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Educar é preciso e urgente

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2019 às 04:03

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

O novo Anuário Brasileiro da Educação Básica, divulgado esta semana, traz dados alarmantes sobre o nível de conhecimento dos estudantes baianos do ensino médio. De acordo com o estudo, apenas uma pequena parcela dos mais de 600 mil alunos que existem hoje na rede estadual de ensino domina o conteúdo das duas principais disciplinas - Matemática e Língua Portuguesa. Reverter esse quadro de baixíssimo desenvolvimento educacional deve ser prioridade imediata para as autoridades responsáveis pela área.   

Ao todo, 4,7% dos baianos que cursam os três anos finais da educação básica têm  a chama proficiência em Matemática. É o terceiro pior índice entre os estados nordestinos, acima somente do Maranhão (3,7%) e Alagoas (4,5%). Quando se trata de Língua Portuguesa, o percentual dos estudantes baianos é de 18,4%, contra 16,2% do maranhenses, últimos colocados do Nordeste.

Embora tenham sido registrados avanços em relação ao levantamento de 2015, quando os índices foram, respectivamente, de  3,9% e 17,4%, a Bahia ainda está longe de alcançar a média nacional - 9,1% para Matemática e 29,1% para Língua Portuguesa.

Em relação aos estados do Sul e Sudeste, a distância é bem maior, mesmo que em todo o país o grau de domínio nas duas disciplinas entre alunos do ensino médio nas escolas públicas tenha sido considerado aquém pelos pesquisadores do programa Todos pela Educação, autor do anuário publicado pela primeira vez em 2012.

O estudo mostra também que o nível de proficiência na Bahia é muito mais alto entre os estudantes do ensino fundamental, cujo ciclo pertence basicamente à esfera das prefeituras. Nos anos iníciais, os índices são de 46,1% e 31,9%. Nos finais, de 26,7% e 12,3%. É preciso o quanto antes se debruçar sobre os motivos que provocam a queda abrupta nos percentuais dos ensinos fundamental e médio para, em movimento consequente, buscar soluções que aprimorem o desenvolvimento educacional.

Um dos caminhos passa, invariavelmente, por investimentos adequados na formação continuada do corpo de professores da educação básica e na adoção de métodos pedagógicos mais modernos e adaptados ao mundo de hoje. Em especial, por que o ensino médio concorre com outras demandas que surgem diante dos estudantes a partir dos 15 anos. 

Entre as quais, o trabalho, do qual muitos adolescentes e jovens das escolas públicas, em sua maioria de origem pobre, não conseguem escapar. É de suma importância fazer com eles vejam a escola como o grande trampolim para uma vida melhor e não como algo incapaz de produzir qualquer transformação positiva real. Envolvimento dos poderes Executivo e Legislativos em todas as três esferas, comunidade acadêmica e sociedade civil organizada também é imprescindível  

Outro aspecto fundamental é o acompanhamento dos estudantes ao longo de toda a trajetória escolar, a fim de monitorar a evolução de cada um deles nos dois campos mais importantes do conhecimento, nos quais se desenvolve a compreensão sobre o que se lê e a escrita, o raciocínio lógico e a capacidade de realizar operações numéricas, mesmo as mais simples.

Sem tais atributos, é quase impossível que os estudantes consigam apreender o conteúdo das demais disciplinas da grade curricular. Sonhar com um futuro melhor, então, nem pensar