A verdade sobre o açúcar escondido nos alimentos do dia a dia

Açúcar demais na alimentação é um risco para a saúde, mas evitar doces não garante proteção. O maior desafio está nos "açúcares escondidos", presentes em produtos que nem imaginamos.

Muitos alimentos industrializados, mesmo os salgados, usam açúcar para realçar o sabor e aumentar o prazo de validade. Sem perceber, consumimos muito mais do que o recomendado pela Organização Mundial da SaúdeOMS.

Identificar essas fontes ocultas e fazer trocas inteligentes pode reduzir o consumo sem abrir mão do prazer à mesa. A saúde agradece, e o paladar se adapta rápido.

Granola, ketchup, barrinha de proteína e até comida congelada dietética podem conter açúcar em excesso. Muitas vezes, ele aparece com nomes técnicos nos rótulos, como maltodextrina ou xarope de glicose.

O consumidor precisa desconfiar de produtos muito doces ou com listas longas de ingredientes. A regra é simples: quanto mais natural, melhor.

A OMS sugere no máximo 25g por dia, mas um copo de suco de laranja industrializado pode ter até 20g. "O açúcar não é essencial", reforça Francesco Branca, direto da Organização. Seu excesso está ligado a inflamações e doenças crônicas.

O problema é que, mesmo sem adicionar açúcar ao café, muitas pessoas ultrapassam esse limite antes do almoço, graças aos industrializados.

Desejo incontrolável por doces, picos de energia seguidos de cansaço e dificuldade de concentração são sinais claros. A longo prazo, o excesso pode levar a resistência à insulina e gordura no fígado.

"O açúcar vicia porque ativa os centros de recompensa no cérebro", explica o nutricionista Ramón de Cangas. Reduzir gradualmente é a melhor estratégia para evitar crises de abstinência.

Comece trocando sucos de caixinha por frutas in natura, opte por pães sem adição de açúcar e prefira iogurtes naturais. Ler rótulos é essencial – ingredientes são listados por quantidade, do maior para o menor.

Outra dica é reduzir aos poucos: se você usa duas colheres de açúcar no café, experimente usar uma e meio por uma semana. O paladar se adapta rapidamente.

Menos inflamações, pele mais saudável, melhor humor e disposição são alguns dos ganhos. A redução do risco de diabetes e problemas cardíacos é outro grande benefício.

Para crianças, os efeitos são ainda mais visíveis: menos agitação, melhor concentração e menor risco de obesidade. Vale a pena repensar os hábitos desde cedo!