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Agência Correio
Publicado em 4 de agosto de 2025 às 19:01
A trajetória de Monte Sião como capital do tricô é um caso exemplar de como uma atividade artesanal pode transformar a economia de uma região. Com apenas 24 mil habitantes, a cidade mineira abriga hoje diversas fábricas especializadas em tricô.
>Tricô
Localizada na divisa com São Paulo, a três horas da capital paulista, Monte Sião viu seu trabalho com agulhas e linhas ganhar reconhecimento nacional. Em 2023, a Lei 14.699 oficializou o título de Capital Nacional da Moda Tricô, coroando décadas de dedicação.
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Tudo começou no século XX, quando moradores produziam peças de tricot para vender aos turistas que visitavam o Circuito das Águas de Minas. O sucesso foi tão grande que a atividade se profissionalizou, com a aquisição de maquinários e abertura de empresas especializadas.
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Atualmente, o setor têxtil representa 90% da arrecadação do município, com mais de 1.200 pequenas indústrias e 1.500 lojas. Segundo o MPE Brasil, a confecção de artigos do vestuário responde por 39,3% dos empregos na cidade.
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Paralelamente ao tricô, Monte Sião desenvolveu uma importante produção de cerâmica no estilo português. Desde 1959, artesãos locais criam peças em azul e branco que são verdadeiras obras de arte, seguindo técnicas tradicionais.
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A cidade também possui atrações como as igrejas de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e do Rosário, que complementam seu rico patrimônio cultural. As ruas decoradas criam um cenário encantador para os visitantes.
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Monte Sião sedia anualmente a Feira Nacional de Tricô em junho, evento que atrai compradores de todo o país. Outro destaque é a Festa do Peão, realizada em março e reconhecida como o melhor rodeio do sul mineiro.
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Com essa combinação de tradição têxtil, artesanato em cerâmica e eventos culturais, Monte Sião se firmou como um dos destinos mais interessantes do sul de Minas Gerais. Uma história de sucesso que começou nas mãos habilidosas de seus artesãos.
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