Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Agência Correio
Publicado em 11 de julho de 2025 às 11:00
Ela não é agressiva, mas carrega um veneno tão potente que uma única gota seria capaz de matar 100 pessoas. Conhecida como taipan-do-interior, essa cobra australiana é a mais venenosa do mundo, mas seu comportamento discreto a torna menos perigosa do que outras serpentes. >
Apesar de seu poder mortal, os encontros com humanos são raros, e poucos acidentes fatais foram registrados. Mas o que exatamente faz seu veneno ser tão devastador?>
Segundo a Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA (NIH), a taipan-do-interior (Oxyuranus microlepidotus) possui o veneno mais tóxico já registrado. Uma única mordida contém toxinas suficientes para matar 250 mil ratos – ou o equivalente a 100 humanos.>
Mesmo sendo um depósito químico ambulante, a Taipan-do-interior não é considerada a cobra mais perigosa deste planeta, explica o Museu Australiano. Isso porque ela vive em áreas remotas e raramente ataca, preferindo fugir quando ameaçada.>
Diferentes cobras
Essa serpente habita regiões áridas do centro-leste da Austrália, longe de cidades. Foi descrita pela primeira vez em 1879 pelo cientista irlandês Frederick McCoy, que a catalogou durante pesquisas no país.>
Com cerca de 2 metros de comprimento, a taipan-do-interior é ágil e discreta. Seu habitat isolado e comportamento tranquilo fazem com que acidentes sejam extremamente incomuns, diferentemente de outras cobras mais agressivas.>
O verdadeiro perigo está na velocidade e no poder de suas toxinas. O veneno ataca o sistema nervoso, causando paralisia muscular e respiratória em minutos. Além disso, coagula o sangue rapidamente, bloqueando a circulação.>
Essa combinação torna o ataque praticamente fulminante se não houver socorro médico imediato. Felizmente, antídotos existem e, devido à baixa ocorrência de acidentes, mortes são raras.>
Apesar de seu título assustador, a taipan-do-interior é mais um exemplo de que nem sempre o mais venenoso é o mais perigoso. A natureza, mais uma vez, surpreende com seus paradoxos.>