Show beneficente celebra 40 anos de Carlinhos Brown e do CORREIO

Dedicada ao Instituto dos Cegos, apresentação acontece nesta quarta-feira (21), na Pupileira

  • Foto do(a) author(a) Laura Fernades
  • Laura Fernades

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Imas Pereira/Divulgação
O registro de 18 de abril de 1993 foi feito na Concha Acústica do TCA, que reuniu shows de Brown, Timbalada e Paralamas do Sucesso. Com Herbert Vianna, ele escreveu a música ‘Uma Brasileira’, em um encontro despretensioso no Othon por Foto: Mário Marques/Arquivo Correio

Pouca gente sabe, mas o hit Uma Brasileira foi criado por Herbert Vianna e Carlinhos Brown, durante um encontro regado a água de coco, em Salvador. “Se eu cantar Paralamas do Sucesso, não se assuste”, avisa Brown, sobre o repertório do show beneficente ‘Correio e Carlinhos Brown - Um show de 40 Anos’, que acontece nesta quarta-feira (21), às 20h, na Pupileira, em prol do Instituto dos Cegos.

Quem acompanhou a série de reportagens do CORREIO já sabe: no show, que também celebra os 40 anos do primeiro jornal que entrevistou Brown, o cantor e multi-instrumentista baiano vai contar sua história através da música. Por isso a apresentação passeia não só por hits seus, mas de outros artistas que eternizaram suas composições, como Os Paralamas do Sucesso.

“Comecei a fazer essa música no Candeal e fui visitar Herbert lá no Othon. Eu não tinha letra ainda, só tinha o ‘Tatibitate/Trate-me, trate/ Como um candeeiro’, por causa do Candeal. Aí, numa brincadeira, Herbert disse: ‘vamos pedir uma água de coco’. Pedimos e ele começou ‘Rodas em sol, trovas em dó/Uma Brasileira’”, lembra Brown, 56 anos, sobre a música lançada no início da década de 1990.

[[galeria]]

Outra que “é impossível não cantar” no show de hoje é Meia Lua Inteira. Gravada por Caetano Veloso, a música foi o “primeiro grande aval” da carreira de Brown, que na época do lançamento circulou pelo país como percussionista de Caetano Veloso. Mais um “grande aval” de sua trajetória que não deve ficar de fora do repertório é Remexer, composição feita com Luiz Caldas e gravada por Elba Ramalho, em 1986.

“E se eu cantar Pequena Eva, ninguém pense que seja lugar comum”, avisa Brown, que quer unir o que tem de autoria “com o que ama”. Por isso o hit do grupo RádioTáxi, gravado pela Banda Eva, pode entrar no show. “Queria muito cantar só músicas feitas por baianos na Bahia. Mas acho que cabe a importância que o movimento chamado Axé Music estava tendo no rock nacional. Com todo carinho e respeito, o movimento eternizou o RádioTáxi”, defende.

Sonho coletivo Em outras palavras, a apresentação de hoje será uma grande celebração à música baiana. Afinal, “esses 40 anos de história não me pertencem, pertencem a um coletivo”, enfatiza Brown. Ou seja, quem for ao show, hoje, provavelmente vai dançar ao som de sucessos da Timbalada, de Margareth Menezes, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Gerônimo, Sarajane, Chiclete com Banana, Tribalistas, Ilê Aiyê, Olodum...

“Sou tímido para comemorações, porque sempre fui pelo coletivo. Nunca fui artista de dar entrevista e falar só de mim. Aprendi isso com o Tropicalismo. Não fiz nada sozinho”, reforça Brown, que em todas as entrevistas para a série do CORREIO fez questão de pedir à reportagem que anotasse cada um dos nomes que passaram por sua história. “É uma celebração à música. Ou até um jornal, porque o jornal é igual a um sonho, né? Cabe tudo”, diz o “dinossauro do axé”, como ele carinhosamente se apelida.

*O projeto Correio 40 Anos tem oferecimento do Bradesco, patrocínio do Hapvida e Sotero Ambiental, apoio institucional Prefeitura de Salvador, e apoio de Vinci Airports, Sesi, Salvador Shopping, Unijorge, Claro, Itaipava Arena Fonte Nova, Sebrae e Santa Casa da Bahia.

Serviço O quê: Correio e Carlinhos Brown - Um show de 40 AnosQuando: Quarta-feira (21), às 20h (abertura dos portões às 19h)Onde: Pupileira (Av. Joana Angélica, 79, Nazaré)Ingresso: R$60 | 30. Aceita Clube CORREIO (50%). Toda a renda será destinada ao Instituto de Cegos da Bahia. Vendas: Sympla.