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Especialista revela que há diversas maneiras de prevenir síndromes de tristeza e garantir ambiente corporativo saudável
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2024 às 09:00
O mês de setembro convida as organizações a refletirem sobre iniciativas e discussões sobre saúde mental no trabalho. E, por que não falar sobre a segurança emocional? Em 2022 a OMS classificou o Burnout como uma doença ocupacional, ou seja, derivada do trabalho e o Brasil é o segundo país com mais casos.
Com assuntos relacionados ao bem-estar e doenças psicológicas dentro do mundo corporativo sendo cada vez mais discutidas, muitas companhias vêm investindo em formas de melhorar esse cenário: “Hoje temos uma visão muito diferente do que é trabalho e do que nos é exigido profissionalmente. Com esse cenário as organizações começaram a refletir sua cultura e tomar medidas estratégicas para humanizar o espaço de trabalho”, explica Anna Maria Buccino, gerente das áreas comercial e de serviços na Vetor Editora, especialista em soluções para as áreas de RH.
Segundo Anna, há diversas maneiras de prevenir síndromes de tristeza e garantir a segurança emocional dos profissionais. Para isso, ela salienta três dicas importantes que devem fazer parte da agenda dos gestores. Veja a seguir:
1- Ofereça apoio psicológico:
Investir em terapia, aconselhamento e monitorar questões relacionadas à saúde mental por meio de instrumentos psicológicos, é fundamental para ter um ambiente saudável.
Hoje existem testes psicológicos que podem ser utilizados para diversas finalidades, desde apoiar a identificação de doenças ocupacionais como o burnout a explorar características a serem desenvolvidas pelos profissionais. “Esses testes ajudam a construir uma gestão dos riscos psicossociais e podem promover a segurança e saúde emocional do trabalhador. Além disso, são soluções que também atuam na manutenção do clima organizacional”, explica Buccino.
2- Incentive o cuidado com a saúde mental
Em datas como setembro amarelo são observadas inúmeras iniciativas voltadas à responsabilidade emocional dos trabalhadores. Ações pontuais podem até gerar resultados a curto prazo, mas para que de fato esse incentivo seja eficiente é preciso que ele faça parte da cultura e da estratégia de forma permanente.
“Precisamos que os gestores e RHs olhem para o tema de forma mais ampla e coloquem o profissional no centro. Já não cabe mais só estimular a busca pelo bem-estar emocional, é necessário ter pessoas e serviços dedicados a isso”, reforça.
3- Incentive o desenvolvimento profissional:
Profissionais trabalham melhor quando se sentem pertencentes e de fato enxergam propósito na posição que exercem: “Alinhar expectativas sobre o escopo de trabalho de acordo com o perfil pessoal daquele funcionário é uma prática simples e muito benéfica para o dia-a-dia, tornando aquela função mais prazerosa, evitando frustrações”, conta a especialista. “Mais do que dizer o que se espera daquela pessoa, reforce os pontos positivos que a levaram aquela função”, completa.
Existem algumas formas de estimular o crescimento dos colaboradores como criar espaços de aprendizagem nas organizações, apostar em soluções educacionais que fortalecem o que eles têm de melhor e não apenas habilidades técnicas, entre outras iniciativas com foco em lifelong learning.