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Agência Correio
Publicado em 30 de junho de 2025 às 05:30
O xilitol, adoçante muito usado em chicletes e pastas de dente, acaba de virar alvo de um alerta médico. Pesquisadores descobriram que seu consumo em excesso pode aumentar o risco de infartos e derrames, levantando preocupações sobre um produto antes visto como inofensivo. >
Um estudo publicado no European Heart Journal, feito com três mil pessoas, revelou uma ligação direta. Altos níveis de xilitol no sangue estão associados a um maior risco de coágulos, indicando um impacto rápido e preocupante na circulação sanguínea.>
Este adoçante, preferido pela indústria por ser de baixa caloria e não causar cáries, é encontrado em inúmeros produtos "sem açúcar" que consumimos diariamente. Essa onipresença exige atenção redobrada dos consumidores agora.>
A pesquisa de Stanley Hazen mostrou que voluntários que ingeriram bebidas com xilitol tiveram um aumento imediato no risco de coagulação. Hazen destacou que "nunca tivemos níveis tão altos desse adoçante até recentemente", sublinhando a novidade e urgência da descoberta.>
Pessoas com altas concentrações do adoçante no sangue apresentaram quase o dobro de chances de sofrer eventos cardiovasculares graves. Antes conhecido apenas por ser tóxico para cães, o xilitol agora gera grande apreensão em relação à saúde humana.>
Você encontra o xilitol amplamente em gomas de mascar e pastilhas sem açúcar, além de ser uma alternativa ao açúcar tradicional em muitas pastas de dente. Ele está presente no dia a dia de milhões que buscam opções consideradas mais saudáveis.>
Embora o corpo humano produza pequenas quantidades de xilitol e o ingerimos em doses menores via alimentos naturais, o debate foca no consumo elevado. A preocupação real está nos impactos das grandes quantidades presentes nos alimentos processados.>
Jacob Juel Christensen, da Universidade de Oslo, critica o estudo por não considerar o IMC dos participantes, pedindo cautela. Ele ressalta que "não devemos mudar recomendações baseando-nos em uma única pesquisa", apontando a complexidade do tema.>
Apesar das ressalvas, a pesquisa reforça a necessidade de análises mais profundas sobre substitutos do açúcar. "Substitutos do açúcar precisam de mais análises, especialmente por serem indicados para diabéticos", alerta Hazen, aconselhando atenção aos rótulos.>