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Como identificar sinais de psicopatia em crianças, segundo especialista

Estudos revelam que traços antissociais podem aparecer cedo e são influenciados pela criação. Saiba o que observar.

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 9 de julho de 2025 às 18:00

Crianças podem mostrar sinais de psicopatia, saiba reconhecer
Crianças podem mostrar sinais de psicopatia, saiba reconhecer Crédito: Imagem: PikPick

A psicóloga Essi Viding, especialista em psicopatia desenvolvimental, alerta para os sinais precoces do transtorno em crianças. Embora não seja uma doença específica, está ligado a sintomas intensos de Transtorno de Personalidade Antissocial.

Segundo a professora, o individualismo crescente na sociedade tem agravado esses casos. "Nem tudo pode ser exatamente como você se sente melhor. A sociedade é uma comunidade", enfatiza Viding.

Educação que evita traços psicopáticos

O estilo de criação parental tem papel crucial. Crianças que não aprendem a lidar com frustrações ou considerar os outros desenvolvem mais traços problemáticos. "Precisamos desenvolver intervenções", afirma a especialista.

Viding adverte contra extremos: tanto a crítica excessiva quanto a supervalorização do ego podem ser prejudiciais. O equilíbrio entre autoestima e consciência social é fundamental para o desenvolvimento saudável.

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Quando a genética encontra o ambiente

Estudos com psicopatas adultos revelaram padrões complexos. "As diferenças entre as pessoas se devem, em parte, à herança genética", explica Viding, destacando que genes podem predispor a transtornos ou empatia.

Porém, o ambiente familiar não determina sozinho o resultado. Mesmo situações traumáticas podem ter efeitos diferentes em cada criança, conforme mostram as pesquisas da psicóloga.

Lista de sinais preocupantes

Entre os principais sinais estão egocentrismo acentuado, falta de empatia e recusa em assumir responsabilidades. Crianças que sempre priorizam suas necessidades merecem atenção especial.

Viding ressalta que cada caso é único: "ser pró-social não é algo igualmente fácil para todos". A especialista defende abordagens personalizadas que considerem tanto características individuais quanto contextos sociais.