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Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 10:11
- Atualizado há 2 anos
Em outubro de 2017, as vendas do varejo na Bahia seguiram em queda (-0,9%) em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Foi o quarto recuo consecutivo no volume de vendas do varejo baiano, que já havia sido negativo, nessa comparação, em julho (-1,0%), agosto (-0,6%) e setembro (-0,9%).>
Nesse confronto, o varejo baiano acompanhou o desempenho negativo do país como um todo (-0,9%) e de 22 dos 27 estados. De setembro para outubro, as vendas do comércio caíram mais em Roraima (-5,2%) e Alagoas (-4,5%) e tiveram seus melhores resultados em Rondônia (1,3%) e Minas Gerais (2,1%).>
Frente ao mesmo mês do ano passado, em outubro as vendas na Bahia voltaram a cair (-2,1%), depois de quatro altas consecutivas. Nessa comparação, o estado se descola do desempenho nacional (+2,5%) e acompanha outras sete unidades da Federação que também apresentaram recuo – com destaque para as quedas do varejo em Goiás (-10,5%) e na Paraíba (-9,1%).>
Por outro lado, em relação a outubro de 2016, o varejo teve seus melhores resultados em Santa Catarina (13,7%) e Rondônia (14,4%).>
As vendas do varejo baiano seguem em queda no acumulado no ano de 2017 (-1,5%) e nos 12 meses encerrados em outubro (-2,9%). Ambos os resultados são bem piores que a média nacional (+1,4% e +0,3% respectivamente).>
Embora mostrem uma tendência de desaceleração do ritmo de perdas desde o início de 2017, os dois indicadores se mantêm negativos no estado há bastante tempo: o volume de vendas acumulado no ano cai desde janeiro de 2015; e, nos 12 meses, os resultados são negativos desde maio de 2015.>
Dos 27 estados, 11 apresentam queda nas vendas do varejo no acumulado de 2017 e 14 seguem com resultados negativos para o acumulado em 12 meses.>
Em relação ao mesmo mês do ano passado, em outubro/17, na Bahia, apenas 2 das 10 atividades do varejo e varejo ampliado tiveram resultados negativos: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo(-19,6%) e combustíveis e lubrificantes (-1,7%). Entretanto, como são os setores de maior peso na estrutura do comércio varejista no estado, tiveram força o suficiente para levar ao recuo (-2,1%) no volume de vendas do mês.>
Os hiper e supermercados, que representam por volta de 40% do comércio na Bahia, continuam exercendo a principal pressão de baixa e tiveram, em outubro (-19,6%), o maior recuo nas vendas de toda a série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (iniciada para esse indicador em 2001).>
Ao contrário do que ocorre no país em geral, onde os resultados seguem positivos desde junho deste ano, as vendas dos hiper e supermercados na Bahia apresentam quedas consecutivas desde maio de 2015, sem mostrar sinal de redução no ritmo de recuo. Em 2017, já acumulam perdas de 13,7%.>
Por outro lado, o que segurou a queda nas vendas do varejo baiano em outubro, mais uma vez, foi o desempenho positivo dos setores de móveis e eletrodomésticos (33,5%); e dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,7%). Ambos seguem com vendas em alta, apesar de num ritmo menor que o registrado em setembro, quando os crescimentos foram de 47,1% e 21,0% respectivamente.>
O volume de vendas de móveis e eletrodomésticos cresce de forma bem intensa desde março deste ano e já tem uma expansão acumulada de 25,3% no ano de 2017.>
Já as vendas dos outros artigos de uso pessoal e doméstico estão em alta desde maio e já acumulam expansão de 7,0% no ano. Essa atividade reflete as compras em lojas de departamento e parte expressiva do varejo eletrônico (grandes sites de vendas).>
Em alta Na Bahia, as vendas do comércio varejista ampliado - que engloba o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção - cresceram 1,7% na comparação outubro 17/ outubro 16.>
Apesar de inferior ao desempenho de setembro (7,1%) e abaixo da média nacional (7,5%), o resultado do varejo ampliado baiano foi melhor que o do varejo restrito (-2,1%).>
Tanto as vendas de veículos, motocicletas, partes e peças (7,7%) quanto as de material de construção (14,8%) cresceram em outubro, na Bahia – ainda que num menor ritmo, sobretudo no caso dos veículos, que vinham de uma alta de 20,1% em setembro. Ambos os setores seguem com aumentos consecutivos na vendas desde maio.>
Com o resultado de outubro, as vendas do varejo ampliado no estado se mantêm no positivo no acumulado no ano de 2017 (0,3%) e reduziram ainda mais o ritmo de perda no acumulado em 12 meses, chegando a -1,1% em outubro (frente a -2,2% nos 12 meses encerrados em setembro).>