Crise no Hotel Pestana afeta outros setores da economia

Taxista disse que dos 35 anos de trabalho no Rio Vermelho, este tem sido o pior

A situação crítica do Hotel Pestana afeta não só o quadro de funcionários e hóspedes, mas também a movimentação em outros setores da economia. É o caso do setor de transporte.

O taxista Carlos Barbosa, por exemplo, conta que dos 35 anos em que trabalha no do Rio Vermelho este tem sido o pior. “O movimento caiu muito. Antigamente, todo dia a gente fazia pelo menos uma corrida daqui [Pestana] para o aeroporto. Agora tem semana que não tem nenhuma corrida para o aeroporto”, lembra.(Foto: Divulgação)Barbosa credita a queda no número de corridas também à presença de uma empresa de translado que opera dentro do próprio hotel. Um dos motoristas da empresa, entretanto, também percebeu uma queda drástica no movimento de hóspedes dentro do próprio Pestana.

“O movimento está caindo. Já estamos entrando na alta estação. Nessa época já era para estar movimentado. Costumava levar, em média, dez pessoas, agora eu levo quatro, às vezes duas”, revelou ele à reportagem sem se identificar.

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Quatro décadas do Le Méridien ao Pestana1974 Conhecido por ser o primeiro hotel cinco estrelas da Bahia, o Le Méridien foi inaugurado na década de 70. 

15 de maio de 2000 O Le Méridien fechou devido a uma dívida de R$ 1,2 bilhão da empresa administradora Sisal Bahia Hotéis Turismo com o Banco do Brasil (BB), proprietária do imóvel.

15 de novembro de 2001 O grupo Pestana, que comprou o prédio do BB por R$ 17 milhões e gastou mais R$ 20 milhões para reformá-lo, reinaugurou o estabelecimento com o nome de Carlton Bahia. Nessa época, o atual Hotel Pestana já tinha 433 apartamentos.

2015 Devido à crise no setor hoteleiro, o maior hotel da capital  baiana - o Hotel Pestana Salvador - demitiu pelo menos 130 funcionários. Atualmente, dos 23 andares do prédio, 12 estão desativados, segundo um funcionário que não quis se identificar. O hotel diz que 310 apartamentos estão funcionando.