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Jejum prolongado funciona? Conheça mitos e a verdade por trás dessa técnica

O que especialistas dizem sobre essa dieta popular

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 14 de junho de 2025 às 09:27

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Consulte Crédito: Freepik

O jejum prolongado tem sido amplamente divulgado como um atalho para a perda de peso, mas a realidade científica aponta para a necessidade urgente de cautela. Especialistas alertam que essa prática exige acompanhamento médico rigoroso, um cuidado vital para a segurança de todos, sobretudo para quem tem condições cardíacas ou vasculares preexistentes.

Um estudo com 20 participantes que realizaram jejum hídrico mostrou perda média de 7,7% do peso e 6% na circunferência da cintura. No entanto, o mesmo grupo experimentou dores de cabeça, insônia e pressão arterial baixa, destacando riscos potenciais além dos benefícios prometidos nas redes sociais.

Contrariando a crença popular, a equipe de pesquisa ficou surpresa ao não encontrar evidências de que o jejum prolongado agiria como um agente anti-inflamatório. O professor Luigi Fontana explica que o corpo entra em estresse, aumentando proteínas pró-inflamatórias no sangue, um dado relevante.

Estudos revelaram o contrário

Os cientistas acompanharam  11 mulheres e 9 homens, observando a perda de peso e medidas. Todavia, os resultados inesperados, como os sintomas de mal-estar, levantaram um alerta. É fundamental que as pessoas compreendam que o jejum não oferece apenas benefícios, mas também desafios à saúde geral.

Luigi Fontana, professor do Charles Perkins Centre, revelou que, ao invés de reduzir, o jejum prolongado na verdade aumenta o número de proteínas pró-inflamatórias no sangue. "Nossa hipótese era que o jejum prolongado em água reduziria a inflamação corporal", afirmaram os cientistas, mas a realidade foi diferente.

Esses fatores de estresse e inflamação geram riscos consideráveis para a saúde, especialmente em pessoas com problemas cardíacos e vasculares já existentes. A falta de acompanhamento médico pode transformar uma busca por bem-estar em uma situação de perigo real e imediato para a vida.

Não dispense o acompanhamento médico

Uma descoberta interessante foi a redução das proteínas beta-amiloides, que são relacionadas ao desenvolvimento do Alzheimer. Contudo, os cientistas enfatizam a necessidade de novas e amplas pesquisas para investigar essa ligação promissora, dado o número limitado de participantes na análise inicial.

Fontana e sua equipe reforçam, em artigo científico para a revista Molecular Metabolism, que o acompanhamento médico é indispensável durante qualquer tipo de jejum prolongado. A segurança vem em primeiro lugar.

"Mais investigações são necessárias para elucidar as implicações moleculares e clínicas de longo prazo do jejum prolongado em diversas populações", concluem os autores.

Apesar de ser considerado um vilão, o carboidrato é importante na alimentação (Imagem: Dean Drobot | Shutterstock) por Imagem: Dean Drobot | Shutterstock