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Monique Lobo
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 18:57
A ilha de Bom Jesus dos Passos, localizada na Baía de Todos-os-Santos, recebeu a inauguração da primeira Usina de Beneficiamento de Pescado da região, nesta quinta-feira (16). A iniciativa é fruto do acordo de cooperação técnica internacional entre a ONG italiana Associação Amici di Sardegna ETS e a Fundação Baía Viva, no âmbito do projeto “Apoio ao saber-fazer das mulheres”, que conta também com o apoio da Colônia de Pescadores Z3. >
O equipamento, de 100 m², conta com estrutura para processamento do pescado, com bancadas e pias para higienização, caixas coletoras, depurador, fogão e freezers. No local, os mariscos vão passar por etapas de lavagem, limpeza, cozimento, catação e congelamento, garantindo maior valor agregado aos produtos. Além disso, as marisqueiras da região contarão com aulas práticas para aprender a fazer outros produtos a partir do marisco, como linguiça, hambúrguer e patês. >
A presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB) e da Fundação Baía Viva, Isabela Suarez, destacou a relevância do protagonismo feminino no funcionamento da usina. “Esse projeto vai agregar muito valor a tudo o que já é captado do mar, tanto peixes quanto crustáceos. Vamos ter a chance de desenvolver novos produtos, muitos dos quais hoje nem imaginamos que sejam possíveis. Um bom exemplo é a tainha, que historicamente não tem tanto valor comercial. A cooperação que está sendo construída mostra como esse peixe pode ter inúmeros desdobramentos em termos de aproveitamento e geração de valor”, disse. >
O presidente da Associação Amigos da Sardenha, Roberto Copparoni, reforçou a importância da parceria internacional. “Nosso trabalho não acaba aqui. Agora vamos começar outro percurso de cooperação junto com a comunidade e a Fundação Baía Viva. Depois de dar a volta ao mundo, percebo que todas as pessoas podem ser cidadãs do mundo, e é isso que vejo aqui", declarou. >
Coordenador do projeto e nativo da ilha, o engenheiro ambiental e coordenador do projeto, Jonatas Silva também enfatizou o impacto para a população local. “Trabalhei desde os meus 17 anos com os pescadores daqui e aos 23 tive a oportunidade de estudar e me formar. Desde 2021, voltei a morar na ilha para contribuir com a comunidade. Agora entramos em um processo que garante qualidade ao produto e mais ganho financeiro”. Vamos poder assegurar ao consumidor que nosso pescado é livre de contaminação”, afirmou.>