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Neste sábado (23), às 17h, times fazem primeira decisão em jogo único da história do torneio
Giuliana Mancini
Publicado em 23 de novembro de 2019 às 06:00
- Atualizado há um ano
Um time que vem embalado, acumula uma invencibilidade de 25 jogos e que pode chegar a faturar duas importantes taças em um só fim de semana contra o clube mais vitorioso da América do Sul nos últimos anos. Neste sábado (23), às 17h, Flamengo e River Plate põem todas as suas credenciais em jogo e batalham pelo título da Copa Libertadores 2019 em Lima, no Peru, na primeira final única da história.
Pelo lado brasileiro, vencer o confronto significaria o esperado bicampeonato do torneio. E como é esperado: a primeira - e, até agora, única - taça da competição conquistada pelo Fla foi há 38 anos, no time que era comandado por Zico, Nunes, Júnior e outros. Aquela, até hoje, é apontada como a melhor equipe que o clube teve. Se conseguirem o esperado bi da Libertadores, Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e cia vão ficar marcados na história rubro-negra.
Já entre os argentinos, a espera é menor. Muito menor. O River é o atual campeão da competição continental, taça que foi faturada justamente em cima do arquirrival, o Boca Juniors. Nos últimos cinco anos, carimbou sua presença na final em três oportunidades e está em busca do pentacampeonato - além da edição de 2018, levou também os títulos de 1986, 1996 e 2015.
De semelhanças, os dois clubes estão na decisão graças a uma referência que não entra em campo: seus treinadores. Jorge Jesus, pelo Flamengo, e Marcelo Gallardo, pelo River, chegaram revolucionando as equipes.
Aos 65 anos, o português tem um jeito tão intenso à beira do gramado que já virou sua marca registrada - e que vem dando certo. Desde a chegada dele, a equipe venceu 23 dos 33 jogos disputados, sempre jogando com a bola no pé. Pela Libertadores, o Fla foi quem mais trocou passes: 5.695 no total.
O gosto pela bola também é visto pelos argentinos do River de Gallardo. Terceiro do torneio no mesmo quesito, com 5.084 trocas de passes, o River virou uma máquina de títulos com a chegada do treinador de 43 anos. Foram 10 conquistas desde então, entre a Liberta, Sul-Americana e Recopa Sul-Americana. A fase é tão boa que ele foi especulado para o Barcelona.
Como chegam A jornada do Flamengo até a final começou com uma vitória de 1x0 sobre o San José da Bolívia, fora de casa - e ainda com Abel Braga no comando. Fechou a fase de grupos em primeiro, com 10 pontos em seis jogos (três triunfos, um empate e duas derrotas).
Nas oitavas, tomou um susto ao perder, no Equador, para o Emelec, por 2x0. Buscou o mesmo placar no Maracanã e levou a vaga nos pênaltis. Depois, pegou o Internacional, venceu por 2x0 no Rio, ficou no 1x1 no em Porto Alegre e avançou à semi. Ali, veio o maior momento do Flamengo até agora: depois de empatar em 1x1 com o Grêmio fora, aplicou uma histórica goleada de 5x0 diante de sua torcida e despachou a equipe gaúcha.
Artilheiro do Brasileirão, Gabigol é também quem mais marcou na Libertadores: balançou as redes sete vezes - além de dar uma assistência. Bruno Henrique aparece logo atrás, com cinco gols e cinco assistências.
Enquanto isso, os Millonarios faziam um percurso que começava em um empate de 1x1 com o Alianza Lima, fora de casa. Terminaram a fase de grupos invictos, com duas vitórias e quatro empates - ao todo, fizeram 10 pontos, atrás do Internacional, com 14. No mata-mata, teve um encontro com brasileiros logo nas oitavas, diante do Cruzeiro. Ficou em 0x0 nos dois embates e acabou passando nos pênaltis.
Nas quartas de final, contra o Cerro Porteño, fez o mesmo que o Flamengo, coincidentemente: ganhou por 2x0 em casa e empatou em 1x1 como visitante. Na semifinal, encarou o arquirrival Boca Juniors, reeditando a final do ano passado. E, assim como na ocasião, levou a melhor - ganhou por 2x0 no estádio Monumental de Núñez e perdeu de 1x0 na Bombonera.
Nos destaques, aparecem Nicolás de la Cruz, com três gols e uma assistência, e Nacho Fernández, com três gols e duas assistências. Os dois, assim como Gabigol e Bruno Henrique, disputam o prêmio de melhor jogador da Libertadores 2019. O atacante Borré, de 24 anos, é outra peça fundamental do time.