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Vanessa Brunt
Publicado em 2 de outubro de 2019 às 09:18
- Atualizado há um ano
O Trabalho de Conclusão de Curso é a fase mais louca de qualquer gradução, pós-graduação ou de outros cursos que o tenham como fechamento de todo o trajeto, mas ele pode acabar sendo mais prático e gostoso do que muitos imaginam.
Na minha gradução de Comunicação Social em Jornalismo criei o @nao.obvio, site de curadoria e dicas em listas que gerou esta coluna. Durante todo o processo, fui percebendo detalhes que me ajudaram a tornar as etapas do TCC mais produtivas e simples.
Recentemente, fui convidada pela faculdade na qual me formei para falar um pouco sobre tais percalços. Em conversa com outros ex-alunos, professores e atuais estudantes, trocamos figurinhas sobre o tema e, no fim, resolvi trazer as principais dicas que tenho sobre o assunto aqui para o nosso papo de todas as quartas-feiras.
As dicas, inclusive, podem acabar servindo para outros projetos, como o início de um negócio para um empreendor. Confira as formas pouco óbvias de tornar a sua ideia ainda mais fácil de gerar um 10 no fim das contas:
1. Ache o problema (a dor) do público e a solução
O empreendedorismo tem uma regra básica: para saber se a sua ideia é realmente boa, analise se ela resolve o problema do público. A asserção pode ser totalmente cabível para qualquer que seja o Trabalho de Conclusão de Curso. Para criar um bom tema para ele, pense em algum problema que algum tipo de público enfrenta (seja ele mais geral ou mais específico).
Vamos para o exemplo: se você quer fazer algo sobre música, pense no público que acompanha o tema. Vamos supor que você pense no público que curte música indie. Quais são as dores desse público? Vamos supor que eles não encontram, por exemplo, um canal de YouTube que apresente novos cantores do eixo – esta seria uma dor. Logo, vem aí a sua solução: criar o tal canal. Assim surge um tema inovador.
2. Faça (cedo) muitos fichamentos já dentro das regras da ABNT
Alguns professores até chegam a alertar para a importância dos fichamentos, mas nem todos dão ouvidos. Para quem tem alguma dúvida sobre o tema: fichamentos são anotações de trechos que considera importantes e que são retirados de obras diversas que podem ser utilizadas no trabalho. Essas anotações são acompanhadas de página, nome do autor e outros detalhes.
A questão é que eles podem não somente ajudar nos conteúdos do TCC, mas ser uma grande mão na roda no momento de finalização da parte escrita do seu projeto ou monografia. No momento de fazer as Referências Bibliográficas ou de colocar as citações, ter tudo separado em um arquivo já dentro das regras da ABNT agiliza todo o processo.
Uma dica extra é tentar ir fazendo fichamentos desde o início do curso ou até de coisas que não pareçam ter relação direta com o seu tema, mas que podem ter uma frase ou outra que pode servir bem no fim das contas.
3. Use o papel: rabisque sobre o geral e depois comece a afunilar bastante
Em diversos experimentos (https://www.linkedin.com/pulse/import%C3%A2ncia-de-se-anotar-metas-em-um-papel-leonardo-bustamante/), fica comprovado o quanto utilizar o papel para anotar ideias faz que (outras) novas possam surgir com mais facilidade. A organização delas, a firmeza na hora de apresentá-las e a rapidez para colocá-las em prática também ganham mais eficácia.
Mas esta dica não é somente sobre tal detalhe, ela foca em colocar a indicação em prática no papel, mas é sobre saber funilar. Obviamente, no início, é necessário pensar em temas mais abrangentes até que se decida qual realmente vai ser seguido. Sempre que uma nova ideia vier, é bacana também pensar de forma mais ampla, para que mais detalhes sobre o assunto possam surgir em pesquisas ou mais insights.
Mas o segredo mesmo para um bom TCC é saber afunilar essas ideias mais abertas. Exemplo: quando criei o @nao.obvio, queria fazer um site com diversas categorias: indo de saúde e meio ambiente até filmes e séries. Além de dar mais trabalho assim, o site ficaria confuso, já que é preciso nascer com uma identidade melhor para que seja desenvolvido. No final, tive que ficar com apenas um tema: cultura. Dentro do tema, criei várias possibilidades de ramificações, como dicas de fotografia e documentários, mas foi me assegurar a uma editoria que realmente ajudou. Recorte sem medo!
4. Use um tema que goste de ler sobre e um suporte com o qual tenha intimidade
"Use um tema que seja sua paixão". Muito se ouve esta frase durante o início do TCC, mas o negócio não funciona bem assim. Nem sempre algo que gostamos é algo que nos dá prazer na hora de ler sobre o assunto ou na hora de pesquisar mais e mais.
Para além de ser algo que gosta, faça um teste: tire um momento do dia e leia sobre o tema, procure artigos sobre, busque vídeos e outros conteúdos de suporte e analise se realmente curte cavar aquilo mais a fundo. Afinal, esse processo vai se repetir em todo o percurso.
Se for fazer um produto no seu TCC (como um site, um canal de YouTube, um livro...), utilize também um suporte com o qual já tenha intimidade e que seja mais simples para você de criar: assim terá mais criatividade e possibilidades para inovar dentro dele, além de tudo ficar mais fluído. Se o suporte for um site, por exemplo, você pode inovar com interatividades ou utilizando transmídia, colocando um vídeo ou outro e embedando detalhes das redes sociais.
5. Lembre que feito é melhor que perfeito: e que as redes sociais ajudam!
Pausar é também estar fazendo. Está aí uma frase que repito bastante. Nas pausas, além de descobrirmos um detalhe ou outro que pode ser um bom incremento para o trabalho, também acabamos nos dando um bom gás que surge no retorno à mão na massa. Uma dica bacana para tornar o processo do TCC mais leve, portanto, é escolher um dia da semana para não fazer absolutamente nada: pelo menos nas primeiras etapas, já que as últimas semanas acabam mesmo sendo mais corridas.
No meio disso, é bacana lembrar que feito é melhor que perfeito. A afirmação não significa fazer de qualquer jeito, mas sim não se apegar a tentar fazer muitas correções de cara e nem em alcançar a perfeição logo de primeira. Faça com o que tiver e como der, foque em adiantar o processo e, no final, revise e acrescente. Assim, qualquer detalhe a mais vai ficar ainda mais enriquecido: porque o barco já vai ter andado e agora pode colocar flores nele sem tanta pressa.
Além dos livros e das leituras, algo que ajuda para que o 'feito' tenha ainda mais 'efeito' é também utilizar como fonte de referência bibliográfica o YouTube (obviamente, apenas se um profissional renomado estiver ali falando sobre o tema que lhe cabe), além de alimentar-se das redes sociais para pensar em mais ideias quando tudo parecer menos criativo ao redor. Uma dica, independente do seu curso, é seguir produtores de conteúdo como as empreendoras do Tudo Orna, que têm um podcast incrível para tratar de temas como: ser mais produtivo.