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Portal Edicase
Publicado em 16 de julho de 2025 às 12:36
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é, hoje, um dos processos seletivos mais importantes do Brasil. Utilizado tanto para ingresso em instituições de ensino superior quanto para programas como o Sisu e o Prouni, ele exige preparação estratégica e domínio de uma vasta quantidade de conteúdos. >
Já o Concurso Nacional Unificado (CNU), apelidado de “Enem dos concursos”, centraliza vagas em órgãos públicos federais, ampliando oportunidades e padronizando a avaliação dos candidatos. Ambos os exames compartilham um ponto em comum: demandam alto rendimento em um curto espaço de tempo. >
Neste contexto de provas longas e extremamente concorridas, é comum que estudantes e concurseiros se sintam sobrecarregados e ansiosos diante da necessidade de memorizar conceitos, dados e fórmulas. A boa notícia é que existem formas eficazes de transformar esse desafio em um processo mais leve e eficiente, respeitando os ritmos do cérebro e otimizando o aprendizado. >
Para otimizar os estudos e garantir que o conhecimento seja retido de forma eficaz, o neurocientista e PhD licenciado em Biologia Dr. Fabiano de Abreu Agrela desenvolveu um conjunto de técnicas baseadas no funcionamento do cérebro. Essas estratégias têm sido adotadas por estudantes , incluindo Caio Temponi, o jovem conhecido pela sua aprovação em primeiro lugar em diversos vestibulares registrados no livro dos recordes brasileiro RankBrasil. >
Para o especialista, a memória não é um ato de força, mas um processo que depende de fatores como atenção, sono, nutrição e, principalmente, emoção. “A memorização eficaz está ligada à forma como apresentamos a informação ao cérebro. É preciso criar conexões, despertar o interesse e respeitar os processos biológicos para que a memória de curto prazo seja convertida em conhecimento temporário e de longo prazo”, explica Dr. Fabiano de Abreu Agrela. >
Confira, abaixo, 10 dicas para otimizar o seu aprendizado e se dar bem em exames nacionais, conforme as técnicas desenvolvidas pelo Dr. Fabiano de Abreu Agrela. >
A memorização é a habilidade de absorver informação de forma aprofundada, com altos níveis de atenção. Decorar é uma reprodução automática e mecânica. Em vez de decorar uma fórmula, entenda a sua lógica e o conceito por trás dela. >
Uma das formas mais eficazes de verificar se você realmente aprendeu um conteúdo é ensiná-lo a outra pessoa. Este ato força o cérebro a organizar e reter a informação para poder transmiti-la, reforçando a memorização. >
Em vez de estudar por horas a fio, divida o tempo em blocos de 20 a 30 minutos com intervalos de 5 minutos entre eles. As pausas são fundamentais para que a mente assimile o conteúdo e aumente a produtividade , evitando o esgotamento. >
Organize a informação de forma gráfica, usando palavras-chave, símbolos e cores. Esta “geografia mental” cria conexões visuais que facilitam a recordação, especialmente de temas complexos. >
Ao aprender um novo conceito, vincule-o a uma memória de longo prazo já estabelecida. Associar uma data histórica a um evento pessoal, por exemplo, cria uma “âncora” que facilita o resgate da nova informação. >
O cérebro prioriza informações com carga emocional. Crie histórias engraçadas ou inusitadas com o conteúdo, transforme fórmulas em músicas ou imagine cenários para os eventos históricos. Isso ativa a amígdala, uma estrutura cerebral crucial para a memória emocional. >
É durante o sono que o hipocampo trabalha para consolidar as memórias do dia. Dormir bem, especialmente durante a noite, é fundamental para que as sinapses se fortaleçam e o que foi estudado se transforme em aprendizado duradouro. >
Uma dieta equilibrada faz toda a diferença. Alimentos ricos em ômega 3 (peixes), flavonoides (chás), fisetina (morango, tomate) e vitaminas do complexo B (abacate, espinafre) ajudam a fortalecer o desenvolvimento cognitivo e a concentração. >
Ler o conteúdo em voz alta estimula a memória sensorial. Em seguida, escrever um resumo com as próprias palavras força o cérebro a processar e reforçar o que foi aprendido. >
O pré-requisito da memória é a atenção. Antes de começar, organize seu espaço , deixe-o limpo e iluminado. Desligue as notificações do celular e evite qualquer coisa que possa desviar o seu foco. >
Para muitos, conseguir manter a concentração é a parte mais difícil na hora de estudar ou de realizar a mesma atividade por um longo período. Se você faz parte desse grupo, precisa conhecer o mindfulness , uma técnica que visa atenção plena, envolvendo variados exercícios com intuito de aumentar o foco. >
A professora Antonella Carvalho de Oliveira, licenciada em Pedagogia e editora-chefe da Atena Editora, explica a técnica para melhorar a atenção: >
Em primeiro lugar, você deve escolher um ambiente tranquilo e organizado para iniciar seus estudos. Se permita observar e conhecer o espaço físico, tudo que está ao seu redor, para que nada disso seja inovador ou prenda a sua atenção depois. >
Outro ponto essencial é usar métodos de estudo ou trabalho, como a pomodoro. Este, em específico, consiste em definir um tempo, geralmente 25 minutos, e fazer a sua atividade ininterruptamente durante esse período. Ao fim dos primeiros 25 minutos deve-se fazer uma pausa 5 minutos, momento em que a pessoa pode responder uma conversa, ver algo diferente etc., mas cuidado para não ultrapassar os cinco minutos. Essa minutagem pode variar de acordo com o tempo de efetivo de concentração que cada pessoa consegue alcançar. >
Lembre-se de não dedicar a sua rotina apenas a essa “obrigação”. Separe um tempo para meditar, fazer yoga ou qualquer outra atividade que te ajude a atingir leveza e seja prazerosa. Tudo isso faz parte! Os efeitos positivos são notáveis e vão desde controle da ansiedade a melhora da capacidade cognitiva! >
Por Tayanne Silva >