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COP30 já começou e resultados serão positivos, afirma CEP de conferência climática

Bracell antecipa clima de evento que discutir o futuro do planeta

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 17:57

Ana Tony, CEO da COP30, no telão, durante evento da Bracell em São Paulo Crédito: Donaldson Gomes/CORREIO

Mesmo separada de Belém (PA) por quase 3 mil quilômetros e com uma temperatura de 11ºC, que contrasta com o tempo na capital paraense, São Paulo vivenciou o clima da COP30, que acontece no próximo mês na região amazônica. A poucas semanas da conferência climática, o papel do Brasil na economia regenerativa e na preservação da biodiversidade foi o tema do evento Bracell 2030, no Sp Hall, em São Paulo, nesta terça-feira (dia 21), numa espécie de “esquenta” para o encontro.

Ana Tony, CEO da COP30, em Belém, acredita que um dos destaques do evento será o protagonismo do setor privado na busca por soluções. Para ela, a conferência trará resultados positivos já no seu encerramento, porém, acredita que os frutos mais importantes do encontro poderão surgir até anos depois do seu encerramento.

“Eu acho que a COP vai mostrar o casamento da economia no combate à mudança do clima. Estamos vendo novos negócios ligados à natureza, temos avanços nos bicombustíveis. A COP vai dar visibilidade para soluções de novos negócios que já estão acontecendo, mas precisam ser escalados”, acredita.

Do lado macro, completa, ela ressalta a possibilidade de encaminhamentos para investimentos de até R$ 1,3 trilhão em iniciativas para países em desenvolvimento.

“A COP não é só o evento das duas semanas, mas o debate que ele provoca. Vamos colher não só no evento, a presidência do Brasil começa em novembro de 2025 e vai até novembro do ano que vem. Acabou, no dia seguinte teremos manchetes dizendo se deu certo, ou errado, mas eu lembro que após Rio 92 manchetes disseram que deu erro”, comparou. Ainda assim, segundo ela, o que se esperam são manchetes positivas. “Queremos avançar. A direção está dada, todos estão atrás, queremos acelerar”.

O palestrante Marco Lambertini, coordenador da Nature Positive Initiative, falou sobre a necessidade de “mudar para prosseguir”. Apesar de destacar os avanços que a humanidade alcançou nos últimos anos, deixando para traz ameaças como a mortalidade infantil e a baixa expectativa de vida, Lambertini ressaltou a importância de buscar a harmonia com o planeta. “Eu nasci em uma época em que havia 3 bilhões de pessoas no mundo e estamos quase triplicando este número, mas o progresso e o avanço da humanidade teve um largo obscuro, de declínio da natureza”, disse.

Para ele, a preocupação com o cenário de degradação deve se dar tanto por razões ambientais quanto econômicas. “Estamos próximos de um momento novo na história, que alguns cientistas chamam de ponto de virada. Se isto acontecer, alguns sistemas poderão se degradar ao ponto de não haver retorno”, aponta. “Quando se corta uma árvore, pode-se plantar outra, mas quando se cortam muitas, pode não haver retorno porque compromete o ecossistema”, compara.

Para Lambertini, houve um avanço importante com os compromissos de 2022, na COP27, no Egito. “Acho que o acordo para manter a biodiversidade e buscar restaurar o que se degradou é muito positivo”, diz. “Neutralizar carbono é muito importante, mas tem a ver com o tipo de combustível que utilizamos. Precisamos restaurar a natureza. Isso tem a ver com permitir que desenvolvimento continue”, afirma.

Para ele, o caminho é mostrar o valor de manter as florestas de pé. Lambertini destacou as atividades florestais, agrícolas e a mineração entre aqueles que precisam estar na linha de frente das mudanças, por atuarem diretamente na natureza.

O plano 2030

Praveen Singhavi, líder global da Bracell, destacou o potencial que o Brasil tem de assumir o protagonismo da agenda climática global com soluções inovadores. “Nós estamos há mais de 20 anos aqui porque acreditamos que o país pode se apresentar ao mundo de forma inovadora, sem a necessidade de repetir modelos, mas com tecnologia e inovação. A Bracell quer participar deste processo”, afirmou, lembrando que a empresa, que possui unidades na Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul, já investiu mais de R$ 20 bilhões no Brasil desde a sua chegada.

“Nós exportamos para mais de 20 países a partir do Brasil, cumprindo o papel da indústria, de gerar milhares de empregos e renda”, completou. Segundo ele, a companhia é responsável por mais de 80 mil empregos no mundo e impacta mais de 100 municípios com a sua operação.

Márcio Nappo, vice-presidente de ESG e sustentabilidade da Bracell, disse que a empresa já alcançou algumas das metas previstas no plano Bracell 2030 e está muito próxima de alcançar outras. “O nosso progresso até 2024 mostra que estamos no caminho certo”, ponderou. Um dos destaque ficou para os esforços na redução e remoção de carbono nas operações, que atingiu o percentual de 57%, diante de uma meta de 75%. “Nós iremos chegar a 13 milhões de toneladas de carbono removidas da natureza até o final deste ano”, projetou.

Nappo acrescentou ainda que a empresa é responsável pela proteção de 186 mil hectares de florestas, graças à ação 1 para 1, que prevê a preservação de um hectare para cada outro utilizado na produção. “Este é um compromisso inovador, que transforma o crescimento da nossa produção em uma ferramenta de conservação. É a produção e a proteção em perfeito equilíbrio”, disse.

Na área social, os destaque ficaram para a presença de mulheres em posições de liderança. Hoje a Bracell calcula uma participação de 27,7%, diante de uma meta de 30%. O executivo destacou também o aumento de 8% na renda das famílias que são beneficiadas por projetos ligados à empresa. Até 2030, a meta é elevar este número para 30%.

Entre as metas que já foram alcançadas, ele citou a de ter 60% dos negócios apoiados sendo liderados por mulheres. Hoje o percentual é de 64%. “Cada marco alcançado nos aproxima do papel de nos tornarmos uma referência em sustentabilidade.

O jornalista viajou a convite da Bracell.