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Giuliana Mancini
Publicado em 5 de março de 2022 às 05:05
- Atualizado há 2 anos
Balançar as redes tem sido um problema na vida do Vitória nesta temporada. O Leão disputou sete partidas nos quase dois meses em ação, e marcou apenas cinco vezes. É uma média de 0,7 gol por jogo.>
O número baixo, porém, não é por falta de chutes. Até aqui foram 105 finalizações, segundo os dados do FootStats, que analisa os números do futebol. A média é de exatamente 15 tentativas por jogo. Mas, para botar a bola no fundo da rede, o trabalho é maior: são necessárias nada menos que 21 finalizações para conseguir marcar. >
Na partida contra o Castanhal, pela Copa do Brasil, o número foi até mais baixo que a média: 10 finalizações e um gol. O problema é maior mesmo no Campeonato Baiano: quase 24 tentativas em média para marcar. Ainda pelo estadual, o Leão soma 37 chutes certos, contra 58 errados.>
Não a toa, é possível notar uma ausência de placares elásticos na temporada. Nenhum adversário sofreu mais que um gol. Nas duas vezes que ganhou, o Vitória aplicou 1x0 no rival (sobre Barcelona de Ilhéus e Vitória da Conquista). Também marcou uma vez, apenas, nos três empates em 1x1 (Juazeirense e Bahia, pelo Baianão, e Castanhal, pela Copa do Brasil). >
Em dois jogos, o ataque do Leão passou em branco: na derrota por 1x0 para o Jacuipense e no empate em 0x0 com o Atlético de Alagoinhas.>
“Acho que a gente pode evoluir um pouquinho mais nessa competitividade. Ainda falo um pouco da nossa eficiência ofensiva, que precisa melhorar. Precisamos evoluir nesse quesito para chegarmos mais bem preparados para as próximas decisões”, disse o técnico Dado Cavalcanti.>
Cadê o artilheiro? Não só o Vitória ter feito poucos gols na temporada chama a atenção. Outro fator também preocupa: a falta de um artilheiro. Até aqui, ninguém desponta como um possível goleador da equipe.>
Os cinco gols foram feitos por cinco jogadores diferentes. O centroavante Guilherme Queiroz foi o responsável pelo primeiro tento do time no ano, na estreia do Baianão. Desde então, não voltou a anotar mais e, contra o Castanhal, viu a vaga no time titular ir para Erik.>
Fora Queiroz, o único atacante de origem que marcou para o Vitória no ano foi Luidy, titular em todas as sete partidas da equipe. No clássico Ba-Vi, ele fez um golaço, mas também não conseguiu reencontrar o caminho do gol. >
Roberto e Erik também tiveram suas chances no time titular, porém não balançaram as redes. Jefferson Renan, Alisson Santos e Ruan Nascimento já foram mandados para o campo e passaram em branco. >
Vale lembrar que Dinei ainda está em processo de recuperação de lesão, enquanto Tréllez foi regularizado na sexta-feira (4) na CBF. O colombiano, porém, é ausência confirmada no Baianão, pois a janela do estadual já foi fechada.>
Em um momento de escassez dos atacantes, o zagueiro Mateus Moraes foi quem empatou contra o Castanhal, garantindo a vaga do Leão na segunda fase da Copa do Brasil. Os outros dois gols rubro-negros do ano saíram dos pés dos meias Jadson, de pênalti, e Eduardo.>
O Vitória terá uma nova chance de melhorar na quarta-feira (9), quando fará o duelo pela segunda fase da Copa do Brasil. O jogo será contra o Glória-RS, às 21h30, no Barradão.>
Assim como aconteceu na fase inicial, a partida é única e se classifica quem ganhar. Dessa vez, porém, o visitante não tem a vantagem do empate. Em caso de igualdade no placar, a vaga na terceira etapa será definida nos pênaltis. Por isso, fazer gols é preciso.>
Caso passe pela equipe gaúcha, o time do técnico Dado Cavalcanti colocará mais R$ 1,9 milhões nos cofres rubro-negros. Até aqui, o Vitória levou R$ 1,37 milhão (R$ 620 mil pela participação e R$ 750 mil por chegar à segunda fase).>