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Agência Correio
Publicado em 22 de junho de 2025 às 07:30
As gêmeas siamesas Carmen e Lupita Andrade, de 22 anos, nasceram unidas pelo tronco, mas mostram ao mundo que isso não as impede de viver vidas diferentes — e com muita individualidade.>
Morando nos Estados Unidos, elas compartilham o corpo e alguns órgãos, mas têm gostos, objetivos e até orientações sexuais muito distintas. >
Mesmo ligadas fisicamente desde o nascimento, as duas desenvolveram personalidades bem diferentes. Carmen está em um relacionamento sério e sonha com a carreira de enfermeira veterinária. Já Lupita se identifica como assexual e sonha em escrever roteiros de comédia.>
As gêmeas siamesas Carmen e Lupita Andrade, de 22 anos
Carmen conheceu o namorado, Daniel, em um aplicativo em 2020. Ela conta que deixou claro desde o início que era siamesa: “Nunca escondi isso. Sabia que ele era diferente porque não começou perguntando sobre a minha condição”, contou Carmem em entrevista ao site Today Parents.>
O casal está junto há mais de dois anos e meio e já cogita o casamento. No entanto, ambos decidiram esperar até poderem morar juntos. Segundo Carmen, Daniel e Lupita se dão muito bem.>
Lupita, por sua vez, prefere focar nos estudos e sonha em trabalhar com comédia, escrevendo roteiros. Apesar de dividirem o corpo, elas dizem que não sentem falta de independência: “É tudo o que conhecemos”.>
Cada uma controla um lado do corpo: Carmen movimenta a perna direita, e Lupita, a esquerda. Elas também dividem parte do sistema reprodutivo e tomam bloqueadores hormonais, o que impede a menstruação.>
Ambas afirmam que não pretendem ter filhos. “Gosto de ser mãe de cachorro!”, disse Carmen. Além disso, as duas têm endometriose e afirmam que uma gravidez não seria possível nem segura.>
Mesmo com o corpo compartilhado, cada uma preserva sua identidade. Usam roupas feitas sob medida, mantêm estilos diferentes de cabelo e até usam piercings em locais distintos do rosto.>
Sobre uma possível separação cirúrgica, a resposta é direta: não está nos planos. “Poderíamos morrer ou acabar numa UTI e nunca mais sair”, explicou Lupita.>