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Além de não contar com os dois laterais titulares, técnico terá que mexer no meio
Fernanda Varela
Publicado em 22 de setembro de 2017 às 07:35
- Atualizado há um ano
Não bastasse a situação delicada do Vitória no Campeonato Brasileiro, já que o time é o 19º colocado e só ficou fora da zona de rebaixamento em quatro das 24 rodadas disputadas, o técnico Vagner Mancini ainda está cheio de problemas para escalar o time que enfrenta o Atlético Mineiro, domingo (24), às 19h, no Independência, em Belo Horizonte.
A maior dor de cabeça está nas laterais. Pela direita, Caíque Sá não poderá jogar, já que sofreu uma lesão muscular e foi vetado pelo departamento médico. Seu substituto imediato, Patric, também não é opção, já que cumprirá suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Não há nenhum outro atleta de origem da posição no elenco principal.
Pela esquerda, a situação também não é nada boa. Titular absoluto, Juninho distendeu o ligamento do joelho e segue fora de combate. O natural seria substituí-lo por um dos atletas da posição, Geferson ou Thallyson, mas os dois foram preteridos por Vagner Mancini, que afirmou que os atletas “estão desgastados diante do torcedor” e que “não é momento de apostar neles, e, sim, de vencer as partidas”.
Diante desse cenário, que time Mancini vai mandar a campo para vencer o Galo? É um mistério, mas o treinador tem algumas opções.
Na direita, não há muito segredo. Como José Welison só volta no fim de outubro, uma das alternativas é deslocar o zagueiro Ramon - que tem jogado improvisado de primeiro volante enquanto Willian Farias se recupera de lesão no joelho - para a lateral direita. Neste caso, Fillipe Soutto formaria dupla com Uillian Correia.
Caso seja eleito, Ramon garante que está pronto para o desafio. “Eu estou bem tranquilo. Em 2015, na Série B, o próprio Mancini me usou de lateral-direito uma vez, no segundo tempo de um jogo. Ele ainda não definiu o time, mas estou aqui para ajudar em qualquer posição”, disse. Na esquerda, o leque de opções aumenta. Como o jogo é fora de casa, Mancini pode dar um voto de confiança a Geferson, que apesar de instável, comprometeu menos do que Thallyson. Mas, se mantiver o discurso de preservação desses dois jogadores, é partir para o improviso. As opções são o zagueiro Bruno Bispo ou o próprio Fillipe Soutto, que quebrou galho de lateral no jogo passado, derrota por 2x1 contra o São Paulo, mas não foi bem. Caso Ramon e Fillipe sejam os laterais, a vaga de volante provavelmente sobra para Renê Santos, mas é improvável que o comandante arrisque tanto assim.
Yago liberado Os problemas não se resumem às laterais. O time ainda perdeu Cleiton Xavier, suspenso, para o confronto. Por outro lado, o treinador ganha um reforço de peso. Yago, que havia sido punido com duas partidas de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), conseguiu o efeito suspensivo e está liberado para encarar o Galo.
Se não optar por utilizá-lo, o técnico pode promover mudanças no meio-campo. A tendência é que Mancini aposte na dupla David e Neilton aberta em cada um dos extremos, o que daria mais força pelos lados do campo, já que ele não terá, ao menos, um lateral de origem.