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Carmen Vasconcelos
Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 17:28
O mercado de Tecnologia continua entre os mais aquecidos do Brasil, impulsionado pela expansão da computação em nuvem, do uso de dados e da inteligência artificial. De acordo com o relatório Experis Tech Talent Outlook, da ManpowerGroup, 59% das empresas pretendem contratar profissionais de TI ainda em 2025. >
Mesmo assim, o setor enfrenta um paradoxo conhecido: faltam especialistas experientes, mas quem está começando ainda enfrenta barreiras para conquistar a primeira oportunidade.>
Para Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem — Organização da Sociedade Civil (OSC) dedicada à formação de talentos em tecnologia — a porta de entrada exige preparo técnico e emocional.>
“A tecnologia oferece inúmeras oportunidades, mas quem está começando precisa de orientação contínua para entender o ritmo acelerado do setor, lidar com inseguranças e desenvolver habilidades práticas e comportamentais”, explica.>
Pensando nisso, a Escola da Nuvem reuniu seis recomendações fundamentais para quem busca o primeiro emprego em Tecnologia:>
1. Comece pelos fundamentos, não pelos modismos>
Antes de mirar IA, frameworks avançados ou certificações difíceis, o essencial é dominar lógica de programação, redes, banco de dados e conceitos básicos de computação em nuvem.>
“Quem não tem base sofre para evoluir. É a estrutura sólida que permite acompanhar a velocidade da tecnologia”, reforça Ana Letícia.>
2. Soft skills eliminam mais candidatos do que a parte técnica>
Comunicação clara, postura profissional, organização e capacidade de receber feedback são diferenciais reais na hora da entrevista.>
Segundo a Escola da Nuvem, 30,8% das empresas apontam a falta de preparo comportamental como barreira de contratação.>
“A técnica se ensina; comportamento exige convivência, prática e orientação consistente”, afirma.>
3. Estudar continuamente não é uma escolha — é parte da profissão>
Tecnologia muda rápido, e quem ingressa na área precisa manter um ciclo constante de estudo.>
Cursos gratuitos, trilhas introdutórias e certificações iniciais ajudam a criar ritmo e consistência.>
“O profissional precisa estar aberto a aprender sempre. Esse é o fator que mais diferencia quem cresce”, destaca Ana.>
4. Portfólio é tão importante quanto currículo>
Para quem está começando, projetos pessoais, desafios técnicos, participação em comunidades e repositórios no GitHub são provas reais de capacidade.>
Não basta listar cursos: é preciso mostrar aplicação prática.>
5. Networking abre portas — e encurta caminhos>
Participar de eventos, fóruns, mentorias e comunidades de tecnologia facilita o acesso a oportunidades e informações.>
“Muitos jovens não sabem por onde começar, e o networking oferece visibilidade, apoio e confiança”, diz Ana Letícia.>
6. Inglês é um diferencial desde o primeiro dia>
Mesmo sem exigência de fluência, grande parte da documentação técnica, cursos, soluções e ferramentas é em inglês.>
O idioma não deve virar barreira — e hoje existem diversas plataformas gratuitas para começar.>