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Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2023 às 09:19
- Atualizado há 2 anos
Mal chegou em terras baianas e o CEO do fundo de investimentos do City, Ferran Soriano, já caiu no compasso do tricolor. Um vídeo obtido pelo CORREIO, com exclusividade, mostra o dirigente dançando ao lado de Guilherme Bellintani. Juntos, eles caem do ritmo da música criada por Carlinhos Brown e Nizan Guanaes para essa nova era do Bahia. >
O encontro musical aconteceu nesta quinta-feira (4) quando o CEO do fundo de investimentos do City participou de evento na Fonte Nova no qual explicou os caminhos que o clube vai seguir. >
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A era City>
Nesta quinta-feira (4), o CEO do fundo de investimentos, Ferran Soriano, participou de evento na Fonte Nova no qual explicou os caminhos que o clube vai seguir. >
O diretor do City colocou o Bahia como o segundo maior clube do Grupo, atrás apenas do inglês Manchester, e exaltou a força do Esquadrão. Entre os temas abordados, Soriano falou sobre a captação e desenvolvimento de atletas. De acordo com ele, a entrada no futebol brasileiro foi estratégica pelo potencial de formação de jogadores. A ideia é a de que os talentos se desenvolvam e ganhem títulos com o Esquadrão.>
“O grupo vê no Bahia e no futebol brasileiro a maior oportunidade de crescimento do mundo. Vai depender de nós e de outros clubes brasileiros fazer crescer a liga como merece. Do outro lado, na procura de talento. Nossa aspiração é encontrar talento na Bahia, que vai se desenvolver conosco, com a melhor tecnologia de treinamento do mundo para chegar até o top. Qual o top? Primeiro, chegar no Bahia e ganhar campeonatos com o Bahia. Mas também chegar na Europa”, iniciou."Mas, para ser claro, o objetivo não é encontrar talento e mandar para a Europa. O talento tem que jogar aqui, tem que ser campeão e, talvez, alguns deles irem para a Europa depois", completou.Ferran Soriano deixou claro que no médio prazo a ideia é estreitar as relações do Bahia com o povo baiano da capital e do interior. Ele acredita que o clube possui um mercado de 15 milhões de pessoas que pode ser explorado de diferentes formas. >
Entre elas está a captação de jogadores. O diretor disse que ainda não decidiu qual será o futuro do Fazendão, antigo centro de treinamentos que chegou a ser colocado à venda, mas deixou claro que o Bahia vai fincar bases em Salvador, e anunciou que serão criadas academias de futebol do City na capital baiana. Comitiva do Grupo City visitou escolinha de futebol no bairro do Uruguai (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia) “Temos estudado as opções do Fazendão, do Centro de Treinamentos, as opções de campos que temos alugados na cidade, e queremos estudar mais. Não temos uma resposta ainda. É uma decisão importante e merece um tempo. Com certeza o que queremos é ter uma infraestrutura na Bahia, em Salvador, do mesmo nível que temos em outros lugares do mundo”, disse. >
“O Grupo City tem o que chamamos de City Football Academy em Manchester, Nova York, Melbourne, estamos construindo uma em Palermo, e acabamos de comprar terrenos para construir uma em Girona. Esses centros de treinamentos vão estar ligados, vão compartilhar tecnologia, conhecimento e experiência. Vamos ter uma, ou várias, City Football Academy em Salvador, mas ainda não sei onde e como. Por enquanto o que temos no centro de treinamentos [em Dias D’Ávila] está muito bom. Investimos em outros clubes em que a situação era muito pior. Não temos urgência, por enquanto funciona, mas queremos revisar toda a situação e desenvolver uma estratégia para que em Salvador possamos ter umas dessas City Football Academy conectada com todas as outras do mundo”, completou.>
Durante a passagem por Salvador, Soriano se reuniu com o prefeito Bruno Reis para discutir projetos envolvendo campos em bairros populares da cidade. A comitiva do City visitou uma escolinha de futebol no bairro do Uruguai. O grupo também se reunirá com o governador Jerônimo Rodrigues. >
Já sobre a Fonte Nova, Ferran Soriano elogiou o estádio e afirmou que o Bahia está satisfeito com o atual mando de campo. Ele deixou aberta a possibilidade do tricolor assumir a gestão do equipamento em um futuro próximo. O atual contrato do consórcio que gere a Arena se encerra em 2028. >
“Pensamos em tudo. As possibilidades estão abertas. Precisamos entender mais, falar com as pessoas envolvidas. Temos trabalhado juntos com Guilherme [Bellintani] e seu time. Só hoje que eu tenho a legitimidade de falar com as pessoas certas. O que posso dizer é que esse estádio é fantástico. Tem coisas a melhorar, mas é muito bom e estamos felizes de estar aqui”, se limitou.>
Autossuficiência financeira O contrato estabelecido entre Bahia e Grupo City prevê o aporte de R$ 1 bilhão no prazo de 15 anos. O dinheiro será usado no pagamento de dívidas, investimento em estrutura e compra de atletas. No entanto, Soriano afirma que o Bahia será autossuficiente na criação de receitas. >
Ele conta que o clube terá à disposição toda tecnologia e conhecimento global do City. O processo de integração da equipe baiana com outras marcas do fundo será feito pelo peruano Raul Aguirre, novo CEO do Esquadrão. >
“O clube tem que ser sustentável, tem que gerar receita para ser autossuficiente. Para fazer isso acontecer, o City vai trazer os recursos necessários. Tecnologia, pessoal , know-how e experiência. O grupo tem esse compromisso de trazer os recursos para ajudar o Bahia e temos aqui duas pessoas que vão ajudar a fazer isso. Carlos Santoro [diretor de futebol] tem nove anos trabalhando no Grupo City. Raul Aguirre é hoje o nosso CEO, vem com experiência e o objetivo inicial é integrar o Bahia ao Grupo na área comercial, financeira, marketing e tudo mais. Tenho total confiança nessas pessoas”, afirmou ele, completando que a expectativa é por um rápido crescimento: >
“Queremos ritmo rápido de crescimento. Nossa prioridade é crescer esportivamente e economicamente. Se não crescermos a receita, não poderemos investir em jogadores".>
Disputa por títulos Ferran Soriano foi questionado sobre quando o Bahia estará pronto para brigar por grandes títulos no futebol brasileiro e sul-americano, ele disse que não tem a resposta e pediu paciência com o processo que está sendo implantado. >
“Não tenho resposta para isso. Não sei. Sei qual é o caminho. O caminho é ter um time competitivo para a Série A. Assisti aos últimos três jogos, e o time foi competitivo. Temos que ter um time consolidado na Primeira Divisão. Depois disso, vamos construindo passo a passo. Eu vejo o momento em que o time vai estar consolidado e participando das competições regionais [continentais]. Em quanto tempo, não sei”.>
“O time vai precisar de mais tempo. Sei da impaciência do torcedor, sou torcedor também. Mas aprendi que a paciência é muito importante. Depois do jogo, pode estar contente ou não. Eu sei que, às vezes, passamos momentos difíceis. Eu sei que, no fundo, a torcida ama o clube. E se você ama o clube, tem que ser capaz de resistir. É pior do que já passou com rebaixamento e pandemia. Mas o clube sobreviveu”.>