase todos lucrariam se os deputados estaduais Capitão Alden (PL) e Talita Oliveira (Republicanos) tentassem a reeleição.Aprovamos na Câmara e Senado o projeto que obriga planos a cobrirem tratamentos fora do rol taxativo. Fui o parlamentar que entrou com a proposta contra essa prática Mario Negromonte Jr, deputado federal pelo PP da Bahia >