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Hugo Brito
Publicado em 23 de abril de 2015 às 22:51
- Atualizado há 2 anos
Trinta estudantes brasileiros de ensino médio estão entre os concorrentes a quatro milhões de dólares em bolsas de estudos e prêmios. Eles participam entre os dias 10 e 15 de maio, na Pensilvânia, Estados Unidos, da Feira Internacional de Ciência e Engenharia. Ela é a maior feira pré-universitária do mundo e reúne mais de mil e seiscentos jovens cientistas. Se você acha que o Brasil tem poucas chances, saiba que não é bem assim. Em 2013, um estudante de Recife ficou com o terceiro lugar na categoria Ciências Sociais e do Comportamento, embolsando mil dólares, cerca de três mil reais. No ano passado, dois estudantes do Rio Grande do Sul receberam uma menção honrosa e terão, com isso, os nomes usados para batizar novos asteroides descobertos pelo famoso MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Os jovens cientistas brasileiros foram escolhidos na feira Mostratec, realizada em outubro do ano passado, e na mostra de projetos da Febrace, Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, que aconteceu em março deste ano. >
Baianos na concorrência Os trabalhos apresentados pelos estudantes brasileiros são de diversas áreas da ciência, desde biologia, passando por física, linguística e chegando, inclusive, a estudos com foco social. Exatamente nesse sentido está a pesquisa de uma dupla de adolescentes baianas do Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães, em Salvador, que estarão na comitiva de 30 alunos do ensino médio de diversas cidades do país. Elas são Beatriz de Santana Pereira e Thayná dos Santos Almeida que, através de entrevistas e pesquisas de campo, fizeram um estudo com foco no fortalecimento da identidade negra e quilombola na cidade de Antônio Cardoso, interior do estado. O nome dos vencedores do evento, que acontece desde 1950, sai no dia 15 de maio. Longe do escritório Com o aumento do caos nas grandes cidades, causado principalmente pelo trânsito cada vez mais complicado, somado ao crescimento dos custos de energia elétrica, puxado em grande parte pelos famigerados sistemas de ar condicionado, o trabalho sem sair de casa, ou home office, nunca foi tão discutido como forma de aumentar a produtividade e reduzir os gastos. Segundo dados de uma pesquisa feita nos Estados Unidos, oitenta por cento das empresas de lá já usam essa modalidade de trabalho, pelo menos de forma parcial. Segundo o mesmo estudo, a produtividade do trabalho feito em casa chega a ser trinta por cento maior. Brasileiros trabalhando em casa Aqui no Brasil, o número de pessoas que não sai de casa para trabalhar, pelo menos em um dia da semana, já chega a trinta e seis por cento do mercado. Esse crescimento na necessidade de conectar os trabalhadores tem levado empresas dos mais diversos ramos a criar soluções nesse sentido. Na semana passada, por exemplo, executivos da operadora de telefonia Oi demonstraram, em São Paulo, uma solução já em funcionamento em diversas companhias brasileiras. Os executivos projetam que pelo menos sessenta mil postos de trabalho de seus clientes serão remotos até o final do ano. Um dos pontos mais questionados nesse tipo de forma de trabalhar é em relação a adequação às complicadas leis trabalhistas brasileiras. Segundo a empresa, o sistema criado atende inclusive à necessidade de registro biométrico do ponto, com leitores de digitais conectados aos computadores dos funcionários que trabalham de casa. Para garantir que o trabalhador está realmente a serviço, conexões a redes sociais, por exemplo, podem ser bloqueadas e reconfirmações da impressão digital de quem está trabalhando são pedidas de forma aleatória. Parece que o bom e velho cafezinho com os colegas está mesmo com os dias contados. >