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Fase sem triunfos do Leão em casa aumenta para quatro partidas
Vitor Villar
Publicado em 26 de outubro de 2018 às 21:24
- Atualizado há um ano
Um sofrimento só. Assim como contra o Corinthians, no último domingo (21), havia a esperança no Vitória de aproveitar o mau momento do São Paulo, sem vencer há seis jogos, para pontuar no Barradão, na noite desta sexta-feira (26).
Mas, que nada. O que se viu mesmo foi o Leão perdendo mais uma partida em casa na Série A, desta vez pela 31ª rodada e pelo placar de 1x0. A sequência rubro-negra sem vitórias como mandante aumentou para quatro rodadas.
Com isso, o Vitória não depende mais só do ‘fator casa’ para se manter na elite. Restando três jogos no Barradão, a equipe precisa de 11 pontos. A missão de arrancar pontos fora começa no próximo domingo, (4), às 16h (da Bahia), em Curitiba, contra o Paraná.
Com a derrota, o Leão está em 17º lugar, na zona de rebaixamento, com 33 pontos. Chapecoense e Sport jogam neste sábado (27) e podem passá-lo.
Nada igual A expectativa de Carpegiani era repetir a atuação contra o Corinthians, quando o Leão teve domínio das ações do jogo. O técnico lançou uma escalação com novidades, como Maurício Cordeiro no lugar de Bou e Rodrigo Andrade na vaga que foi de Arouca.
Mas o que se viu foi um time diferente em tudo do que pegou o Corinthians. A bola parecia ferver: quem quer que a tivesse nos pés parecia ficar nervoso, louco para livrar-se rapidamente dela.
Rodrigo Andrade, Willian Farias e Erick não conseguiam dar sequência às jogadas – especialmente o último, que havia sido destaque contra o Timão. De tão mal, acabou substituído no intervalo.
Sem segurar a bola no ataque, sobrava para a zaga conter o talentoso ataque do São Paulo. E o pior: na ‘fogueira’, já que, quase sempre, o ataque adversário começava em erros do Vitória.
E daí, na zaga rubro-negra, sobraram espaços. Especialmente na esquerda, onde Fabiano foi mal. Aos 21, Diego Souza recebeu passe por elevação nas costas do lateral do Leão e chutou cruzado; Ronaldo fez bela defesa.
Aquela foi a melhor chance em 20 minutos de pressão do São Paulo. Por volta dos 25, o Leão saiu das cordas. Lucas Fernandes disparou pela direita e deixou na entrada da área para Willian Farias, que chutou por cima do gol.
Aos 28, a melhor chance: Rhayner recebeu na esquerda arriscou de fora da área, a bola quicou e quase enganou Jean, que colocou para fora.
Quando parecia que o Vitória estava se equilibrando no ringue, veio a ‘porrada’ certeira. O ‘jab’ veio aos 35, com Luan, que recebeu na entrada da área e chutou rasteiro; Ronaldo desviou com o pé.
O ‘direto’ veio no minuto seguinte. Erick errou ao puxar contra-ataque e deu a bola para o São Paulo. Rojas foi acionado na direita, que tocou para Bruno Alves na entrada da área; ele arriscou e o golpe entrou. Nocaute.
Faltou técnica No segundo tempo, Carpegiani mandou a campo apenas atacantes. Neilton no intervalo, Léo Ceará e Wallyson na sequência. Durante quase toda a etapa, o Leão teve quatro homens de frente.
O São Paulo pareceu ter abdicado da partida, sem agredir como vinha e puxando os contra-ataques lentamente. Assim, a bola ficou quase que completamente com o Leão.
Mas se sobrou ousadia e disposição, faltou técnica. O Vitória circulou com dificuldade a bola pela intermediária, sem um passe qualificado para achar os atacantes. Tudo isso diante de um São Paulo apático e que deu espaços nos 45 minutos finais.
A única chance mais clara veio aos 34, numa jogada individual de Maurício. Protegendo como podia na área, ele chutou rasteiro e Jean espalmou para escanteio.