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Portal Edicase
Publicado em 5 de novembro de 2024 às 18:36
A Black Friday é um dos eventos mais esperados, tanto pelo comércio quanto pelos consumidores brasileiros – ansiosos para aproveitar grandes descontos –, e se tornou sinônimo de ofertas atraentes. Enquanto a busca por preços mais baixos continua a ser o maior apelo, o estudo “Quem está comprando”, da MindMiners (plataforma de pesquisa de mercado digital), revela que 42% dos consumidores acreditam na veracidade das promoções, evidenciando um aumento na confiança nas ofertas, mesmo com a expectativa de descontos expressivos. >
Diante desse cenário de credibilidade crescente, especialistas indicam 9 estratégias para impulsionar as vendas dos lojistas no período. Confira! >
Identificar e concentrar-se no cliente ideal é uma estratégia essencial, já que ele se torna o ponto central do negócio , promovendo maior engajamento com a marca, atraindo novos compradores e impulsionando as vendas. O especialista em negócios e inovação e presidente da Editora Brasport, Antonio Muniz, ressalta a importância de direcionar os esforços ao público certo. >
“O marketing sugere definir uma persona, que servirá como referência para criar anúncios e conteúdos voltados para esse perfil.Contudo, é fundamental entender que os consumidores não são todos iguais; é necessário identificar quem são os compradores ideais e como entregar valor adequadamente para eles. Em outras palavras, é indispensável colocar a pessoa certa no centro das suas ações”, afirma. >
Apesquisada MindMiners mostra que 63% dos consumidores preferem realizar suas compras online, destacando o e-commerce como o canal preferido durante a Black Friday. Apesar disso, 37% ainda optam pelas lojas físicas, 14% consideram fazer compras por meio de redes sociais e 8% planejam utilizar vendas diretas. Isso demonstra a necessidade de investir em múltiplos canais de venda, otimizando tanto a experiência digital quanto a física. >
“Ou seja, para maximizar o alcance, os comerciantes devem garantir que suas plataformas online estejam bem preparadas para lidar com o aumento de tráfego e oferecer uma navegação simplificada. Além disso, é crucial integrar estratégias de omnichannel para que os clientes tenham uma experiência fluida, independentemente de onde optem por comprar”, afirma o especialista. >
Ainda conforme Antonio Muniz, vice-presidente de estratégia e crescimento da Coretava, é importante pensar além do cashback. “Da mesma forma, investir em uma estratégia de loyalty robusta, que vá além do cashback , é essencial para aumentar a retenção e fortalecer a relação com os clientes, proporcionando valor contínuo em cada ponto de contato”, declara. >
As redes sociais, embora não sejam o principal canal de compras, desempenham um papel importante na influência sobre os consumidores. Segundo a pesquisa “Quem te Influencia?”, 53% dos entrevistados confiam nas recomendações de influenciadores, e 6 em cada 10 seguidores já compraram produtos com base nessas indicações. >
Diante desse cenário, muitos executivos têm se tornado influenciadores, utilizando as redes sociais para além do ambiente corporativo, compartilhando aspectos de suas rotinas pessoais e humanizando suas imagens. Essa estratégia tem se mostrado eficiente na aproximação com o público. >
“Executivos que desejam usar as redes sociais como parte de sua estratégia de branding devem priorizar a autenticidade e a consistência. Mostrar o dia a dia real da rotina empresarial, com seus altos e baixos, é essencial para criar uma conexão genuína com os seguidores”, menciona a especialista em marca pessoal e redes sociais, CEO da Branding Digital, Brenda Lezie. >
Uma estratégia criativa é a realização de leilões online, que não só aumentam o envolvimento dos consumidores, como também criam um senso de urgência. Esse tipo de ação pode ser uma ótima maneira de liquidar estoques ou promover produtos exclusivos, tornando a experiência de compra mais dinâmica e interativa. >
“Houve um aumento notável no interesse por itens leiloados, especialmente aqueles autografados ou de maior valor, como eletrodomésticos, máquinas de lavar, entre outros relacionados à decoração de apartamentos”, conta o especialista em leilão e CEO da Kwara (plataforma que facilita a venda de bens e ativos), Thiago da Mata. >
Segundo ele, a internet tornou os leilões mais acessíveis. “Acredita-se que a presença online tenha desmistificado a percepção de que leilões eram complicados, acessíveis apenas para alguns grupos específicos ou reservados para aqueles com alto poder aquisitivo, e ideias semelhantes”, enfatiza. >
Segundo dados da Epsilon, 80% dos consumidores têm maior predisposição para comprar de empresas que proporcionam experiências personalizadas. Dados do McKinsey reforçam essa tendência ao indicar que cerca de 78% dos consumidores estão mais inclinados a realizar compras recorrentes de marcas que entregam conteúdo altamente customizado. >
Para Fellipe Guimarães, especialista em negócios digitais da Keyrus, consultoria internacional especialista em Inteligência de Dados e Transformação Digital, os negócios precisam adotar uma abordagem cada vez mais holística para conhecer seus clientes. >
“A forma de vender está em constante transformação, impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças no comportamento do público-alvo. Por isso, é essencial que as empresas não se limitem apenas ao monitoramento das ações dos usuários, mas também invistam em entender profundamente o que eles pensam, sentem e desejam. Somente assim é possível criar experiências verdadeiramente personalizadas e construir relacionamentos duradouros”, ressalta. >
Facilitar o processo de compra é fundamental. Segundo dados da Rossman Media (agência de marketing), 70% dos consumidores abandonam suas compras devido a dificuldades na navegação ou no checkout. Investir em um sistema de pagamento rápido, como o PIX, e em opções como a Jornada Sem Redirecionamento (JSR) pode reduzir significativamente o abandono de carrinhos e aumentar a taxa de conversão. >
“Com a JSR e o PIX por aproximação, o mercado espera um impacto direto nas taxas de conversão e aumento das vendas durante a Black Friday, uma vez que o novo método deve reduzir a taxa de abandono de carrinhos, um dos grandes desafios enfrentados pelos lojistas”, comenta o especialista e diretor de negócios da Lina Open X ( startup que apoia instituições financeiras em suas necessidades), Murilo Rabusky. >
Um estudo daChatbot Magazinerevela que69% dos consumidores preferem chatbots pela sua capacidade de fornecer respostas rápidas a perguntas simples, destacando a importância da agilidade no serviço automatizado. Além disso, segundo dados daGartner (empresa de consultoria que atua no mercado de TI), até 2027, 25% das empresas usarão IA para todas as suas interações com os usuários, refletindo a adoção crescente dessas tecnologias no setor. >
Conforme o especialista em tecnologias emergentes, dados, inovação e professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Kenneth Corrêa, uma das principais mudanças trazidas por esses sistemas é a capacidade de compreender nuances da linguagem e interpretar o contexto de cada conversa. >
“Diferentemente dos chatbots tradicionais, que seguem árvores de decisão pré-programadas, os chatbots baseados em IA conseguem fornecer respostas mais precisas e relevantes, resultando em uma experiência de atendimento mais fluida”, afirma. >
Não é só porque a compra de um produto/serviço está sendo realizada na Black Friday que o mesmo não necessite de um seguro. Os bens de alto valor são itens que possuem um valor financeiro significativo e, geralmente, uma importância emocional elevada. >
“A capacidade de oferecer proteção para o consumidor é o mais importante, cobrindo eventos inesperados como acidentes, roubos ou desastres naturais que podem causar dificuldades. Além disso, também proporciona tranquilidade, permitindo que o comprador consiga se concentrar em outros quesitos, sabendo que está protegido contra os imprevistos”, destaca a especialista em seguros e cofundadora da multinacional Vitae Group Insurance, Julia Queiroz Primo. >
No ambiente digital de hoje, as interações entre consumidores têm um papel vital no processo de compra, e o networking entre compradores é uma ferramenta poderosa. Quando as pessoas compartilham suas avaliações pós-compra, elas não apenas fornecem feedback , mas também geram dados valiosos que influenciam diretamente as decisões de outros consumidores. >
Olevantamentoda MindMiners revela que 43% dos consumidores, especialmente as mulheres, participam regularmente desse tipo de interação, deixando evidente como essas avaliações moldam percepções de marca e confiança em produtos. Esse compartilhamento de informações cria uma rede orgânica de recomendações, essencial para o sucesso de qualquer negócio. >
O impacto dessas opiniões não se limita apenas às plataformas de e-commerce; ele se estende para redes sociais e grupos de discussão, ampliando o alcance do boca a boca digital. Quando os consumidores interagem e compartilham suas experiências de forma autêntica, formam-se comunidades de confiança nas quais a troca de conhecimento gera um ciclo de influência positiva. >
Empresas que incentivam esse tipo de networking entre seus clientes podem aumentar o engajamento e, consequentemente, impulsionar suas vendas, aproveitando o poder das recomendações e das conexões pessoais. >
“Hoje, as oportunidades de negócio não vêm apenas da inovação, mas das pessoas com quem você se relaciona. O networking é o novo ativo do empreendedor. O networking é uma via de mão dupla. Não é apenas sobre o que você pode ganhar, mas também sobre o que você pode oferecer. Essa troca é o que gera confiança e resultados duradouros”, conclui o especialista em networking , autor do livro ‘A Vida é uma Resenha’ e CEO do Resenha, Gabriel Khawali. >
Por Letícia Carvalho >