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Faculdades baianas oferecem estrutura e promovem atividades esportivas

FSBA é uma exceção no estado por conceder bolsas de até 100% a atletas

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 6 de junho de 2014 às 14:06

 - Atualizado há 2 anos

Diferente de estados como São Paulo e Rio de Janeiro, a oferta de bolsas para atletas e programas de incentivo ao esporte são raros nas faculdades baianas. A Bahia possui cerca de 367 mil estudantes matriculados em cursos de graduação presencial e a distância, segundo o último censo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Desse total, os esportistas compõem a menor parcela. Os custos financeiros para a manutenção de equipes e a falta de apoio público são apontados como os principais responsáveis por este cenário na Bahia. “O custo com salários de atletas, hospedagens, técnico, equipe médica, etc, é altíssimo para uma universidade bancar. Na prática, o Estado se ausenta das políticas, não financia o esporte universitário, e as universidades se retraem porque a crise no ensino superior do ponto de vista econômico é ruim para todos”, diz o professor Lauro Gurgel Junior, coordenador do curso de Educação Física da Universidade Católica do Salvador (Ucsal). Unidade de ensino tradicional, a Ucsal passará por mudanças em seu campus de Pituaçu em 2015. O ginásio de esportes dará passagem para um corredor de trânsito planejado pelo Governo do Estado. A via sairá da avenida Suburbana até a Orla de Patamares, passando pela avenida Pinto de Aguiar, onde a faculdade está localizada. Com o dinheiro pago pela indenização, a Ucsal quer construir um novo complexo esportivo nas proximidades do atual. "A universidade está projetando a ideia, já está na mão do arquiteto, de ser uma vila olímpica completa, com campo de futebol, pista de atletismo, piscina, um ginásio de esportes com duas quadras cobertas, sala de musculação, espaço para capoeira e ginástica olímpica”, conta o professor. Campus de Pituaçu da Ucsal passará por mudanças em 2015 (Foto: Divulgação)No primeiro semestre de 2015, a Universidade Católica também pretende iniciar um projeto destinado à promoção de atividades esportivas para a população que mora na região de Pituaçu. O projeto será desenvolvido por estudantes e professores. “Vamos começar a fazer o trabalho na comunidade. No futuro, vamos tentar montar equipes de voleibol, basquete e outros esportes”, afirma Gurgel. A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública desenvolve um programa similar ao que a Ucsal pretende implantar. De segunda a sexta-feira, profissionais da instituição promovem exercícios orientados, com avaliação médica e testes de aptidão física, para a comunidade acadêmica (professores, funcionários e alunos). Tais atividades ocorrem no Jardim de Alah, no Colégio Vitória Régia, na Academia Podium, e nas unidades da Bahiana em Brotas e no Cabula. “O programa foi criado com a ideia de estimular hábitos nutricionais saudáveis. Para participar, todos devem fazer uma avaliação física antes e, no ato da inscrição, devem escolher a modalidade”, esclarece o professor Cloud Kennedy Couto de Sá, coordenador do Programa de Educação Física e Saúde na Bahiana. A comunidade acadêmica tem à disposição as seguintes opções: natação, hidroginástica, musculação, clube de corrida, boot camp, pilates e defesa pessoal. Segundo Cloud, musculação é a atividade mais procurada. “Se abríssemos 500 vagas, preencheria rápido”. ExceçãoA Faculdade Social da Bahia (FSBA), em Ondina, é uma exceção na Bahia por possuir um departamento de esportes e conceder bolsas de até 100% a atletas que não têm condições de pagar as mensalidades. Para autorizar o benefício, a FSBA faz uma análise da situação do esportista. "Por ter uma preocupação social, nós temos atletas de diferentes localidades e na sua maioria são pessoas que não teriam condições de arcar com a faculdade. A partir disso, a gente possibilita que eles continuem no esporte e ao mesmo tempo continuem seus estudos. Esse é um cuidado da direção", explica o professor Antônio Marcos Costa, coordenador de esportes da instituição. A FSBA tem parceria com o Esporte Clube Vitória e desenvolve ações que compreendem o esporte educacional, o esporte de participação e o esporte de alto rendimento. São cerca de 70 alunos distribuídos em equipes de futsal (masculino e feminino), voleibol (masculino e feminino), handebol (masculino e feminino), basquetebol (masculino), triathlon, natação, hapkidô, jiu-jitsu, e judô.O professor Antônio Marcos Costa é coordenador de esportes da Faculdade Social (Foto: Luana Marinho/CORREIO)A preocupação com os esportes começou em 2002 por iniciativa de um grupo de estudantes que montou times de futsal e handebol. Um desses alunos era Silvio Nunes, atual presidente da Federação Universitária Baiana de Esportes (FUBE). Dois anos depois, foi instituído o Programa de Apoio ao Esporte da Faculdade Social (PAE) com o objetivo de ampliar a participação dos estudantes nas atividades esportivas. Segundo Antônio Marcos, a vitória em competições não é a prioridade da Social. "A gente busca não apenas a questão do rendimento atlético. Temos uma relação muito próxima com os alunos. A gente conversa e explica que eles estão aqui para conquistar uma graduação. É claro que eles podem ser chamados por grandes clubes, mas a perspectiva é de que eles terminem o curso". Confira todas as reportagens da série sobre Educação e EsportesApesar de não priorizar os triunfos, a FSBA se destaca em competições estaduais e nacionais. Em 2013, três atletas foram premiados pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (SUDESB) como os Melhores do Esporte no estado. Maicon França foi escolhido como melhor atleta universitário, Vitória Ribeiro como melhor atleta feminino de judô e Luiz Henrique das Virgens como melhor atleta masculino de judô.Outro esporte de destaque na instituição é o Basquete em Cadeiras de Rodas. A Social apoia a Associação de Atletas Baianos de Necessidades Especiais (AABANE) e uma das três quadras da instituição é cedida nas terças, quintas e sábados para os treinos da equipe. Em 2013, o time alcançou o primeiro lugar no campeonato regional realizado na própria FSBA. Veja na galeria abaixo espaços utilizados pelos atletas na instituição:[[galeria]]Estrutura e apoio Assim como a Faculdade Social, a União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime), em Lauro de Freitas, possui um centro esportivo que já foi utilizado para diversos campeonatos, como os estaduais de Karatê e de Futsal. Em 2013, a faculdade recebeu a Copa Brasil de Futebol de 5 - Série A, quando o Instituto de Cegos da Bahia (ICB) conquistou o pentacampeonato, e cedeu o espaço para treinamentos do Ypiranga, clube de futebol com sede em Salvador. A Unime também apoiou a primeira turma do curso de Educação Física da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), formada em dezembro, disponibilizando sua estrutura esportiva. Jogadores do Instituto de Cegos da Bahia comemoram título conquistado em dezembro de 2013 (Foto: Marcelo Zambana/CBDV)“Temos ginásio poliesportivo, piscina semi-olímpica, sala de musculação, tatame para jiu-jitsu e uma mini pista de atletismo. Nós realizamos alguns eventos estaduais e nacionais. Ainda apoiamos alguns atletas como o ciclista Leonardo Gonçalves, o jogador André Nascimento, do Futebol de 5, e o cadeirante Jadson Santos, que faz corrida de rua", explica o professor Chico Moreira, coordenador do curso de Educação Física. 

André faz o curso técnico em Informática por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Jadson cursa o 1º semestre de Fisioterapia e recebe desconto na mensalidade. Já Leonardo, aluno de Educação Física, possui uma bolsa de 50% firmada com a Unime e o restante da mensalidade é pago por patrocinadores. Vitoriosa no campeonato nacional, a equipe do Futebol de 5 do ICB treina no ginásio da Unime às terças, quintas e sábados. “É um dever das universidades se aproximar da sociedade, usando o esporte como instrumento de educação e cidadania”, conclui Chico Moreira.