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Onda de calor extrema ameaça safras e deve encarecer alimentos nas próximas semanas

Alerta vermelho em mais de 1,2 mil municípios prejudica a produção de hortifrútis e proteínas, sinalizando uma reversão na tendência de queda nos preços e pressionando o orçamento doméstico.

  • Foto do(a) author(a) Nauan Sacramento
  • Nauan Sacramento

Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 11:24

Feiras e mercados municipais na semana junina
Feiras e mercados municipais Crédito: Lucas Moura/Secom PMS

A forte onda de calor que atinge o Brasil neste final de ano, com recordes históricos de temperatura superiores a 40°C em capitais como o Rio de Janeiro, já começa a impactar diretamente a produção de alimentos. Especialistas e produtores rurais alertam que o estresse térmico severo sobre lavouras e animais deve provocar uma alta generalizada nos preços de itens essenciais nos supermercados e feiras livres a partir das próximas semanas. O fenômeno pode atrapalhar os índices de baixa nos preços de alimentos que vem ocorrendo no segundo semestre dos últimos anos.

A dinâmica das lavouras é a principal causa da redução da oferta. Sob calor extremo, as plantas reduzem o ritmo de crescimento e podem apresentar problemas que prejudicam diretamente a colheita de legumes e frutos, como tomate e pimentão. No caso das hortaliças folhosas, o excesso de radiação solar e a evapotranspiração acelerada resultam em perdas de qualidade e descarte de mercadorias no campo, diminuindo o volume de produtos aptos para a comercialização em centros de abastecimento e supermercados.

Além dos vegetais, a produção de proteína animal também sofre com as altas temperaturas. O gado leiteiro e as granjas de frango são particularmente vulneráveis a esse tipo de estresse, o que resulta em queda na produtividade de leite e no aumento da mortalidade de aves.

Com mais de 1,2 mil municípios brasileiros sob alerta vermelho emitido pelo Inmet, a logística de transporte também é afetada, uma vez que o calor excessivo exige cuidados redobrados com a refrigeração, elevando os custos. O reflexo econômico desse cenário deve ser sentido com mais força em janeiro, quando a menor disponibilidade de alimentos frescos deve pressionar os índices de inflação oficial.

Diante da persistência das temperaturas elevadas, autoridades recomendam que o consumidor busque alternativas de substituição por itens da estação menos afetados ou produtos congelados. No entanto, o cenário para 2026 começa com um desafio adicional para o Banco Central e para o planejamento financeiro das famílias, uma vez que as mudanças climáticas, tem se tornado o principal fator para a instabilidade de preços nos alimentos.

Tags:

Clima Economia Mercado Plantação