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'Futebol é natural': Neymar e jogadores criam campanha para banir gramado sintético

Entenda o que está por trás da polêmica dos gramados artificiais no futebol brasileiro

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 23 de julho de 2025 às 10:45

Especialistas e atletas debatem qual o melhor campo para o esporte mais popular do país
Especialistas e atletas debatem qual o melhor campo para o esporte mais popular do país Crédito: Freepik

Uma nova polêmica divide o futebol brasileiro, não entre clubes, mas sim sobre o terreno de jogo. Estrelas como Neymar e Lucas Moura lideram uma voz uníssona nas redes sociais, clamando: “futebol é natural, não sintético”.

Essa manifestação reflete uma inquietude profunda dos atletas, que percebem um risco maior de lesões em gramados artificiais. Técnicos experientes, como Renato Gaúcho, do Flamengo, endossam essa preocupação após jogos disputados nessas superfícies.

Ainda que o Brasil possua poucos campos sintéticos em grandes arenas, como Allianz Parque, em São Paulo e Engenhão, no Rio de Janeiro, a tendência de crescimento por razões logísticas e econômicas é inegável, intensificando o debate, mostra reportagem do Jornal Unesp.

O que diz a ciência e a prática

A principal reivindicação dos jogadores é o maior risco de lesão que os gramados sintéticos trazem. Essa questão, no entanto,ainda não tem uma comprovação científica. Um vasto levantamento da eClinicalMedicine, que revisou quase 1.500 estudos, chegou a indicar um número potencialmente menor de lesões em campos sintéticos para profissionais.

A mansão de Neymar em Mangaratiba por Reprodução/Redes Sociais

Contudo, a mesma pesquisa adverte que os dados são muito variáveis, dependendo da forma como uma lesão é definida. Muitos jogadores, na prática, relatam sentir mais dores musculares, escorregões e lesões nos joelhos após partidas em campos artificiais.

Essa sensação pode ser atribuída à maior rigidez do material e ao atrito elevado entre a chuteira e o piso, o que diminui o deslizamento. Consequentemente, o impacto nas articulações aumenta, gerando maior sobrecarga nos membros inferiores.

O docente Leandro Grava de Godoy, renomado pesquisador sobre gramados naturais, explica ao Jornal da Unesp que “no sintético, o gramado não rompe, e isso acaba gerando mais força de torção sobre o corpo do jogador”.

Sustentabilidade e escolha ideal

Testes que simulam a interação entre o corpo do jogador e o piso ainda são escassos, dificultando uma compreensão completa dos riscos. Assim, a ciência segue buscando respostas claras para essa importante questão.

A escolha financeira, segundo Godoy, é o fator preponderante para a adoção do sintético. Esses campos resistem melhor ao uso constante, a eventos como shows e são ideais para estádios fechados, onde a grama natural sofre com a falta de luz e ar.

Apesar da crescente adoção do sintético, a FIFA mantém sua posição, exigindo grama natural para as partidas da Copa do Mundo. Isso sublinha a visão de que, para o futebol de alto rendimento, o natural ainda é insubstituível.

Godoy defende a utilidade do gramado artificial para shows e eventos, mas não para o esporte. “Para mim, o gramado sintético tem suas funções em relação a shows. Mas, no que diz respeito à prática do futebol e de outros esportes, a grama natural é melhor”, reitera