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Trilhas: Verão Fantasma

  • Foto do(a) author(a) Aninha Franco
  • Aninha Franco

Publicado em 17 de janeiro de 2015 às 04:00

 - Atualizado há 2 anos

Verão Fantasma: Estamos no Verão? É Verão? Bem, o calor é de Verão, o brilho do mar é de Verão, mas há um vazio que lembra o Outono, aquela estação pós-carnavalesca que recolhe a cidade. Os baianos saíram de férias e os turistas não chegaram. Nem paulista necessitado de água tem na cidade. Se o Verão de 2014 foi estranho, o de 2015 está lembrando Vidas Secas de Graciliano Ramos que, esperemos, a “inteligência petista” não queira atualizar com vernáculos aquosos. A “inteligência petista” “atualizou” Machado de Assis e tem ameaçado Monteiro Lobato com argumentos estranhos. A “inteligência petista” tem questões com a inteligência brasileira, por isso melhor voltar ao Verão e ao Pelourinho que está um bairro fantasma, com aquele cenário que montaram para a Copa Sete a Um, já em processo de desbotamento. Eventualmente, um transatlântico estaciona no Porto de Salvador e despeja uma centena de “duristas” que sobem e descem o elevador, degustam um sorvete, conferem o patrimônio fantasma e partem. Turista hóspede, consumidor, que traz lucros à cidade, pouco se vê. E, vazia, a Baía cumpre o ritual de suas festas de Verão. A de Oyá sobrevive dos seus fiéis, Conceição da Praia minguou, quem foi à Lavagem do Bonfim perguntou pelo Cortejo que a Fundação Gregório de Mattos fazia. Daqui a pouco é Dois de Fevereiro, Carnaval dos Camarotes, e entraremos no Outono de 2015. Nunca pensei que fosse sentir saudade do Verão do Lepo.Lepo. Centro Histórico é Cultura?O Ministério da Cultura há 12 anos pergunta o que é cultura e promete “aumentar o orçamento” da pasta pra produzir mais cultura. Questões prioritárias como os centros históricos do país, manutenção da Biblioteca Nacional que abriga nossa memória, ou o incentivo à leitura, parecem não ser Cultura. O MinC tem produzido muito lixo com seu orçamento! Ah! Como se tem produzido lixo cultural neste país naturalmente rico, culturalmente velho, desarrumado, desarranjado, medíocre, pífio e corrupto. O melhor retrato do Brasil contemporâneo está nos líderes de algumas das empresas mais poderosas do Brasil presos por corrupção, “de cócoras contra a parede no fundo da cela, quando vão receber a bandeja de comida”.  Pátria Educadora: No que a Presidente Dilma.2 anunciou que a máxima de sua segunda gestão será Pátria Educadora, o Enem despejou aquilo que alguns de nós estão cansados de saber, que o Brasil não pensa. A Pátria Educadora está coalhada de jovens – seu futuro – que não conseguem elaborar um texto, e é estranho que isso cause surpresa. Isso é o resultado de um governo que não se propõe a pensar absolutamente nada há muito tempo, senão manter-se no poder, seja a que preço for. Daí porque não dá pra acertar nas máximas que adota. No País Sem Miséria, a miséria aumentou, e o Enem desmoralizou a Pátria Educadora de Dilma.2 no primeiro mês de mandato. Se Lula voltar em 2018, melhor emplacar um Brasil: País Que Não Pensa. Sem medo de errar.

Aninha Franco é escritora