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Classe mais alta cresce na Região Metropolitana de Salvador

Houve avanço de 15,25% no último ano, enquanto em outras capitais a queda foi de 1,2%

  • D
  • Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2009 às 14:13

 - Atualizado há 2 anos

Se em todo o país a crise econômica tem tirado o sono e retraído aqueles com maior renda, na região metropolitana de Salvador (RMS) tem ocorrido o oposto.

O avanço das classes A e B na capital foi o maior do país (15,25%) no último ano, já incorporando o efeito da crise - enquanto que a média em seis outras capitais teve queda de 1,2%.

A RMS ultrapassou a cidade de Belo Horizonte e ostenta agora 14% de sua população com renda mensal superior a R$4,8 mil. O percentual de Salvador é o dobro da classe média/alta pernambucana.

Os dados foram divulgados na quarta-feira (8) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para o coordenador da pesquisa, o economista Marcelo Cortes Neri, a capital baiana já vem há algum tempo se descolando da realidade nordestina e se aproximando de índices de cidades do Sudeste.

“O dado fala por si. Salvador teve o crescimento mais alto entre 2008 e 2009”, afirmou. Em seis anos, o percentual da população que recebe mais de dez salários mínimos (classes A e B, segundo critério da FGV) teve crescimento acumulado de 47,23% na RMS - atrás apenas do Rio, com 61,1%. Para comparação, durante o mesmo período, a classe E, com renda mensal até R$ 804, acumulou redução de 41,4% na RMS.

RendaA pesquisa adota como metodologia o acompanhamento da trajetória dapopulação das principais regiões metropolitanas do país com os impactos da crise financeira internacional.

No geral, os brasileiros com rendas mais elevadas são os que mais sofrem com os efeitos do agravamento da crise financeira internacional, a partir de setembro do ano passado.

No primeiro bimestre de 2003, o percentual das classes A e B da RMS era de 9,55%. Chega a 13% em 2007, retrai para 12,2% em 2008 e surpreende com 14,06% em 2009.

Em contrapartida, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Recife e Porto Alegre foi registrado encolhimento do segmento no primeiro bimestre. Mesmo com o bom resultado, Neri destaca que janeiro foi um mês “trágico” para os que estão nas classes A e B.

Essas camadas, que acumulavam, nos últimos cinco anos até o período pré-crise, um aumento de35% de participação na população brasileira, registraram queda de 2,74% somente em janeiro.

“Foi um mês difícil para todas as regiões, tanto que, isoladamente, a variação da classe AB em Salvador foi de -3,30%”. A maior perda foi em Recife (-10,11%).

Já a classe C, que havia aumentado sua participação em 25% desde 2004, no mesmo mês registrou uma perda de 2,17% no país e crescimento de 1,52% na RMS.

(Notícia publicada na edição impressa do dia 09/04/2009 do CORREIO)