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Itaewon Class: 10 motivos para maratonar o dorama no feriado de Páscoa

Com 16 episódios, produção sul-coreana tem elenco afiado, trilha sonora marcante, narrativa cheia de camadas e uma surpresa no final

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Foto do(a) author(a) Gabriela Cruz
  • Fernanda Varela

  • Gabriela Cruz

Publicado em 17 de abril de 2025 às 05:00

Itaewon class
Itaewon class Crédito: divulgação

Se você ainda não assistiu à Itaewon Class, talvez esteja apenas esperando o momento certo — e ele pode ser agora. Lançada em 2020, a série sul-coreana segue atual e poderosa, com 16 episódios envolventes que duram cerca de uma hora cada e que valem cada minuto. Muito além de uma história de vingança e superação, o dorama é um convite a refletir sobre resiliência, inclusão, justiça e propósito através de uma narrativa que vai te prender até o final.

Com personagens densos, temas contemporâneos e cenas marcantes, Itaewon Class se tornou um dos títulos mais emblemáticos da nova geração de K-dramas — e é ideal para uma maratona em um feriadão prolongado como o da Páscoa. Produzida pela distribuidora de filmes Showbox, foi ao ar na JTBC na Coreia de 31 de janeiro a 21 de março de 2020 e está no catálogo da Netflix

A trama acompanha Park Sae-ro-yi, interpretado por Park Seo-joon, um adolescente que perde o pai em um acidente causado pelo herdeiro de um grande conglomerado (o excelente Ahn Bo-hyun). Depois de alguns anos na prisão e um plano em mente, ele abre um restaurante-bar no bairro multicultural de Itaewon, em Seul, onde reúne uma equipe formada por pessoas igualmente marginalizadas. Cada episódio traz reviravoltas, dilemas morais e reflexões profundas, com uma narrativa contemporânea cheia de redenção, empatia e transformação. 

Listamos 10 motivos para você começar sua maratona agora mesmo:

1. Park Seo-joon: o protagonista carismático que você já viu por aí

Estrela em ascensão global, Park Seo-joon dá vida a um dos personagens mais marcantes da sua carreira. Conhecido por participações em Parasita (filme vencedor do Oscar) e no universo Marvel em As Marvels, o ator entrega intensidade, carisma e vulnerabilidade como o idealista Sae-ro-yi. Ele também integra o icônico Wooga Squad — grupo de amigos que inclui V (Kim Taehyung) do BTS, Choi Woo-shik (Parasita), Peakboy e Kim Ui-seong — e cuja sintonia vai além das câmeras.

2. Trilha sonora com V do BTS

A trilha sonora da série também chama atenção, com destaque para “Sweet Night”, interpretada por V (Kim Taehyung), do BTS. A canção embala momentos decisivos da série e carrega ainda mais significado ao sabermos da amizade real entre o cantor e o protagonista - V chegou a visitar o set de filmagens. Na época em que foi lançada, a música foi a segunda mais baixada nos Estados Unidos, atrás apenas de “Blinding Lights” do The Weeknd. Outra faixa marcante é “Start Over”, de Gaho, uma das músicas mais populares entre os fãs de K-Dramas.

3. Atrizes poderosas e complexas

Kim Da-mi brilha como Jo Yi-seo, uma personagem magnética, imprevisível e de múltiplas camadas. Ela rouba a cena com um timing afiado e uma presença arrebatadora. Já Kwon Na-ra, no papel de Oh Soo-ah, oferece uma atuação densa, dando vida a uma mulher ambiciosa que guarda feridas do passado. Ambas ajudam a desconstruir estereótipos femininos nos doramas.

Curiosidade para os fãs: Kim Da-mi também estrela Nosso Eterno Verão, outro dorama de sucesso da Netflix, ao lado de Choi Woo-shik — também membro do Wooga Squad. E, sim, essa série também conta com música de V na trilha – a romântica Christmas Tree.

4. Diversidade rara (e bem-vinda) nos doramas

Cada personagem de Itaewon Class tem uma trajetória única, marcada por erros, cicatrizes e tentativas de redenção. Não há maniqueísmos: a complexidade humana é tratada com respeito e verdade. O restaurante DanBam, centro da trama, é gerido por uma equipe diversa que inclui:

• Ma Hyeon-yi, mulher trans e cozinheira talentosa;

• Choi Seung-kwon, ex-presidiário em busca de um novo começo;

• Kim To-ni, descendente de coreanos e guianenses, que enfrenta o racismo de frente;

• Jo Yi-seo, uma blogueira que se torna gerente e parceira estratégica;

• Oh Soo-ah, criada em um orfanato e hoje uma executiva em busca de reconhecimento;

• Jang Geun-soo, meio-irmão bastardo em busca de identidade — interpretado por Kim Dong-hee, protagonista de Extracurricular, outro drama forte da Netflix.

Itaewon class
O restaurante DanBam, centro da trama, é gerido por uma equipe diversa Crédito: Divulgação

5. Adaptação de um webtoon de sucesso

A história nasceu no universo dos webtoons — quadrinhos digitais populares na Coreia do Sul — e ganhou as telas com roteiro adaptado pelo próprio autor, Jo Gwang-jin. A estética visual e o espírito da obra original são respeitados, tornando a transposição para o live-action uma das mais bem-sucedidas do gênero.

A mais recente adaptação do webtoon Itaewon Class será em forma de musical e ocorrerá no Japão, conforme anunciou a distribuidora de Kakao Entertainment. O espetáculo deve estrear em junho, no Brillia Hall, em Tóquio. 

6. Reconhecimento de público e crítica

Itaewon Class chegou a mais de 16% de audiência nacional em seu episódio final — um número altíssimo para a televisão a cabo sul-coreana. A produção ganhou o prêmio de Melhor Série Dramática no 25º Asian Television Awards e foi listada entre os “10 Melhores Dramas Coreanos para Assistir na Netflix”, pela Time, e entre os “13 Melhores Dramas Coreanos de 2020”, pela Forbes. Aclamado por seu realismo e coragem ao tratar temas como racismo, transfobia, elitismo, corrupção e preconceito contra ex-detentos, a série elevou o patamar dos doramas em termos de crítica social.

7. Itaewon como metáfora de um novo mundo possível

O bairro que dá nome à série é conhecido por abrigar culturas, etnias e estilos de vida distintos. Não por acaso, é ali que Sae-ro-yi decide construir seu legado — não apenas com lucro, mas com ética, inclusão e lealdade. O antagonista da trama, Jang Dae-hee, CEO do grupo Jangga, representa um sistema desigual e corrompido. A luta do protagonista não é só pessoal: é estrutural.

8. Amor fora do padrão e o poder da comunidade

A relação entre Sae-ro-yi e Yi-seo foge dos moldes tradicionais dos romances de doramas. Yi-seo é assertiva, emocionalmente complexa e profundamente leal — mas sem abrir mão de si mesma. Ao longo da série, os dois constroem um vínculo baseado em respeito, admiração e crescimento mútuo.

Outro ponto forte da narrativa é o papel da comunidade. Itaewon Class deixa claro que ninguém muda o mundo sozinho. O sucesso de DanBam não é apenas fruto da coragem de seu protagonista, mas do esforço coletivo de uma equipe que se apoia, se reinventa e cresce junto. A série mostra, com sensibilidade, que transformações reais acontecem em grupo — e que o verdadeiro poder está em caminhar com quem acredita no mesmo sonho

9. Um marco cultural que abriu caminhos

O sucesso global de Itaewon Class não veio por acaso. O drama ajudou a abrir portas para temas antes pouco explorados nas produções sul-coreanas, como identidade de gênero, racismo, reintegração social e crítica ao poder corporativo. Mais do que abordar essas pautas, a série as integra de forma orgânica, sem abrir mão do entretenimento.

Ao equilibrar emoção, crítica social e narrativa envolvente, Itaewon Class conquistou um lugar único entre os K-Dramas da última década. Inspirou outras produções a tratarem questões sociais com mais coragem e mostrou que é possível unir representatividade e sucesso de audiência sem recorrer a fórmulas repetitivas.

10. Participação especial de Park Bo-gum no episódio final

Para quem já é fã de Se a Vida Te Der Tangerinas e admira o ator Park Bo-gum, vale assistir Itaewon Class até o último episódio. O astro faz uma participação especial marcante no final da série: ele aparece como um jovem chef talentoso que participa de uma entrevista de emprego com Oh Soo-ah (Kwon Na-ra) para trabalhar no novo restaurante dela. Com seu jeitinho, o Bogunzinho de Alcione – a Marrom - conquista a personagem — e os espectadores. A cena, breve e simbólica, fecha a série com leveza e esperança, além de funcionar como um mimo para os fãs de K-Dramas. A participação foi um gesto de amizade do ator com o diretor Kim Sung-yoon, com quem trabalhou anteriormente em Love in the Moonlight.

Hallyu em destaque

Semanalmente, às sextas-feiras, as jornalistas Gabriela Cruz e Márcia Luz assinam um conteúdo sobre a cultura sul-coreana.